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Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo

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Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo
uma ilustração licenciada gratuita seria bem-vinda
Geografia
País
Unidade federativa
Área
264,65 km2
Coordenadas
Funcionamento
Estatuto
Reserva Extrativista Marinha (d)
História
Fundação
Mapa

A Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo (RESEX Marinha Mestre Lucindo) é uma Unidade de Conservação de Uso SUstentável, da categoria "Reserva Extrativista", localizada no no Município de Marapanim, no Estado do Pará e que possui instância federal como a responsável pela sua organização [1].

Criação[editar | editar código-fonte]

Criada pelo Decreto - s/n - 10/10/2014, a Unidade de Conservação possui como objetivo principal garantir a conservação da biodiversidade dos importantes ecossistemas locais, como manguezais, restingas, dunas, várzeas, campos alagados, rios, estuários e ilhas. Desta forma, a existência da RESEx possibilita assegurar o uso sustentável dos recursos naturais e proteger os meios de vida e a cultura das comunidades tradicionais e extrativistas existentes e que possuem grande representatividade na região [2].

Luiz Gutemberg, liderança na luta pela criação e conservação da regiao, teve enorme participação pela criação da RESEX Marinha Mestre Lucindo. Junto à Associação-mãe (AUREMLUC), constituída por moradores locais do município de Marapanim, na zona costeira paraense, batalharam pela representatividade da região [3].

Gutemberg, junto à Associação,, teve que abrir mão e vender muitos de seus bens para que todo o processo documental de criação e regularização da Unidade de Conservação pudesse ser efetivado [3].

Informações geográficas[editar | editar código-fonte]

Com uma área de 26.465,00 de hectares, a Reserva Extrativista encontra-se no município de Marapanim e possui jurisdição legal correspondente à Amazônia Legal [1].

Características biológicas[editar | editar código-fonte]

Fitofisionomia[editar | editar código-fonte]

Marcada por espécies características de Formações Pioneiras, a UC conta como a fitofisionimia predominante, correspondendo a 69,07% do total da UC [4].

Bacia hidrográfica[editar | editar código-fonte]

A Reserva incorpora as seguintes porções das bacias hidrográficas, correspondendo ao percentual de quanto representa da Unidade de Conservação: 68,31% no Litoral PA e 31,69 do Oceano Atlântico [4].

Bioma[editar | editar código-fonte]

A UC possui 56,04% de sua área total inserida no bioma amazônico e 43,96% na Zona Costeira e Marítima [1].

Gestão[editar | editar código-fonte]

O órgão gestor é o (ICMBIO) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. A UC ainda não conta nem com um conselho consultivo, nem deliberativo [1].

Importância biológica[editar | editar código-fonte]

A Unidade de Conservação, como conta com uma grande representatividade marítima, possui importância por abrigar inúmeras espécies de manguezal, considerado como berçário da vida marinha regional [5].

Mesmo com poucas informações sobre a Unidade de Conservação, tem-se a grande representatividade de populações ribeirinhas extrativistas. A pesca, assim, é a principal fonte de renda e economia local [6].

Desafios[editar | editar código-fonte]

Por conta da destruição dos mangues devido às contruções e também por pescas predatórias, as populações tradicionais existentes na RESEx vem sofrendo com a queda da população de camarões, peixes e mariscos, principais fontes de renda e alimentação [3].

O local também contou com o desafio de propriação e posse de terras irregulares, com entes da marinha e exploradores ilegais pertencendo às terras sem registros [7].

Referências

  1. a b c d Cadastro Nacional de Unidades de Conservação. www.mma.gov.br. Última atualização: 28/12/2007.
  2. SANTOS, Márcia Cristina et al. Conflito e gestão ambiental na zona costeira amazônica: O caso da vila do Camará, reserva extrativista (RESEX) marinha mestre lucindo, Marapanim–Pará–Amazônia–Brasil. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 3, p. 15607-15617, 2020.
  3. a b c DE CAMPOS, Raul Ivan Raiol; NASCIMENTO, Mara Dayane Silva; DA COSTA MENDONÇA, Symone. Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo (PA): processo de criação e perspectivas para o turismo. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), v. 10, n. 2, 2017.
  4. a b LIMA, Maria Augusta de Jesus et al. Uso de plantas medicinais na RESEX Marinha Mestre Lucindo: uma forma de diversificar a atividade extrativista local?. 2018.
  5. SANTOS, Márcia Cristina; DO CANTO, Otávio; BASTOS, Rodolpho Zaluth. CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E POSSIBILIDADES À GESTÃO DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA MESTRE LUCINDO, MARAPANIM-PARÁ-BRASIL. Para Onde!?, v. 17, n. 1, p. 148-171, 2023.
  6. FRANÇA, Jéssica Lima; DA SILVA, Regina Oliveira; ARAUJO, Ivan Roberto Santos. Políticas públicas socioambientais na Reserva Extrativista Marinha Mestre Lucindo-PA. Revista de Educação, Saúde e Ciências do Xingu, n. 2, 2020.
  7. SANTOS, Márcia Cristina; DO CANTO, Otávio; BASTOS, Rodolpho Zaluth. CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS E POSSIBILIDADES À GESTÃO DA RESERVA EXTRATIVISTA MARINHA MESTRE LUCINDO, MARAPANIM-PARÁ-BRASIL. Para Onde!?, v. 17, n. 1, p. 148-171, 2023.