Rafael Faraco (político amazonense)
Rafael Faraco | |
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Deputado federal pelo Amazonas | |
Período | 1975 até 1982 1971 |
Deputado estadual do Amazonas | |
Período | 1967 até 1971 |
Vereador de Manaus | |
Período | 1956 até 1961 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 7 de fevereiro de 1931 Maués, Amazonas |
Morte | 14 de outubro de 2018 (87 anos) Manaus, Amazonas |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Centro de Ensino Unificado de Brasília |
Partido | PDC PST ARENA PDS PSB PMDB |
Profissão | Advogado, técnico em contabilidade e político |
[1][2] |
Rafael Faraco (Maués, 7 de fevereiro de 1931 — Manaus, 14 de outubro de 2018) foi um advogado e político brasileiro. Com base eleitoral Amazonas, foi deputado federal em 1971 e de 1975 a 1982, deputado estadual entre 1967 até 1971 e vereador de Manaus de 1956 e 1961.[1][2]
Família e educação
[editar | editar código-fonte]Natural de Maués, uma cidade localizada entre os estados de Amazonas e Pará,[3] Faraco era filho de Brás e Rosa Faraco.[2] Concluiu o curso técnico de contabilidade e em 1973, quando era deputado federal, graduou-se em direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCEUB).[1]
Carreira política
[editar | editar código-fonte]Em 1956, Faraco assumiu seu primeiro mandato eletivo, o de vereador de Manaus, capital do estado. Manteve-se no cargo durante a 3.ª Legislatura da Câmara Municipal, até 1960.[4] Mais tarde, firmou sua base eleitoral na cidade de Parintins. Nas eleições de 1962, concorreu, sem sucesso, a uma vaga na Assembleia Legislativa. Estando à época filiado ao Partido Social Trabalhista (PST), obteve a primeira suplência. Nesta condição, assumiu o mandato parlamentar por um curto período. Com o golpe de Estado de 1964, passou a integrar os quadros da Aliança Renovadora Nacional (ARENA).[2]
Nas eleições gerais de 1966, Faraco foi eleito deputado estadual com 2.642 votos,[5] sendo o candidato mais votado da ARENA.[6] Empossado no cargo em fevereiro de 1963, exerceu a partir dali e até 1968 a liderança governista na Assembleia, naquele momento defendendo os interesses do governo estadual comandado por Danilo Areosa, seu colega de partido.[2][7] De 1969 a 1970, presidiu a Assembleia.[8] Em julho de 1969, assumiu o executivo estadual em caráter interino por conta do falecimento do vice-governador Ruy Araújo e da viagem de Areosa para Portugal.[9] Posteriormente reassumiu a liderança do governo.[2]
Inicialmente eleito deputado federal nas eleições gerais de 1970 com 12.534 votos,[5][10] Faraco foi reposicionado como primeiro suplente pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas quando a corte validou algumas urnas suspeitas de fraude em Fonte Boa e assim efetivaram Raimundo Parente.[11] Desta forma, permaneceu na Câmara dos Deputados durante apenas alguns meses no ano de 1971.[1]
Faraco elegeu-se deputado federal nas eleições de 1974, com 12.929 votos.[12] Empossado em fevereiro de 1975, foi membro efetivo da Comissão de Minas e Energia e suplente da Comissão de Educação e Cultura. Também participou do conselho deliberativo da Fundação Mílton Campos para Pesquisas e Estudos Políticos, o think tank da ARENA.[2][13]
Em 1978, Faraco buscou a reeleição no pleito daquele ano, mas logrou apenas a primeira suplência. No ano seguinte, foi empossado membro na câmara baixa do parlamento brasileiro, em decorrência da vaga aberta pela posse de Mário Haddad como secretário estadual. Em 1979, filiou-se ao Partido Democrático Social (PDS). Deixou a função em maio de 1982 e, nas eleições de novembro daquele ano, concorreu novamente a deputado, conseguindo a suplência.[2]
Faraco se filiou ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) e por esta legenda concorreu a deputado federal constituinte. No entanto, não foi eleito. Concorreu à prefeitura de Parintins em 1988, mas também não foi eleito. Eventualmente, passou a integrar o rol de filiados do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e postulou mais uma vez uma vaga na câmara baixa na eleição de 1990. Mais uma vez não foi bem sucedido em seu intento e a partir de então não concorreu a mais nenhum cargo público eletivo.[2]
Morte
[editar | editar código-fonte]Faraco faleceu em 14 de outubro de 2018 na capital amazonense, vitimado por um acidente vascular cerebral. Seu corpo foi velado no Auditório Belarmino Lins, da Assembleia Legislativa do Amazonas.[14] O parlamento estadual amazonense realizou um minuto de silêncio em sua homenagem.[15]
Referências
- ↑ a b c d «RAFAEL FARACO». Câmara dos Deputados do Brasil. 2020. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ a b c d e f g h i «FARACO, Rafael». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. 2009. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «Maués». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2017. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «LEGISLATURAS». Câmara Municipal de Manaus. 2019. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ a b «Candidatos eleitos: período de 1945 a 1990». Tribunal Superior Eleitoral. 2020. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «Dados Estatísticos: Eleições Federais e Estaduais realizadas no Brasil em 1965 e 1966». Tribunal Superior Eleitoral. 8. Brasília: Câmara dos Deputados do Brasil. 1971
- ↑ «AREOSA, Danilo». Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Fundação Getúlio Vargas. 2009. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «EX-PRESIDENTES». Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas. 2020. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «Rafael Faraco assume a Chefia do Governo» (PDF). Jornal do Comércio. 27 de julho de 2019. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «Dados estatísticos: eleições federais, estaduais realizadas no Brasil em 1970». Tribunal Superior Eleitoral. 9. Brasília: Câmara dos Deputados do Brasil. 1973
- ↑ «Deputado assume na Câmara». O Estado de S. Paulo. 30 de novembro de 1971. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «Dados Estatísticos: eleições Federais e Estaduais realizadas no Brasil em 1974». Tribunal Superior Eleitoral. 11. Brasília: Câmara dos Deputados do Brasil. 1977
- ↑ Preusser, Fernando (Maio de 2015). «Fundações Partidárias e Think Tanks no Brasil: uma proposta de análise». Curitiba: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «Câmara lamenta a morte do ex-vereador Rafael Faraco». Câmara Municipal de Manaus. 15 de outubro de 2018. Consultado em 3 de setembro de 2020
- ↑ «ATA DA 93ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO AMAZONAS. 4ª SESSÃO LEGISLATIVA. 18ª LEGISLATURA. MANAUS, 16 DE OUTUBRO DE 2018. PRESIDENTE: DEPUTADO DAVID ALMEIDA» (PDF). Assembleia Legislativa de Amazonas. 16 de outubro de 2018. Consultado em 3 de setembro de 2020
- Nascidos em 1931
- Mortos em 2018
- Naturais de Maués (Amazonas)
- Deputados federais do Brasil pelo Amazonas
- Deputados estaduais do Amazonas
- Vereadores de Manaus
- Membros do Partido Social Trabalhista (1946)
- Membros da Aliança Renovadora Nacional
- Membros do Partido Democrático Social
- Membros do Partido Socialista Brasileiro do Amazonas
- Membros do Movimento Democrático Brasileiro (1980)
- Alunos do Centro de Ensino Unificado de Brasília
- Membros do Partido Socialista Brasileiro