Rodrigo Fabri
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Rodrigo Fabri | |
Data de nascimento | 15 de janeiro de 1976 (48 anos) | |
Local de nascimento | Santo André, São Paulo, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,79 | |
Pé | canhoto | |
Informações profissionais | ||
Clube atual | aposentado | |
Posição | meio-campista | |
Clubes de juventude | ||
1993–1994 | Portuguesa | |
Clubes profissionais2 | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1994–1997 1998–2003 1998 1999 1999–2000 2000–2001 2001–2003 2003–2004 2004–2005 2006–2007 2007–2008 2008 2009 |
Portuguesa Real Madrid → Flamengo (emp.) → Santos (emp.) → Real Valladolid (emp.) → Sporting (emp.) → Grêmio (emp.) Atlético de Madrid Atlético Mineiro São Paulo Paulista FC (Jundiaí) Figueirense Santo André |
63 5 (0) 44 (9) 3 (0) 30 (12) 14 (3) 46 (22) 20 (4) 54 (11) 6 (0) 10 (0) 20 (1) 16 (1) | (29)
Seleção nacional3 | ||
1996–1997 | Brasil | 3 | (1)
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Rodrigo Fabri (Santo André, 15 de janeiro de 1976) é um ex-futebolista brasileiro que atuava como meio-campista.[1]
No início da carreira era conhecido apenas como Rodrigo. Passou a ser chamado por nome e sobrenome a partir de 2001, em sua passagem pelo Grêmio, para evitar confusão com seu colega de elenco Rodrigo Mendes.[2]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Herói na Lusa
[editar | editar código-fonte]Começou sua carreira na Portuguesa, que vivia uma de suas melhores épocas. No Brasileirão, porém, a equipe foi irregular e terminou apenas na décima colocação geral.
Foi em 1996 que Rodrigo despontaria: a Portuguesa, após um terceiro lugar no Paulistão, terminaria vice-campeã brasileira, deixando um inédito título[2] escapar por pouco - o gol da perda ocorreu nos últimos cinco minutos. Ainda assim, a equipe do Canindé jamais havia ido tão longe na competição. Principal destaque do clube, Rodrigo foi premiado com a Bola de Prata da Revista Placar[1] como um dos melhores meio-campistas da competição e acabaria convocado pela Seleção Brasileira.
No ano seguinte, após um Estadual mais fraco, onde não se conseguiu a classificação para o quadrangular final, a Lusa terminou a primeira fase do Brasileirão em quarto lugar, sucumbindo na fase semifinal. Rodrigo, novamente o condutor dos rubroverdes, destacou-se outra vez e ganharia sua segunda Bola de Prata como um dos melhores na sua posição.
Naquele mesmo ano, iria à Copa das Confederações, pelo Brasil, conquistando, ainda como reserva, o primeiro título da carreira.[3]
No Real Madrid, apenas empréstimos
[editar | editar código-fonte]Despertou o interesse da Europa. A Lazio manifestou desejo em acertar um sistema de co-gestão com a Portuguesa apenas para poder levá-lo. Porém, Rodrigo já havia assinado, no início de 1998, com o poderoso Real Madrid[4], depois de ter interessado também o Deportivo La Coruña[5], à época uma das potências do futebol espanhol. O negócio foi fechado por US$ 10 milhões[2].
Não foi de imediato para o novo clube, que o repassou por empréstimo ao Flamengo para o primeiro semestre de 1998, em um negócio que envolveu a ida do atacante Sávio em definitivo para a Espanha[2]. Jogando ao lado de Romário, não teve o mesmo destaque, o time como um todo fora fraco na época, não avançando nem no Campeonato Carioca nem no Torneio Rio-São Paulo, tirando-lhe as relativas chances de ir para a Copa do Mundo de 1998. Foram 44 jogos e 9 gols pelo clube.[1]
No segundo semestre, chegou enfim ao Real Madrid. Todavia, não seria aproveitado pelos merengues, que o reemprestaram para o futebol brasileiro já no primeiro semestre de 1999, em que Rodrigo ficou no Santos, onde teve passagem discreta. Retornou à Espanha no segundo semestre, para a temporada europeia 1999/2000. Fora dos planos do clube da capital, foi novamente emprestado, sendo cedido a outro clube da realeza, o Real Valladolid.
Em seu segundo clube espanhol, teve boa passagem em que foi eleito a revelação da Liga;[5] o Valladolid terminou em oitavo, apenas nove pontos atrás dos madridistas, que não fizeram boa campanha.[6] Ainda assim, não foi o bastante para convencer o Real Madrid a tê-lo de volta: para a sua decepção, os blancos preferiram para a sua posição o argentino Santiago Solari, que havia acabado de participar da campanha que levara o rival Atlético de Madrid ao rebaixamento.[5] Fabri foi então para o Sporting, de Portugal, onde foi novamente subaproveitado.
Após uma temporada, retornou ao Brasil, emprestado desta vez ao Grêmio.
Passagem marcante no Grêmio
[editar | editar código-fonte]Chegou ao Tricolor Gaúcho para a disputa do Brasileirão de 2001, mas não se firmou por lesões e falta de condicionamento físico. No início de 2002, continuava entre os reservas[7] e o rival Internacional seria o campeão gaúcho. O pior viria em julho: tornou-se vilão ao perder o pênalti decisivo contra o Olimpia nas semifinais da Taça Libertadores, fazendo a equipe ser eliminada dentro do Estádio Olímpico.[2]
No Campeonato Brasileiro de 2002, disputado em seguida, entretanto, recuperou-se com a torcida ao retomar sua ótima fase dos tempos de Portuguesa. Duas semanas após a eliminação na Libertadores, fazia três gols no jogo contra o Corinthians. Outros hat-tricks (expressão inglesa para quem marca três vezes em uma partida) de Fabri, contra Vitória e Paysandu, viriam depois.[8] Terminou o campeonato como um dos artilheiros (ao lado de Luís Fabiano)[9], com 19 gols[1][2], ajudando a equipe a retornar para a Libertadores (o Corinthians já havia garantido a vaga por ter vencido a Copa do Brasil, e sua vaga de vice-campeão passou para o Tricolor, que terminou na terceira colocação geral) do ano seguinte e tornou-se ídolo.
Recebeu sua terceira Bola de Prata, desta vez como artilheiro. Por pouco não ganha também como um dos dois melhores meias, ficando atrás apenas do são-paulino Kaká e do vascaíno Ramon.[8] A boa fase gremista, todavia, não seria seguida regularmente no ano seguinte: priorizando a Libertadores, o clube descuidou-se do Gauchão (decidido entre Inter e o 15 de Novembro). Embora a competição continental tenha reservado certa vingança ao eliminar o Olimpia nas oitavas-de-final, o Grêmio caiu já na fase seguinte, sofrendo o gol da desclassificação no final da partida contra o Independiente Medellín.
Nova decadência
[editar | editar código-fonte]Embora já não jogasse mais pelo Real Madrid, Rodrigo Fabri continuava a receber salário dos merengues, com o qual havia acertado vínculo de seis anos.[5] Não fez nenhuma partida oficial pelo Real Madrid.[2] Ao término do contrato, em 2003, foi para o Atlético de Madrid, mas também não fez sucesso no rival, ficando apenas uma temporada nos rojiblancos: em julho de 2004, já estava em outro Atlético, desta vez o Mineiro[9], no qual teve uma solitária boa fase em meio ao restante do time, ajudando-o a escapar do rebaixamento em 2004. Em 2005, como um dos nomes de mais peso do grupo do Atlético Mineiro, Rodrigo Fabri foi o pivô de uma greve por conta de salários atrasados no grupo do Galo. Tal greve foi determinante para o rebaixamento do grupo naquele ano.
Já no início de janeiro de 2006, Fabri foi contratado pelo São Paulo. O clube quebrou jejum de quinze anos sem títulos brasileiros, mas sem contribuição relevante do reforço, que pouco jogou na campanha. Sem oportunidades, em fevereiro do ano seguinte passou a se ausentar dos treinamentos após ser colocado no time B, sendo logo dispensado em fevereiro[10] por justa causa[2]. Foi para o Paulista, mas a equipe de Jundiaí terminaria rebaixada para a Série C do Brasileirão.
Em busca de nova boa fase no sul, acertou no início de 2008 com o Figueirense, conquistando o Campeonato Catarinense. Entretanto, não conseguiu firmar-se ao longo do ano no Figueira, que terminou rebaixado no Brasileirão após sete anos na elite. Fabri acertou sua saída no final do ano.[11]
Em 2009, fechou contrato com a equipe de sua cidade natal, o Santo André, para disputar a Série A do Campeonato Brasileiro. Após o fim do certame, em que experimentou novo rebaixamento, Rodrigo decidiu se aposentar devido às inúmeras lesões que vinha sofrendo.
Fora dos campos
[editar | editar código-fonte]Em 2010, realizou um estágio com o técnico Alexandre Gallo, no Clube Náutico Capiberibe, para vivenciar o dia-a-dia de um treinador.[1]
Em 2014, torna-se Diretor de Futebol da Portuguesa.[12]
Também se tornou empresário de fazendas de gado no Mato Grosso do Sul e a construção civil no Guarujá e no ABC.[13]
Estatísticas em Campeonatos Brasileiros
[editar | editar código-fonte]Time | Partidas | Gols |
---|---|---|
Portuguesa | 58 | 26 |
Flamengo | 15 | 2 |
Grêmio | 45 | 22 |
Atlético-MG | 47 | 7 |
São Paulo | 6 | 0 |
Figueirense | 20 | 1 |
TOTAL | 191 | 58 |
Títulos
[editar | editar código-fonte]- Seleção Brasileira
- São Paulo
- Figueirense
Prêmios
[editar | editar código-fonte]- Bola de Prata - Placar: 1996 (como melhor meio-campista)
- Bola de Prata - Placar: 1997 (como melhor meio-campista)
- Bola de Prata - Placar: 2002 (como artilheiro)
Artilharias
[editar | editar código-fonte]- Grêmio
- Campeonato Brasileiro de 2002: 19 gols
Referências
- ↑ a b c d e «Rodrigo Fabri - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ a b c d e f g h «Anti-galáctico: Rodrigo Fabri conta como escolha pelo Real Madrid no início da era de craques comprometeu chances na carreira». www.uol.com.br. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ «Ex-seleção, Rodrigo Fabri não guarda boa lembrança do Real Madrid». Yahoo Sports. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ "Queimando talento", Cassiano Ricardo Gobbet e Leonardo Bertozzi, Trivela número 18, agosto de 2007, Trivela Comunicações, 30-35
- ↑ a b c d "Fabri manezinho", Altair Santos, Placar, abril de 2008, Editora Abril, pág. 26
- ↑ «"Spain, Final Tables 1999-", José Vicente Tejedor Carnicero». Rsssf.com
- ↑ "Tri-le-gol!", José Alberto Andrade, Placar, novembro de 2002, Editora Abril, pág. 70
- ↑ a b "XXXIII Bola de Prata", Placar, dezembro de 2002, Editora Abril, págs. 84-91
- ↑ a b «Folha de S.Paulo - Futebol: Goleadores da velha - guarda perdem ritmo». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ «: São Paulo demite Rodrigo Fabri por justa causa». Universo Online
- ↑ «Meia Rodrigo Fabri acerta saída do Figueirense». Folha de S.Paulo
- ↑ «Série B: Portuguesa coloca Rodrigo Fabri como diretor de futebol». amp.futebolinterior.com.br. Consultado em 28 de março de 2023
- ↑ Paulo, Por Felipe Zito e Renato Cury São. «Lembra Dele? Rodrigo Fabri troca o futebol por gado e construção civil». globoesporte.com. Consultado em 28 de março de 2023
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «CBF - BID»
- «Perfil Rodrigo Fabri». www.sitedalusa.com
- Nascidos em 1976
- Brasileiros de ascendência italiana
- Naturais de Santo André (São Paulo)
- Futebolistas do estado de São Paulo
- Futebolistas da Associação Portuguesa de Desportos
- Futebolistas do Clube de Regatas do Flamengo
- Futebolistas do Real Madrid Club de Fútbol
- Futebolistas do Santos Futebol Clube
- Futebolistas do Real Valladolid Club de Fútbol
- Futebolistas do Sporting Clube de Portugal
- Futebolistas do Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense
- Futebolistas do Club Atlético de Madrid
- Futebolistas do Clube Atlético Mineiro
- Futebolistas do São Paulo Futebol Clube
- Futebolistas do Paulista Futebol Clube
- Futebolistas do Figueirense Futebol Clube
- Futebolistas do Esporte Clube Santo André
- Artilheiros do Campeonato Brasileiro de Futebol
- Jogadores da Seleção Brasileira de Futebol
- Futebolistas da Copa das Confederações FIFA de 1997
- Futebolistas ganhadores do Bola de Prata