SSR (satélites)
SSR | |
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Missão | |
Operação | INPE |
Contratantes principais | INPE |
Plataforma | Plataforma Multimissão |
Tipo de missão | Observação da Terra |
Planeta orbitado | Terra |
Massa | 290,0 kg |
Elementos Orbitais | |
Tipo | Órbita equatorial |
Inclinação | 0º |
Apogeu | 900 km |
Perigeu | 900 km |
Período orbital | 120,0 minutos |
Excentricidade | 0,00000 |
SSR (de Satélite de Sensoriamento Remoto), é a designação de uma família de satélites de observação da Terra em órbita equatorial projetada como parte da MECB. idealizada por pesquisadores do INPE no final da década de 70 e aprovado formalmente em 1980.[1]
Características
[editar | editar código-fonte]Primeira versão
[editar | editar código-fonte]O objetivo primário desses satélites era o de obter dados sobre a região amazônica, entre os paralelos 5º N e 15º S. Suas características técnicas foram esboçadas no final da década de 80. Contemplando um sensor chamado "Wide Field Imager" (WFI), o mesmo que hoje equipa os satélites CBERS, o intervalo de passagem sobre a mesma área equatorial deveria ser de 4 dias, e a resolução deveria ser de ~260 m, algo entre o Landsat e o instrumento AVHRR dos satélites da NOAA, o peso previsto estava por volta de 200 kg.[2]
Segunda versão
[editar | editar código-fonte]Em meados da década de 90, o projeto foi revisado, considerando as características do Veículo Lançador de Satélites e passou a ter as seguintes características: dois satélites deveriam ser lançados (SSR-1 e SSR-2), com expectativa de vida útil de 4 anos. Com massa de 230 kg, seriam estabilizados nos 3 eixos por motores movidos a hidrazina. A altitude da órbita seria em torno de ~893 km permitindo resolução temporal de menos de duas horas. Com isso, ele seria capaz de cobrir um corredor de 2.200 km, com resolução de ~100 m próximo ao equador e ~200 m próximo ao limite de 15º S. Para atender a essas características, seriam necessários 2 ou até 3 sensores modulares. [2]
Terceira versão
[editar | editar código-fonte]Já no início dos anos 2000, o projeto foi reavisto para uma configuração modular, sendo: por um módulo de de carga útil, onde estão instalados os instrumentos imageadores e de uma Plataforma Multimissão que provê as funções básicas para o satélite, tais como: geração de energia elétrica, controle térmico, comunicações, entre outras.[3]
Nessa revisão, o satélite passou a ter as seguintes características:[3]
- Massa de 290 kg
- Potência de 250W
- Órbita circular, equatorial a 900 km de altitude
- Período de passagem sobre o mesmo ponto: 2 horas
- Resolução de 100 a 200 m em três bandas visíveis
- Banda IR com resolução de 300 a 400 m que fornece monitoramento de incêndios florestais
- Compressão de imagens embarcada
- Irradiação de dados de imagem direta ao usuários finais com estações receptoras portáteis.
- 4 anos de vida útil
Missão
[editar | editar código-fonte]Depois de sucessivos adiamentos e mudanças de prioridades, o projeto acabou evoluindo para o Amazônia-1, permanecendo a denominação técnica desse novo satélite como SSR-1 até que ele seja lançado e entre em órbita.
Ver também
[editar | editar código-fonte]- SCD-1
- SCD-2
- Amazônia-1
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
- Missão espacial completa brasileira
Referências
- ↑ «SATÉLITE EQUATORIAL PARA MONITORAMENTO DA AMAZÔNIA É DISCUTIDO DURANTE A SBPC». AEB. 14 de julho de 2009. Consultado em 27 de julho de 2013[ligação inativa]
- ↑ a b Rudorff, Bernardo (1996). «APPLICATIONS OF THE BRAZILIAN REMOTE SENSING SATELLITE (SSR) TO MONITOR THE AMAZON REGION» (PDF). INPE. Consultado em 27 de julho de 2013
- ↑ a b «SSR-1 / SSR-2». INPE. 2 de janeiro de 2001. Consultado em 27 de julho de 2013
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- A pesquisa espacial no Brasil: 50 anos de Inpe (1961-2011) (em português)