Saltar para o conteúdo

Sérgio da Costa Franco

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Sérgio da Costa Franco
Nascimento 12 de junho de 1928
Morte 13 de outubro de 2022 (94 anos)
Nacionalidade  Brasileiro
Ocupação historiador, advogado e jornalista
Magnum opus "Porto Alegre: guia histórico"

Sérgio da Costa Franco (Jaguarão, 12 de junho de 1928 – Porto Alegre, 13 de outubro de 2022) foi um historiador, advogado e jornalista brasileiro.[1] Foi um dos maiores pesquisadores da história do Rio Grande do Sul e da capital Porto Alegre.[2]

Biografia

[editar | editar código-fonte]

Filho do juiz Álvaro da Costa Franco e de Gilda Werneck da Costa Franco,[3] após o assassinato de seu pai, em 1935 sua mãe e irmãos mudaram-se para Porto Alegre, onde Franco começou a trabalhar a partir dos 15 anos.[2] Concluiu o curso secundário em 1945, no Colégio Anchieta. Formou-se em Geografia e História pela UFRGS em 1948 e em seguida em Direito, pela mesma universidade, em 1954.[3]

Foi professor de ensino médio de 1947 a 1968, e chefe de comunicação regional do IBGE entre 1949 e 1952. Neste ano fez concurso para o Banco do Brasil, onde trabalhou como escriturário até 1957. A partir daí fez carreira no Ministério Público do Rio Grande do Sul. Foi Promotor de justiça nas cidades gaúchas de Encantado, Quaraí, Soledade, Erechim e Porto Alegre, promovido a Procurador de Justiça em 1976 e aposentado em setembro de 1977.[3][2]

Membro honorário do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, foi seu presidente de 1996 a 1998.[3] Também foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.[4]

Jornalista desde 1949, publicou crônicas e textos históricos em diversos jornais. Foi editor do Correio do Povo de 1978 a 1983.[2] Autor de trinta livros, alguns reunindo crônicas, mas a maior parte dedicados à pesquisa histórica, principalmente à memória de Porto Alegre.[5]

Em 2020, já com 92 anos, publicou suas duas últimas obras, uma sobre a História da sua cidade natal, Jaguarão [6] e outra reunindo biografias de todos os presidentes do Brasil, desde Deodoro da Fonseca. [7]

Após ficar internado por cerca de duas semanas, morreu em 13 de outubro de 2022, decorrente de insuficiência cardíaca.[8]

Foi casado com Ignez Maria Casella, deixando os filhos Sérgio, Maria Ignez, Miguel, Fernando e César.[2]

Premiações

[editar | editar código-fonte]

Seu primeiro livro de crônicas, "Quarta página", recebeu o Prêmio Carlos de Laet da Academia Brasileira de Letras em 1976. [9]

Em 2005 sua obra Os viajantes olham Porto Alegre recebeu da Secretaria Municipal de Cultura o Prêmio Açorianos, categoria Livro do Ano.[10] Em 2007 recebeu o Prêmio Compahc - Mérito ao Patrimônio, concedido pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre.

Em 2009, Sérgio da Costa Franco, pelo conjunto da obra, recebeu o Prêmio Joaquim Felizardo como destaque na área de Memória Cultural.[11] No mesmo ano recebeu também a Medalha Leonardo Macedônia, conferida pela Ordem dos Advogados do Brasil, seção do Rio Grande do Sul. [12]

Em 2010 recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha, concedida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. [13] Em 2012 recebeu o Troféu Guri, iniciativa do Grupo RBS que a cada ano homenageia "10 personalidades que contribuíram para a história do Rio Grande do Sul".[14] Em 2017 foi agraciado com a Comenda Joaquim Caetano da Silva, conferida pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul.

Bibliografia

[editar | editar código-fonte]

Bibliografia segundo o Dicionário Bibliográfico Gaúcho.[15]

  • 1955: "Biografia de José Bonifácio" (ed. Globo)
  • 1967: "Júlio de Castilhos e sua época" (ed. Globo) [16]
  • 1975: "Quarta página" (crônicas, ed. Movimento) [17]
  • 1975: "Soledade na história" (ed. CORAG)
  • 1977: "Ruas mortas" (crônicas, ed. Movimento)
  • 1980: "Origens de Jaguarão, 1790-1833" (ed. Universidade de Caxias do Sul)
  • 1981: "Achados e perdidos" (crônicas, Martins Livreiro Editor)
  • 1983: "Porto Alegre e seu comércio" (Ed. Associação Comercial de Porto Alegre)
  • 1988: "Porto Alegre: guia histórico" (ed. UFRGS)
  • 1990: "Em paz com a vida" (crônicas, ed. ARI / CORAG)
  • 1993: "A guerra civil de 1893" (ed. UFRGS)
  • 1996: "A pacificação de 1923: as negociações de Bagé" (ed. UFRGS)
  • 1998: "Getúlio Vargas e outros ensaios" (ed. UFRGS)
  • 1998: "História ilustrada do Rio Grande do Sul" (co-org. com Arno Kern, ed. Zero Hora)
  • 2000: "Gente e espaços de Porto Alegre" (ed. UFRGS)
  • 2000: "Porto Alegre sitiada" (ed. Sulina)
  • 2001: "Gente e coisas da fronteira sul" (ensaios históricos, ed. Sulina)
  • 2003: "Santa Casa, 200 anos" (com Ivo Stigger, ed. Santa Casa)
  • 2004: "Os 170 anos do parlamento gaúcho - crônicas históricas" (Assembléia Legislativa do RS) [18]
  • 2004: "Os viajantes olham Porto Alegre" (com Valter Antonio Noal Filho, ed. Anaterra)
  • 2006: "As californias do Chico Pedro" (ed. Evangraf)
  • 2006: "Maragatos - o Partido Federalista Rio-grandense" (Secretaria da Cultura)
  • 2008: "A velha Porto Alegre" (crônicas e ensaios, ed. Canadá)
  • 2008: "Memórias de um escritor de província" (ed. Evangraf) [19]
  • 2010: "Dicionário político do Rio Grande do Sul" (ed. Suliani) [20]
  • 2012: "Criminosos e suspeitos perante a Junta de Justiça" (ed. Evangraf)
  • 2013: "Ensaios de história política" (ed. Pradense)
  • 2013: "Porto Alegre ano a ano: uma cronologia histórica, 1932-1950" (ed. Letra & Vida) [21]
  • 2020: "Crônica histórica de Jaguarão nos dois primeiros séculos" (ed. Evangraf)
  • 2020: "Em cena os presidentes" (ed. Edigal)

Referências

  1. ↑ «Dados pessoais no saite do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul» (PDF). Consultado em 23 de junho de 2016 
  2. ↑ a b c d e Weber, Jéssica Rebeca. "Conheça a trajetória de Sérgio da Costa Franco, autoridade entre os historiadores de Porto Alegre". Zero Hora, 03/12/2021
  3. ↑ a b c d "Morre em Porto Alegre o historiador Sergio da Costa Franco". Correio do Povo, 13/10/2022
  4. ↑ «Entrevista de Sérgio da Costa Franco a Ruy Carlos Ostermann em 2008». Consultado em 23 de junho de 2016 
  5. ↑ «Minibiografia no saite da Editora Sulina». Consultado em 23 de junho de 2016 
  6. ↑ «"Crônica histórica de Jaguarão" na Livraria Traça». Consultado em 19 de setembro de 2023 
  7. ↑ «"Em cena os presidentes" no Google Books». Consultado em 19 de setembro de 2023 
  8. ↑ «Historiador Sérgio da Costa Franco morre aos 94 anos em Porto Alegre». G1. 13 de outubro de 2022. Consultado em 15 de outubro de 2022 
  9. ↑ «O legado de Sérgio da Costa Franco para os arquitetos e urbanistas». Consultado em 20 de setembro de 2023 
  10. ↑ «Matéria sobre o Prêmio Açorianos de 2005». Consultado em 23 de junho de 2016 
  11. ↑ «Matéria sobre o Prêmio Joaquim Felizardo 2009». Consultado em 23 de junho de 2016 
  12. ↑ «OAB/RS premia ex-presidentes regionais». Consultado em 19 de setembro de 2023 
  13. ↑ «Exposições, medalhas e Sessão Solene marcam a Semana Farroupilha». Consultado em 19 de setembro de 2023 
  14. ↑ «Matéria do Canal Rural sobre o Troféu Guri 2012». Consultado em 23 de junho de 2016 
  15. ↑ Principais dados retirados de: VILLAS-BÔAS, Pedro Leite: "Dicionário Bibliográfico Gaúcho", ed. EST/EDIGAL, Porto Alegre, 1991, pp, 97-98.
  16. ↑ «Debate sobre o livro "Júlio de Castilhos e sua época em 2006». Consultado em 23 de junho de 2016 
  17. ↑ «"Quarta página" na livraria virtual Traça». Consultado em 23 de junho de 2016 
  18. ↑ «"Os 170 anos do parlamento gaúcho", texto completo em PDF». Consultado em 23 de junho de 2016 
  19. ↑ «"Memórias de um escritor de província" no saite Booklikes». Consultado em 23 de junho de 2016 
  20. ↑ «Matéria sobre o lançamento do "Dicionário Político" na Coletiva.net». Consultado em 23 de junho de 2016 
  21. ↑ «Ficha de "Porto Alegre ano a ano" no IHGB». Consultado em 23 de junho de 2016 
Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Sérgio_da_Costa_Franco&oldid=66634875"