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Rio Paru do Oeste

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Rio Paru do Oeste (ou Cuminá)
Rio Paru do Oeste
Mapa do rio Cuminá (Paru do Oeste), no livro "Voyage au Cumina", de 1901.
Comprimento 710 km
Nascente Serra do Tumucumaque
Foz rio Trombetas
País(es)  Brasil

O rio Paru do Oeste (também conhecido como Cuminá ou Erepecuru) é um dos rios que banham o estado do Pará, no Brasil, e afluente do rio Trombetas, ao qual se une cerca de 40 km acima de Oriximiná.[1][2]

Geografia[editar | editar código-fonte]

O rio Paru do Oeste é um rio de águas brancas que nasce no planalto da Guiana, na serra do Tumucumaque, fronteira com o Suriname. Suas nascentes estão no Parque Indígena Tucumaque, um pouco ao norte de Maloca Velha. Nasce quase no mesmo local do rio Paru, que neste curso superior é conhecido como Paru d'Este.[3] Corre na direção sul e seu longo curso é frequentemente interrompido por correntezas violentas, barreiras rochosas e corredeiras. Após passar pela Aldeia das Canoas, recebe à direita seu principal afluente, o rio Marapi, em Maloca, na orla do Parque Indígena.[4]

A jusante, o percurso continua bastante acidentado, com muitas áreas de cachoeiras, entre as quais se destacam Tapiú e Torino. Neste trecho o rio banha as localidades de Rufino, Santo Antônio e na parte baixa, Cuminá, que por vezes dá nome ao rio.[5]

Deságua pela margem esquerda, no curso inferior do rio Trombetas.[5]

Expedições[editar | editar código-fonte]

A partir da última metade do século XIX, vários exploradores subiram o Cuminá, com maior ou menor sucesso. Dentre estes, destaca-se o padre José Nicolino de Sousa, vigário da cidade de Óbidos, que efetuou três viagens à região, em 1877, 1878 e 1882; nesta última, ele veio a falecer. O padre José Nicolino buscava constatar a existência de vastos campos ao sul da serra do Tumucumaque, onde viveriam quilombolas.[5]

Em fins da década de 1920, o marechal Cândido Rondon também explorou a região, valendo-se dos diários de viagem escritos pelo padre José Nicolino.[6]

Referências

  1. R. Ziesler; G.D. Ardizzone (1979). «Las aguas continentales de América Latina». FAO. Consultado em 3 de junho de 2024 
  2. Efrem Jorge Gondim Ferreira (1993). «Composição, distribuição e aspectos ecológicos da ictiofauna de um trecho do rio Trombetas, na área de influência da futura UHE Cachoeira Porteira, estado do Pará, Brasil» (PDF). Acta Amazonica. Consultado em 3 de junho de 2024 
  3. «Terras Indígenas Parque do Tumucumaque e Rio Paru d'Este». Mosaico da Amazônia Oriental. Consultado em 3 de junho de 2024 
  4. Marco Antonio P. Costa (7 de outubro de 2020). «Os índios que foram colocados para criar boi no Tumucumaque». SelesNafes. Consultado em 3 de junho de 2024 
  5. a b c Augusto Octaviano Pinto (1930). «Hidrografia do Amazonas e seus afluentes». Rio de Janeiro: Imprensa Nacional. Consultado em 3 de junho de 2024 
  6. Hiram Reis e Silva (5 de janeiro de 2021). «A Terceira Margem – Parte CXXIII». EcoAmazônia. Consultado em 3 de junho de 2024. Quando me encontrava em serviço ativo do Exército e dirigia os trabalhos da Inspeção de Fronteiras, executei pessoalmente a exploração e o levantamento do Rio Cuminá (1928/29), […]. Nestes trabalhos, serviram-me de guia os “Diários de Viagens”, manuscritos, do Reverendo Padre Nicolino José Rodrigues de Sousa, judiciosamente organizados, sob escrupulosa exatidão, e onde se encontram, como o leitor verá, considerações de ordem filosófica e interessantes pensamentos, que definem a arraigada fé católica do autor e denunciam os seus sentimentos elevados e filantrópicos. 
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