Revelim
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/ce/Revelim_-_Valen%C3%A7a.jpg/220px-Revelim_-_Valen%C3%A7a.jpg)
Um revelim, em arquitetura militar, é uma obra exterior de uma fortificação abaluartada, de planta triangular, com a função de proteger uma cortina, ponte etc.[1]
Ocasionalmente, os revelins são referidos como "meias-luas". No entanto, este termo é mais corretamente aplicado a uma obra exterior semelhante ao revelim, mas destinada a cobrir um baluarte.
O revelim é construído no fosso, em frente a uma cortina do corpo principal da fortificação, normalmente entre dois baluartes. O seu objetivo principal é o de proteger a cortina do tiro direto da artilharia inimiga, bem como providenciar uma defesa avançada em caso de tentativa de assalto à cortina.
Etimologia[editar | editar código-fonte]
"Revelim" origina-se provavelmente do provençal revelin.[1]
História[editar | editar código-fonte]
O primeiro exemplo conhecido de um revelim foi construído em Sarzanello, na Itália, no ano de 1497. Os primeiros revelins eram feitos em tijolo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/cf/Neuitalienische_Manier.png/220px-Neuitalienische_Manier.png)
Mais tarde, ao longo do século XVI, nos Países Baixos, os revelins passaram a ser construídos em terra, o que permitia absorver melhor o impacto dos projeteis.
Posteriormente, segundo o sistema de Vauban, os revelins passaram a ser construídos em alvenaria como as muralhas.
Projeto[editar | editar código-fonte]
Os revelins são construídos, normalmente, com o formato triangular, apresentando duas faces fortificadas para o exterior. Regra geral, o lado do triângulo voltado para o interior não é fortificado e, em muitos casos, nem sequer é fechado. Isto acontece para que, caso o revelim seja tomado pelo inimigo, não possa fazer frente ao corpo principal da fortificação.
No interior do revelim, normalmente, existe um terraplano que serve de plataforma à artilharia, ao qual se acede por rampas. Dentro de alguns revelins, existem aquartelamentos para a sua guarnição.
Caso o revelim proteja uma cortina onde exista uma porta para a fortaleza, a mesma é ligada a ele através de uma ponte sobre o fosso. Por sua vez, existe uma porta numa das faces do revelim, ligada ao exterior do fosso por outra ponte.
Referências
- GRAVE, João. Castelos Portugueses - Enciclopédia pela Imagem. Porto: Lello & Irmão Editores, s.d..
- GIL, Júlio. Os Mais Belos Castelos de Portugal. Lisboa/São Paulo: Editorial Verbo, 1986.
- NUNES, António Lopes Pires. Dicionário de Arquitetura Militar. Casal de Cambra: Caleidoscópio, 2005.