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Sérgio Tertuliano Castelo Branco

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Sérgio Tertuliano Castelo Branco

Fotografia de Castelo Branco enquanto ainda era major, c. 1890.
Nascimento 12 de julho de 1844
Maranhão
Morte c. 24 de abril de 1894 (49 anos)
Ilha de Anhatomirim

Sérgio Tertuliano Castelo Branco (Maranhão, 12 de julho de 1844Ilha de Anhatomirim, c. 24 de abril de 1894) foi um militar brasileiro.[1]

Foi presidente interino do estado de São Paulo por um dia, em 15 de dezembro de 1891.

Nascido no Maranhão, foi ainda jovem para o Rio de Janeiro, onde, em dezembro de 1860, vinculou-se como praça na Escola Militar. Foi elevado a segundo-tenente em 1866, após concluir o curso da arma de infantaria no ano anterior.

Fez parte da Guerra do Paraguai, sendo condecorado pelo governo imperial por seus feitos. Após o seu regresso, foi promovido a primeiro-tenente graduado em 1871. Dez anos depois, foi designado capitão e comandante da 7ª companhia do 9º Batalhão de Infantaria em Salvador, onde permaneceu durante alguns anos.

A primeira revolta da Armada e o governo estadual interino

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Castelo Branco, promovido a major e graduado como coronel, foi nomeado inspetor das Forças Militares do Estado de São Paulo. Involuntariamente, acabou envolvido na crise política resultante do dia 3 de novembro de 1891, quando o então presidente da República, o marechal Deodoro da Fonseca, dissolveu o Congresso Nacional. Em 23 de novembro, perante a renúncia do marechal Deodoro, Américo Brasiliense, então presidente do estado, causou tumultos após negar a possibilidade de que faria o mesmo, procurando manter-se no cargo.

Já se considerava a destituição armada do presidente do estado quando o governo federal enviou o coronel Frederico Sólon de Sampaio Ribeiro à capital para acompanhar os acontecimentos. Após uma série de incidentes na capital e a alta tensão política que seguiu quando o general Carlos Machado de Bittencourt recusou a posse do governo, às 8 horas da manhã do dia 15 de dezembro o presidente Américo Brasiliense entregou um comunicado àquele que lhe assegurara a integridade física através de um pernoite no palácio: o major Castelo Branco, a quem, através da mensagem, entregava a chefia do Executivo estadual. Em seguida, o recém-abdicado presidente retirou-se para sua residência.

Reunidos no Grande Hotel de França, estavam o vice-presidente estadual José Alves de Cerqueira César e uma junta formada por Campos Sales, Bernardino de Campos e Júlio de Mesquita (dois dos quais seriam futuros presidentes do Estado). O coronel Sólon, convocado pelos membros da junta, foi até o Pátio do Colégio, então sede do governo estadual e dialogou com Castelo Branco, convencendo-o de que ele, como vice-presidente, deveria assumir o governo. Castelo Branco então foi juntamente com Sólon ao Grande Hotel e entregou o governo a Cerqueira César, terminando seu mandato que durara apenas algumas horas. Deixou São Paulo, sendo substituído pelo coronel João Nepomuceno Pereira Lisboa no cargo que exercia.

A segunda revolta da Armada e morte

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A Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, onde vários prisioneiros políticos foram fuzilados em 1894.

No dia 6 de setembro de 1893 irrompeu a revolta da Armada contra o marechal Floriano Peixoto. Sob o comando do capitão de mar e guerra Frederico Guilherme de Lorena, as tripulações de três navios adeptos da revolta partiram para Santa Catarina, estado de origem de vários líderes da revolta, que eventualmente tomaram o município de Desterro (hoje Florianópolis). Desterro se tornou então a capital da Revolução Federalista, com o comandante Lorena proclamado presidente.

O tenente-coronel Castelo Branco era partidário das causas revolucionárias, participando ativamente do "novo governo". Recebeu do próprio Lorena, ainda, a função de escrever um Código Criminal e Militar.

A violenta repressão do governo federal se deu através da chegada de uma esquadra ao porto de Santa Catarina no dia 17 de abril de 1894, seguida por outro navio comandado pelo coronel Antônio Moreira César, que assumiu o governo do estado poucos dias depois por ordem do marechal Floriano.

Os prisioneiros foram levados para a Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim e, sem julgamento, foram fuzilados a partir de 24 de abril. Entre os fuzilados estava o tenente-coronel Sérgio Castelo Branco, que morreu no massacre.

Referências

  1. Biografia na página do CPDOC


Precedido por
Américo Brasiliense de Almeida Melo
Presidente interino de São Paulo
1891
Sucedido por
José Alves de Cerqueira César