Radhakamal Mukerjee
Radhakamal Mukerjee | |
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Nascimento | 7 de dezembro de 1889 Berhampore |
Morte | 24 de agosto de 1968 (78 anos) |
Cidadania | Índia, Índia britânica, Domínio da Índia |
Alma mater |
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Ocupação | economista, historiador, filósofo, sociólogo, escritor |
Distinções |
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Radhakamal Mukerjee (Bengala Ocidental, 1889 - 1968) foi um sociólogo indiano reconhecido pelo seu papel fundacional no estudo das Ciências Sociais da Índia e por seu engajamento em uma diversidade de áreas de pesquisa, como a Economia, a Filosofia e a Ecologia.[1] Além disso, cumpriu funções gestoras no âmbito de resolução de problemas, como no Comitê de Planejamento Nacional sob a gestão do primeiro-ministro Nehru.
Ele recebeu o terceiro Prêmio mais importante da Índia, o Padma Bhushan em 1962.[2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Mukerjee cresceu em uma família de classe média de Behrampur, fez sua educação superior na Universidade de Calcutá. Após ter assumido cargos de professor em algumas instituições, ele finalmente passou à ensinar na Universidade de Lucknow em 1921, onde ficou reconhecido. Radhakamal cultivou envolvimentos com a questão social de seu tempo e o movimento anti-colonial, que buscou expressar em sua pesquisa da história e do legado cultural da Índia com o desejo de elaborar a partir disso o sentido de Nação que os intelectuais e artistas de sua geração vinham construindo. Mukerjee foi profundamente tocado pelo Renascimento bengalês e os movimentos artísticos, políticos e intelectuais que o cativaram.[1]
Foi editor de revistas literárias e autor de novelas, e também crítico literário. Tendo-se engajado com a valorização da literatura bengalês, debateu com figuras como Rabindranath Tagore, Dwijendralal Roy e Pramatha Nath Chaudhury.[1]
Mukerjee conheceu Patrick Geddes quando esse viveu na Índia, de 1915 a 1922, e a partir daí desenvolveu uma atenção mais forte pela ecologia. Passou à criticar a forma como as Ciências Sociais estudavam o ser humano em isolamento da comunidade biótica ao qual é fundamentalmente vinculado. Estudando a Planície Indo-Gangética, Mukerjee verificou um quadro de desmatamento, erosão do solo e rendimento em declínio, a partir disso ele convocou uma "aliança com a inteira amplitude de forças ecológicas' através do 'compartilhamento de novos valores - o pensar pelo amanhã, o sacrificio pelos habitantes da região ainda não nascidos". [3]
‘Homem, árvore e água não podem ser considerados separados e independentes’.[4]
No que diz respeito a sua visão ecológica, Mukerjee foi muito além de Gandhi ao alertar sobre os custos ambientais do desenvolvimento industrial. Ele viu as supostas melhorias britânicas em Bengala, onde a agricultura baseada em ferrovias tirou a fertilidade do solo e deixou rios em seus leitos de morte. Mukerjee pressionou os legisladores a planejarem as consequências indesejadas de seus grandes projetos e ofereceu o apoio às tradições locais de irrigação e gestão da água.[4]
Ele foi autor de diversos livros de Economia, Cultura e Ecologia, sendo um dos principais intelectuais estudados nas escolas e nas universidades indianas.[2][5]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ a b c Thakur, Manish K. "Radhakamal Mukerjee and the quest for an Indian Sociology." Sociological bulletin 61.1 (2012): 89-108.
- ↑ a b Nov 16, TNN / Updated:; 2019; Ist, 14:10. «The nine faculty gems of Lucknow University | Lucknow News - Times of India». The Times of India (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2021
- ↑ Guha, Ramachandra. Environmentalism: A global history. Penguin UK, 2014.
- ↑ a b Robertson, Tom. «The monsoon, and nature's arithmetic» (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2021
- ↑ «Books by Radhakamal Mukerjee (Author of Astavakragita)». www.goodreads.com. Consultado em 1 de novembro de 2021