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Quadrilátero Urbano do Minho

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Distrito de Braga, onde se inclui inserido o Quadrilátero

O Quadrilátero Urbano é uma rede urbana composta pelos municípios de Barcelos, Braga, Guimarães, e Vila Nova de Famalicão, localizados no distrito de Braga, na região do Norte de Portugal. Este projeto foi concebido para consolidar-se como a terceira concentração urbana e de conhecimento do país, promovendo a cooperação estratégica entre os quatro municípios com o objetivo de aumentar a competitividade territorial da região num contexto globalizado.[1]

Origem e Características

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A criação do Quadrilátero Urbano foi estimulada no contexto das "Acções Preparatórias" do programa Política de Cidades Polis XXI (medida “Redes Urbanas para a Competitividade e a Inovação), uma iniciativa voltada para o desenvolvimento das cidades portuguesas. Este projeto visa transformar o Baixo Minho num polo de inovação, conhecimento e internacionalização, aproveitando a sinergia gerada pela cooperação entre os municípios envolvidos.[1]

O Quadrilátero Urbano abrange uma população de mais de 500 mil habitantes, representando cerca de 10,5% da população da região do Norte de Portugal. Esta área é reconhecida como um dos principais polos industriais do país, concentrando cerca de 67 mil empresas e sendo responsável por aproximadamente 4% do Produto interno bruto nacional. A região tem uma forte tradição industrial, especialmente nos setores têxtil, metalomecânico e de calçado, e desempenha um papel fundamental na economia do norte de Portugal. A proximidade física e a coesão cultural entre os quatro municípios são fatores que reforçam a dinâmica empresarial e o potencial de desenvolvimento da região.[1][2]

Importância e Futuro

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O projeto inclui investimentos estratégicos em infraestrutura, como a criação de uma malha regional de fibra ótica e um sistema integrado de mobilidade e transportes (QMob)[3], além do apoio ao desenvolvimento de clusters empresariais competitivos a nível internacional.[1]

O Quadrilátero Urbano é visto como um motor de desenvolvimento regional e como um modelo de governança que pode servir de exemplo para outras regiões de Portugal. O projeto também posiciona o Baixo Minho como uma potencial terceira região metropolitana do país, promovendo um desenvolvimento urbano mais equilibrado e coeso.[1][4]

A continuidade e o sucesso do Quadrilátero Urbano dependem da capacidade dos seus municípios em reforçar a cooperação estratégica, melhorar a infraestrutura regional e consolidar a região como um polo de conhecimento e inovação no contexto europeu.[1]

Referências

  1. a b c d e f Bastos, Nuno Pinto; Ribeiro, J. Cadima (2011). «O Quadrilátero Urbano do Baixo Minho para a Competitividade e a Inovação» 
  2. Ferreira, =Victor (5 de maio de 2023). «Costa Silva quer ideias e vai começar pelo "quadrilátero" do Minho». PÚBLICO 
  3. «QMob - Quadrilátero». www.qmob.pt. Consultado em 17 de setembro de 2024 
  4. «Quadrilátero Urbano muito tem contribuído para a afirmação de Portugal no mundo». Semanário Alto Minho. 27 de maio de 2024