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Relações entre Irã e Tajiquistão

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Relações entre Irã e Tajiquistão
Bandeira do Irã   Bandeira do Tajiquistão
Mapa indicando localização do Irã e do Tajiquistão.
Mapa indicando localização do Irã e do Tajiquistão.
  Irã

As relações entre Irã e Tajiquistão referem-se às relações bilaterais entre o Irã e o Tajiquistão. Desde o colapso da União Soviética, os dois países possuem, naturalmente, uma estreita relação.

Independência tajique

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O Irã foi a primeira nação a estabelecer uma embaixada em Duxambé e foi também um dos primeiros países a estender o reconhecimento diplomático do recém-independente Tajiquistão em 1991.[1] O Irã prestou assistência diplomática e construiu novas mesquitas no Tajiquistão. Devido ao ressurgimento da cultura iraniana no Tajiquistão, o Irã ajudou a incentivar o intercâmbio cultural através de conferências, mídia e festivais de cinema. Programas de televisão, revistas e livros iranianos tornariam-se cada vez mais comuns no Tajiquistão.[1]

No entanto, apesar das muitas coisas que as duas nações têm em comum, há também grandes diferenças. O governo pós-comunista do Tajiquistão é secular, enquanto o do Irã é islâmico.[1] Além disso, o Irã é uma nação predominantemente xiita, enquanto o Tajiquistão é sunita. As principais figuras do movimento de renascimento islâmico no Tadjiquistão afirmaram que o Irã não seria um modelo para qualquer governo islâmico defendem para o Tajiquistão.[1]

Guerra civil tajique

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Durante a guerra civil no Tajiquistão, o Irã ofereceu-se para mediar entre as duas facções, no entanto, esses esforços não produziriam quaisquer negociações. Em 1995, o Tajiquistão abriu sua primeira embaixada em Teerã, uma das poucas fora da antiga União Soviética.[1] As relações cresceram desde então, já que as duas nações cooperam no setor de energia e os oficiais de ambas as nações têm apoiado laços mais fortes.

Pós-guerra civil

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O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad comentou que "o Irã e o Tajiquistão são um espírito em dois corpos". Também acrescentou que não há limites para a expansão das relações entre os dois países e que "nós não sentimos que temos um convidado não-iraniano conosco, graças aos muitos pontos em comum que nossos dois países compartilham". [2]

Em 12 de fevereiro de 2011, o ministro das Relações Exteriores do Tajiquistão, Hamrokhon Zarifi, em um evento em Duxambé, celebrando o aniversário da Revolução Islâmica Iraniana, afirmou: "Hoje, a sociedade tajique está testemunhando a atividade e o papel da República Islâmica no crescimento e expansão da economia do Tajiquistão." Zarifi referenciou projetos como a usina elétrica de Sangtodeh-2, o túnel de Anzob e o túnel de Istiklol como exemplos do papel de Irã na economia tajique.

Declínio nas relações

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A relação entre o Irã e o Tadjiquistão começou a declinar depois que o líder da oposição Muhiddin Kabiri, acusado de terrorismo no Tajiquistão, foi convidado para uma conferência em Teerã intitulada "Renascimento Islâmico" de 27 a 29 de dezembro de 2015 e foi calorosamente recebido pelo Líder Supremo do Irã Ali Khamenei. O Tajiquistão imediatamente emitiu uma nota de protesto ao Irã[3], o Ministério das Relações Exteriores do Tajiquistão convocou o embaixador do Irã a Duxambé para expressar "pesar" contra este ato e o chefe do Conselho de Ulema do Tajiquistão descreveu o convite do Irã a Muhididn Kabiri como "instigando o terrorismo". [4]

O ano de 2016 evidenciou as mais baixas relações entre os dois países desde que o Tajiquistão obteve a independência em 1991.[5]

Referências

  1. a b c d e Glenn E. Curtis. "Foreign Relations: Iran". Tajikistan: A Country Study. Library of Congress Federal Research Division (1996). Este artigo incorpora o texto a partir desta fonte, que é de domínio público.
  2. Ahmadinejad: Iran, Tajikistan one spirit in two bodies - CAUCAZ.COM
  3. «Tajikistan Condemns Iran's Invitation Of Leader Of Banned Islamic Party». RFE/RL. 29 de dezembro de 2015 
  4. «Tajik grand mufti describes Iran's invitation to Kabiri as 'abetting terrorism'». Asia-Plus. 11 de janeiro de 2016 
  5. «Iranian Charity in Trouble in Tajikistan». The Diplomat. 28 de jul de 2016