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Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Muxima

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Santuário de Nossa Senhora Muxima, próximo do rio Cuanza.

O Santuário de Nossa Senhora da Conceição da Muxima, também conhecido como Igreja de Nossa Senhora da Muxima é um templo religioso católico localizado no município angolano de Quissamã, na província de Luanda. A igreja é considerada um monumento nacional em Angola desde 1924 e é o maior Santuário mariano da África Subsaariana.[1]

As suas origens remontam à construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição na vila de Muxima, fundada em 1599. Muxima significa "coração" na língua quimbunda [2]

O santuário popular foi destruído e incendiado pelos holandeses em 1641, quando cercaram Muxima durante a invasão holandesa de Angola. Mais tarde, foi modificado com a reconquista portuguesa. [3]

O santuário logo se converteu num importante centro de cristianização na África e até hoje é o principal centro de peregrinação no país. A Romaria de Nossa Senhora da Conceição da Muxima, ocorre desde o ano de 1833, atraindo milhares de peregrinos todos os anos, em fins de agosto e início de setembro.[4]

Em 27 de outubro de 2013, o Santuário foi invadido e a imagem de Nossa Senhora da Muxima foi atacada a pauladas por um grupo de pessoas pertencentes à Igreja da Arca de Noé durante uma missa dominical. O ataque visava ao combate a uma suposta idolatria, resultando num dos maiores atos de intolerância religiosa já registrados no país.[5]

Infraestrutura

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A vila da Muxima, localizada a 125 quilometros da cidade de Luanda, é uma área turística e muito frequentada em véspera da peregrinação por cristãos vindos de toda parte de Angola e do mundo. O templo está relativamente em bom estado e pertence à Igreja Católica. A responsabilidade pela sua manutenção e preservação cabe ao Ministério da Cultura, ele foi classificado como Monumento Nacional pelo Decreto Provincial n. 2, 12 de janeiro de 1924.[6]

Em julho de 2022, foi lançada a primeira pedra para construção da nova Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Muxima, uma promessa do Governo angolano para com a Igreja católica, feita durante a visita do papa João Paulo II a Angola, em 1992.[7]

  1. «Antecipada a peregrinação à Muxima». Jornal de Angola. 13 de abril de 2017. Consultado em 2 de abril de 2024 
  2. Gonçalves, Gil. Cultura Tradicional Bantu. 20 de setembro de 2011.
  3. «(em inglês) Church of Nossa Senhora da Conceiçào da Muxima». UNESCO World Heritage Convention. Consultado em 2 de abril de 2024 
  4. CÂMARA MUNICIPAL DE LUANDA. Boletim Cultural. Edições 35-41. Luanda, 1972.
  5. «Imagem de Nossa Senhora da Muxima em Angola danificada após ataque durante missa». Jornal de Notícias. 28 de outubro de 2013. Consultado em 2 de abril de 2024 
  6. «Lançada primeira pedra para construção da Basílica da Muxima». Governo de Angola. 19 de julho de 2022. Consultado em 2 de abril de 2024 
  7. «Angola conta com a Basílica do Santuário da Mamã Muxima nos próximos três anos». Vatican News. 23 de julho de 2022. Consultado em 2 de abril de 2024