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Raul Valença

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Raul Valença
Nascimento 7 de agosto de 1894
Recife
Morte 16 de julho de 1977
Cidadania Brasil
Ocupação artista

Raul do Rego Valença (Recife, 7 de agosto de 189416 de julho de 1977)[1] foi um compositor brasileiro.

Filho de João Bernardo do Rego Valença Filho e Maria Martins do Rego Valença, nasceu no Recife e viveu no bairro da Madalena. Sua família tinha uma relação antiga com a música e a arte. Seus avós João Bernardo do Rego Valença e Dona Ana Alexandrina do Rego Valença encenavam uma opereta natalina chamada de O Presépio dos Irmãos Valença desde 1865, no sítio deles próprios. O presépio continua a ser representado ainda hoje pela família Valença.[1]

Iniciou seus estudos de violão com o professor Cândido Filho em 1914, depois passando a estudar por conta própria.[2] Juntamente com seu irmão João Valença, forma a dupla de compositores pernambucanos conhecida como os Irmãos Valença. Com 10 anos, iniciou o aprendizado de violão de forma autodidata.

Pertencente a família que cultuava a música, formou um grupo familiar para encenar peças teatrais e musicais em 1924, denominado Grêmio Familiar Madalenense.

A canção de maior destaque que compôs junto de seu irmão foi a marcha carnavalesca Mulata que foi muito tocada em diversos clubes do Recife. Em 1932, o músico carioca Lamartine Babo gravou a marcha mantendo o estribilho, alterando a introdução [nota 1] e a segunda parte, tanto na letra quanto na música, mudando também o título para O teu cabelo não nega, marcha que obteve grande sucesso no carnaval carioca de 1932, ocasionando uma disputa jurídica vencida pelos irmãos, obrigando a gravadora RCA Victor a modificar todos os selos dos discos, além de pagar uma indenização de 40 contos de réis.[1][2] Porém, por acordo, Lamartine Babo dividiu os créditos de autoria, pondo seu nome em primeiro lugar, dando a impressão de que os verdadeiros autores seriam apenas coadjuvantes.

Além das inúmeras composições da dupla, feitas em parceria com João, Raul também compôs outras músicas, entre as quais:

Notas

  1. Sérgio Cabral, em seu livro Pixinguinha, vida e obra, afirma que foi Pixinguinha o arranjador da composição modificada, e não Lamartine Babo, como se afirmava.

Referências

  1. a b c Virgínia Barbosa. «Irmãos Valença». Fundação Joaquim Nabuco. Consultado em 25 de julho de 2019 
  2. a b «Irmãos Valença». Dicionário Cravo Albin. Consultado em 25 de julho de 2019 
  • CÂMARA, Renato Phaelante. MPB: compositores pernambucanos; coletânea bio-músico-fonográfica, 1920-1995. Recife: Fundaj, Editora Massangana, 1997. p. 64. (Estudos e Pesquisas, 96).
  • Os Que fazem o Carnaval. Anuário do Carnaval Pernambucano 1938. Recife: Federação Carnavalesca Pernambucana, 1938.

Ligações externas

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