René Rachou
René Rachou | |
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Conhecido(a) por | pioneiro sanitarista brasileiro |
Nascimento | 30 de junho de 1917 Taubaté, São Paulo, Brasil |
Morte | 21 de novembro de 1963 (46 anos) San Salvador, El Salvador |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Faculdade Nacional de Medicina (graduação) |
Campo(s) | Medicina |
René Guimarães Rachou (Taubaté, 30 de junho de 1917 — San Salvador, 21 de novembro de 1963) foi um pioneiro médico sanitarista e pesquisador brasileiro.
Biografia
[editar | editar código-fonte]René nasceu em Taubaté, no interior de São Paulo, em 1917. Era filho de Bertha Rachou e João Rachou[1], médico bastante conhecido na cidade e muito popular por ser o diretor esportivo do Esporte Clube Taubaté, que ajudou a fundarem 1914. René herdou o gosto do pai pelos esportes, tendo participado de campeonatos juvenis de tênis pelo país, como integrante do clube Fluminense.[2]
Seguindo os passos do pai, formou-se na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro) em 1939. Acreditando precisar do olhar para o elemento social da sociedade, formou-se também em Assistência Social pela mesma universidade, em 1940. Atraído para a área da Saúde Pública, ingressou no Serviço de Profilaxia da Malária do Estado de São Paulo.[3]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Em 1942, entrou no curso de Malária do Departamento Nacional de Saúde, no Rio de Janeiro, terminando a formação como o primeiro da turma. O destaque acadêmico lhe garangiu uma designação para o Laboratório Regional do Sul do país, em 1943, o que o levou a se mudar para Florianópolis. Seu trabalho foi importante para reduzir em 90% a transmissão de malária na cidade ao combater o foco dos mosquitos. Em 1948 participou do IV Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, ocorrido em Washington D.C., nos Estados Unidos, como integrante da delegação brasileira.[2]
De volta ao Rio de Janeiro, René foi designado chefe do Laboratório Central do Serviço Nacional de Malária (SNM) e logo em seguida diretor de Epidemiologia do órgão. Seu trabalho com inseticidas deixou evidente a necessidade de compreender melhor as questões entomológicas, de modo que ele organizou a Escola de Entomologia do SNM. Foi também Coordenador da Campanha contra a Filariose (1952-1960).[2]
Ajudou a fundar Revista Brasileira de Malariologia, que a partir de 1949 tornou-se um veículo científico fundamental na difusão de pesquisas sobre a malária e outras doenças tropicais. Em 1955, foi nomeado diretor do Instituto de Malariologia, recém-transferido para Belo Horizonte. Posteriormente, ele se tornaria o Centro de Pesquisas de Belo Horizonte, ligado ao Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu). René permaneceu à frente do centro até 1957.[2]
No começo da década de 1960, René foi convidado a trabalhar pela Oficina Sanitária Pan-Americana, onde percorreu os países da América do Sul na intenção de desenvolver estudos epidemiológicos sobre doenças tropicais, em particular a malária.[2]
Morte
[editar | editar código-fonte]René estava na cidade de San Salvador, comandando um grupo de pesquisas, quando sofreu um grave acidente de carro e morreu em 21 de novembro de 1963, aos 46 anos.[2]
“ | O Dr. Rachou deixou um vazio difícil de preencher no quadro de higienistas e pesquisadores continentais que trabalham para a saúde dos povos das Américas[2] | ” |
Legado
[editar | editar código-fonte]Por meio do Decreto n. 59.149, de 26 de agosto de 1966, determinou-se a alteração do nome do Centro de Pesquisas de Belo Horizonte, do Instituto Nacional de Endemias Rurais, do Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu), do Ministério da Saúde – para Centro de Pesquisas René Rachou, instituição ligada à Fiocruz, no Rio de Janeiro, conhecida como Fiocruz Minas.[2][3][4]
Referências
- ↑ «Perfis da Ciência conta a história do médico higienista René Rachou». Fiocruz. Consultado em 2 de fevereiro de 2021
- ↑ a b c d e f g h Natascha Stefania Carvalho De Ostos (ed.). «René Guimarães Rachou». Fiocruz Minas. Consultado em 2 de fevereiro de 2021
- ↑ a b «René Guimarães Rachou (Taubaté-SP)». O Lince. Consultado em 2 de fevereiro de 2021
- ↑ «Homenaje postumo a Rene Guimaráes Rachou» (PDF). Boletín de la Oficina Sanitaria Panamericana. Fevereiro de 1967. Consultado em 2 de fevereiro de 2021