Ronald Hugh Campbell
Esta página ou se(c)ção precisa ser formatada para o padrão wiki. (Dezembro de 2020) |
Ronald Hugh Campbell | |
---|---|
Nascimento | 27 de setembro de 1883 |
Morte | 15 de novembro de 1953 (70 anos) Lymington |
Ocupação | diplomata |
Distinções |
|
Empregador(a) | Ministério das Relações Exteriores |
Sir Ronald Hugh Campbell (27 de setembro de 1883 - 15 de novembro de 1953) foi um diplomata Britânico que ocupou vários cargos importantes no Foreign Office, incluindo Paris, a partir de julho de 1939 e até 22 de junho de 1940, data em que o armistício entre a Alemanha e a França, foi assinado. A seguir à capitulação Francesa é nomeado Embaixador em Lisboa.[1][2][3] cargo que ocupou até que se retirou em Julho de 1945.[2]
Papel na negociação de instalações militares nos Açores
[editar | editar código-fonte]Historicamente as ilhas atlânticas sempre foram geograficamente vitais para o domínio do oceano Atlântico e com o advento da aviação essa importância aumentou. Perante a possibilidade de uma invasão Alemã o Governo de Salazar planeia fazer uma retirada estratégica, instalar-se nos Açores e aí garantir a soberania portuguesa. Entre o final de 1940 e Maio de 1941, o Governo Português mobilizou reforços significativos do Continente e, também, das forças locais a fim de aumentar os efetivos de defesa dos Açores. A partir de Maio, Salazar começou a enviar militares em massa para os Açores.
Em 1943 a navegação no Atlântico Central estava ameaçada pelos U-boats alemães, que estavam bem presentes na zona dos Açores e afundavam muitos dos navios Aliados, principalmente os que iam em direção ao Norte de África e a Itália. Na Cimeira de Trident , em maio de 1943, que reuniu em Washington, Roosevelt, Churchill e os chefes militares dos dois países foi decidida a invasão dos Açores.[4]
Com os Açores cada vez mais importantes, o Presidente Roosevelt ordena que seja preparada a Operação Alacrity cujo principal objetivo era a ocupação dos Açores por razões estratégicas. A operação não chega a ser executada porque o embaixador britânico em Lisboa, Ronald Campbell, juntamente com Anthony Eden, convence Churchill e Roosevelt a optarem pela via diplomática. A opção defendida por Ronald Campbell acaba por triunfar. A Inglaterra invoca a Aliança Luso-Britânica e Salazar concede o estabelecimento de bases militares Britânicas (mas não Americanas) nos Açores.[5]
Fontes
[editar | editar código-fonte]- Leite, Joaquim da Costa. «Neutrality by Agreement: Portugal and the British Alliance in World War II». American University International Law Review. 14 (1): 185–199
- Documentos relativos aos acordos entre Portugal, Inglaterra e Estados Unidos da América para a concessão de facilidades nos Ac̦ores durante a guerra de 1939-1945, Imprensa Nacional, 1946 - [2]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ ‘Campbell, Rt Hon.
- ↑ a b John Balfour, ‘Campbell, Sir Ronald Hugh (1883–1953)’, rev.
- ↑ The Times, Wednesday, 17 November 1953; p. 9
- ↑ «The Papers of George Catlett Marshall, ed. Larry I. Bland and Sharon Ritenour Stevens (Lexington, Va.: The George C. Marshall Foundation, 1981– ). Electronic version based on The Papers of George Catlett Marshall, vol. 3, "The Right Man for the Job," December 7, 1941-May 31, 1943 - 3-669 Editorial Note on the Third Washington Conference (TRIDENT), May 1943». George C. Marshall Foundation. The Johns Hopkins University Press. 1991. pp. 705–708. Consultado em 22 de novembro de 2015
- ↑ Documentos relativos aos acordos entre Portugal, Inglaterra e Estados Unidos da América para a concessão de facilidades nos Acçores durante a guerra de 1939-1945, Imprensa Nacional, 1946 - [1]