Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro
Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro | |
Localização da Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro | |
Unidade federativa | Bahia e Pernambuco |
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Lei | Lei Complementar nº 113 |
Data da criação | 19 de setembro de 2001 (23 anos) |
Número de municípios | 8 |
Cidade-sede | Petrolina e Juazeiro |
Características geográficas | |
Área | 35 436,697 km²[1] |
População | 832 621 hab. (31.º) Estimativa Populacional IBGE/2022[2] |
Densidade | 23,5 hab./km² |
IDH | 0,618 – médio PNUD/2010[3] |
PIB | R$ 13.636.577,56 [4] |
PIB per capita | R$ 17.343,95 IBGE/2011[4] |
A Região Administrativa Integrada de Desenvolvimento do Polo Petrolina e Juazeiro é uma região integrada de desenvolvimento econômico, criada pela lei complementar n.º 113, de 19 de setembro de 2001, e regulamentada pelo decreto n.º 4 366, de 9 de setembro de 2002.
Ela engloba mais de 700 mil habitantes numa área com cerca de 35 mil quilômetros quadrados. É constituída pelos municípios de Lagoa Grande, Orocó, Petrolina e Santa Maria da Boa Vista, no estado de Pernambuco, e pelos municípios de Casa Nova, Curaçá, Juazeiro e Sobradinho, no estado da Bahia. Esses municípios encontram-se localizados no vale do São Francisco, no curso baixo-médio do rio São Francisco, que interliga o Nordeste e Sudeste fluvialmente, o que coloca a RIDE numa posição estratégica nacionalmente e central no Nordeste,[5][6] o que motiva o Projeto Plataforma Logística do São Francisco.
Apesar do rio separando fisicamente, Juazeiro e Petrolina são cidades conurbadas[7] e estão ligadas fisicamente pela ponte Presidente Dutra.[8]
Municípios
[editar | editar código-fonte]Desde a criação, são oito municípios integrantes da RIDE, quatro em cada estado (metade na Bahia, metade em Pernambuco). A tabela abaixo apresenta alguns indicadores sobre eles e o resultante para a RIDE inteira. A tabela está a princípio organizada em função do tamanho populacional, mas ela é ordenável sob o critério de qualquer outra coluna.
Município | Estado | Legislação | Área (km²)[1] | População (2022)[2] |
IDH (2010)[3] |
PIB (em R$ mil) (2018)[9] |
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Petrolina | PE | LCF 113/2001 | 4 558,537 | 386 786 | 0,697 | 6.686.658,33 |
Juazeiro | BA | LCF 113/2001 | 6 389,623 | 235 816 | 0,677 | 4.095.393,84 |
Sobradinho | BA | LCF 113/2001 | 1 322,661 | 25 475 | 0,631 | 691.837,71 |
Casa Nova | BA | LCF 113/2001 | 9 657,505 | 72 085 | 0,570 | 690.273,67 |
Santa Maria da Boa Vista | PE | LCF 113/2001 | 3 001,168 | 40 578 | 0,590 | 660.076,03 |
Lagoa Grande | PE | LCF 113/2001 | 1 852,186 | 24 088 | 0,581 | 320.825,78 |
Curaçá | BA | LCF 113/2001 | 6 442,190 | 34 180 | 0,597 | 317.754,63 |
Orocó | PE | LCF 113/2001 | 554,752 | 13 613 | 0,610 | 173.757,57 |
Total | LCF 113/2001 | 35 436,857 | 832 621 | 0,618 | 13.636.577,56 |
Vale do São Francisco
[editar | editar código-fonte]O vale do rio São Francisco é um polo de desenvolvimento tecnológico da fruticultura irrigada, implantado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e iniciativa privada, com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Também há o crescimento do ensino superior público na região, simbolizado pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, Universidade do Estado da Bahia e Universidade de Pernambuco, além do Instituto Federal do Sertão Pernambucano, em Petrolina, e do Instituto Federal da Bahia, em Juazeiro.
Recentemente, a região tornou-se o segundo polo vitivinicultor do Brasil, com produção anual de 7 milhões de litros de vinho (15% da produção nacional), sendo 30% de vinhos finos, premiados nacional e internacionalmente, produzidos nas oito vinícolas instaladas em nos municípios pernambucanos de Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista e em Casa Nova, na Bahia. Além da produção arroz com a irrigação em Curaçá, na Bahia.
A região dispõe da infraestrutura do Aeroporto Internacional de Petrolina; da hidrovia do São Francisco, com o Lago de Sobradinho, o maior lago artificial do mundo; de eclusas na Barragem de Sobradinho; de ligação rodoviária com as principais capitais do Nordeste; e de uma termelétrica com capacidade para geração 138 megawatts de energia.
Referências
- ↑ a b IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
- ↑ a b «g1 publica reportagens com a população atualizada de todos os 5.570 municípios brasileiros no Censo do IBGE; consulte sua cidade». G1. 28 de junho de 2023. Consultado em 29 de junho de 2023
- ↑ a b «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 19 de dezembro de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2018 (PIB2018)». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
- ↑ «Plataforma Logística do São Francisco será instalada em Juazeiro». Consultado em 1 de setembro de 2016
- ↑ FRANÇA 1997
- ↑ «Conurbação: Limites entre cidades vizinhas desaparecem». educacao.uol.com.br
- ↑ «Polícia prende oito pessoas após confronto em ponte que liga Bahia a Pernambuco». Poder. Folha de S.Paulo. 7 de setembro de 2013. Consultado em 1 de setembro de 2016
- ↑ «Produto Interno Bruto dos Municípios | PIB_IBGE-2018». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- FRANÇA, Francisco Mavignier Cavalcante, ed. (1997). «Documento referencial do Pólo de Desenvolvimento Integrado Petrolina-Juazeiro» (PDF). Fortaleza: Banco do Nordeste. Arquivado do original (PDF) em 22 de novembro de 2008
- SOBEL, Tiago Farias; ORTEGA, Antonio César. «ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL: O CASO DO PÓLO PETROLINA-JUAZEIRO» (PDF)
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Lei Complementar Federal n.º 113
- Página sobre a RIDE Petrolina-Juazeiro, no sítio do Ministério da Integração Nacional