Saltar para o conteúdo

Sartori

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Brasão Sartori de Bassano del Grappa. A tesoura que o leão empunha faz alusão ao significado do nome
 Nota: Para o político brasileiro, ex-governador do Rio Grande do Sul, veja José Ivo Sartori.

Sartori é sobrenome de ampla difusão internacional, documentado historicamente nas variantes Sartorius, Sarto, Sartorio, Sartorelli, Sartoro, Sartore, Sartor, Sartory e outras. Seus registros mais antigos são do século XII, encontrados na Itália. O sobrenome produziu muitos grupos em vários países, de origens diferentes. A palavra deriva do latim sartorius, alfaiate. De qualquer maneira, muitas personalidades que levam o sobrenome se destacaram em várias áreas, como na política, nas artes e na ciência, e vários grupos foram enobrecidos. A variante Sartori predomina na Itália, concentrada até hoje nas regiões do Vêneto e Lombardia, mas encontrada quase em todas as suas regiões, em menores números.

Retrato de Felicita Sartori, celebrada pintora, filha do notário Felice, de Pordenone,[1] por Rosalba Carriera

O sobrenome teve origens múltiplas. Entre as citações mais antigas está a de Petrus Sartor, que em 1156 estabeleceu uma sociedade com Guglielmo Burone em Gênova.[2] Depois rapidamente aparecem outros em vários pontos do norte italiano, como Veneza (1186, 1181, 1191, 1197, 1207),[2][3][4] Monselice (1212),[5] Pádua e Melara (1213),[6] em geral com personagens ocupados em ações de pouca importância. Entre os primeiros a se destacar estão Patavino, filho de Giovanni, filho de Pietro, registrado como notário em Pádua em 1235;[7] Giovanni, em 1239 procurador de Walficherio, filho do juiz Eppone,[8] Boninsegna, senhor de Castel Rubino, que em 1283 teve sua fortaleza requisitada pela República de Veneza,[9] e o frade Bartolomeo, que em 1297 é procurador de Santa Maria della Misericordia.[10] Em Bardolino, Nogarole, Rimini, Veneza e Bobbio aparecem vários outros entre os séculos XIII e XIV, em geral negociando terras.[11][12][13][14][15]

Em Mestre, ao lado de Veneza, em 1672 Zuan Batista aparece chamado de dominus, uma dignidade reservada à nobreza,[16] e no século seguinte o signor Pietro é "riquíssimo mercador".[17] Giuseppe foi senador e secretário de Estado do governo veneziano no século XVIII.[18] No fim do século XIX Giuseppe foi feito cavaleiro hereditário em Veneza.[19]

A área ao redor de Veneza está cheia de outros núcleos de Sartoris com títulos nobres, presentes também em Belluno, Fagagna, Teolo, Borgoricco, Rovigo, Pádua e até Bolonha.[20][21][22][23][24] Na Cárnia foram chamados signori chiarissimi (senhores ilustríssimos).[25] Muitas villas em posse atual ou antiga de Sartoris se espalham pelo Vêneto, mostrando sua riqueza e influência e suas relações matrimoniais com muitas outras famílias da elite. Em Pádua adquiriram uma famosa villa histórica no início do século XIX, a Villa Selvatico Sartori.[26][27][28][29][30]

Destacaram-se em Treviso no século XIX Luigi, prodígio do piano morto precocemente, aluno de Liszt;[31] e o abade Luigi Sartorio, famoso literato, bibliotecário e personagem da história da Igreja. Também na cidade e província de Treviso possuíram várias villas, entre elas a grande Villa Cavarzerani, de estilo clássico e um exemplo típico da villa vêneta, ainda em posse de Sartoris.[28][32][33][34][35]

Na região de Trento viriam a adquirir reputação e posses. Matteo é citado em Pergine, em 1377, entre vários gastaldi e delegados de comunas presentes em uma assembleia, recebendo ordem de recolher os impostos devidos ao príncipe-bispo de Trento. Em 1438 Martino, filho do patrício Pietro, foi investido pelo bispo Alessandro no priorado de Santa Margherita.[36]

Antonio Giuseppe Sartori foi notado arquiteto; Franz Sartori foi escultor ativo na região germânica; o cavaleiro Giuseppe Federico foi conselheiro privado da duquesa reinante de Lucca,[37] e o padre Raffaello se tornou beato.[38] Membros da família se associaram por casamento aos condes de Ragogna e de Silvestro,[39][24] e podem ser citados ainda os podestà de Castel Goffredo e os nobres e barões do Sacro Império.[40]

Giovanni Sartori no XXI Congresso Mundial de Ciência Política, Santiago do Chile, 2009

No entanto, no século XIX a situação se torna bastante diversificada, os grandes dignitários declinam e começam a surgir rapidamente vários registros de Sartoris sem indicação de nobreza em diversos lugares no Vêneto e em outras partes da Itália e além, em grande difusão, ocupando ofícios diversificados, alguns bem comuns, como operários, artesãos e camponeses, outros são políticos, artistas, cientistas, juristas e doutores,[41][42][43][44] A Itália naquele período sofreu grandes atribulações, sendo palco de guerras, mudanças políticas, fome, devastações e carestias gerais, que foram as causas principais para o desencadeamento de uma grande onda emigratória para a América, havendo registro de muitos Sartoris se deslocando para a Argentina, Brasil e Estados Unidos, em variável situação financeira. Muitos estavam empobrecidos.[45][46][47][48][49][50]

Na Itália a família continuou a dar figuras notáveis no século XX, como Giovanni, famoso cientista político e ganhador do Prêmio Príncipe de Astúrias,[51][52] Claudio, musicólogo,[53] Alessio, campeão olímpico e comendador da Ordem do Mérito da República Italiana.[54] e Giovanni Maria, arcebispo de Trento.[55]

O grupo vicentino

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Sartori de Vicenza
Brasão Sartori de Vicenza.

O grupo mais populoso e notório do norte da Itália é provavelmente o de Vicenza, fundado em 1295 por membros do séquito do bispo florentino Andrea dei Mozzi.[56] Seus fundadores receberam um feudo em Roana, uma das Sete Comunas situadas no planalto vicentino, e foram inscritos na vassalagem da Mesa Episcopal, naturalizando-se como nobres vicentinos.[57][56] Dispondo de uma base social e econômica bem estabelecida, os novos Sartori prosperaram adquirindo vastas áreas de terras no planalto vicentino em torno de Roana,[58][59] fixando novas sedes sucessivamente em Enego, Foza, Gallio, Asiago e Valstagna, descendo então pelo vale do rio Brenta, onde estabeleceram laços de parentesco com as principais famílias da região, e depois se espalhando por muitas outras comunas no Vêneto, sendo invariavelmente recebidos nos patriciados locais.[60][61][62] Já haviam sido recebidos no patriciado cívico de Vicenza antes de 1500.[62] Construíram sepulcros monumentais nas Igrejas de San Michele e San Biagio, e deixaram descendência viva pelo menos até o século XIX.[63][64]

No século XVI a família já havia se dividido em múltiplos ramos e adquirido uma grande riqueza, especialmente através da exploração e comércio de madeira.[65][61] Podem ser citados Nicolò, comerciante riquíssimo, o notário Giovanni Giacomo Antonio, atestado em Vicenza 1537;[66] Matheus, reitor da Igreja de San Martin em 1644;[67] Giovanni, reitor da Igreja e do Orfanotrófio da Misericórdia em 1653;[68] um Sartori citado sem nome próprio, que em 1677 foi vicario pretorio (podestà substituto e capitão do povo); Lodovico, sacerdote e poeta ativo no final do século XVIII.[69] No século XIX se destacam Antonio, abastado notário;[70] Jacopo, funcionário de alto escalão da Deputação Provincial;[71] e o médico Lodovico, membro da Accademia Olimpica.[72]

A partir do século XVI fixaram sua principal sede em Bassano del Grappa, centro de um importante mercado regional, e ali foram recebidos no patriciado. Ao contrário do que ocorreu em Vicenza, em Bassano os Sartori por muito tempo ocuparam importantes posições no Conselho e na administração pública.[73] Produziram muitos próceres e intelectuais e abastados comerciantes, ganharam fama como família brilhante e empreendedora, mas também orgulhosa e turbulenta. Devido ao seu prestígio, os crimes e abusos cometidos por alguns de seus membros eram sempre tratados com muita benevolência pelas autoridades.[62] Foram agregados à nobreza da República de Veneza e reconfirmados como nobres em 1726 e 1816.[74]

Grupo de Commezzadura

[editar | editar código-fonte]
Brasão de Croviana, cores originais perdidas.

Um outro grupo de interesse histórico foi formado em Commezzadura, atestado a partir do século XV, que usou principalmente a grafia latina de Sartoribus. Estabeleceram sede no distrito de Piano, onde o primeiro registro é de 1492, com Giovanni e seu filho Ognibene, que estavam entre as testemunhas na aquisição do Monte de la Costa. No início do século XVI aparecem no patriciado cívico Odorico e Giacomo. Andrea era cônsul de Commezzadura em 1731, e Giuseppe era padre no fim do século. A família se extinguou em Commezzadura no início do século XX, mas produziu ramos fixados nas redondezas.[75]

Em 1681 Donato, filho de Iacobo, comprou o feudo de Belveder, em Croviana, e deu origem a uma distinguida linhagem de notários, entre eles Francesco Lorenzo, que participou da reforma dos estatutos comunais em 1700, e Donato Giovanni Grisostomo, notário público de Croviana, chanceler de Rabbi entre 1735 e 1763 e síndico de Croviana em 1747.[75] Seu antigo casarão, hoje conhecido como Casa Busetti, é uma das mais destacadas edificações da cidade pela sua antiguidade e importância histórica.[76]

Um ramo se fixou em Pergine Valsugana no século XVII, onde tiveram um palácio, a antiga Casa Sartori, hoje chamada Palazzo Tomelin.[77] Nicolao, filho do dominus Seraphino, em 1618 era o regolano de Pergine. Em 1642 o dominus Ioannes participou da doação de novos sinos para a Igreja de Sant'Ana.[78] Em 1705 Giovan Batista era gastaldo e conselheiro, em 1775 Giovanni e seu filho Pietro eram notários, em 1776 Giovanni Battista era conselheiro no distrito de Costasavina.[79] No mesmo ano Giovanni Domenico era pároco de Pergine.[80] No século XIX o sobrenome reverte à forma Sartori. Pietro foi médico e cedeu o palácio da família para o general Giacomo Medici montar sua sede de comando. Em 1911-15 Giuseppe foi vice-capocomune do distrito de Roncogno.[79]

Outros países

[editar | editar código-fonte]

Outros grupos foram condes de Sehwanenfeld e barões de Waltershausen.[81] Um grupo espanhol originou os viscondes de Priego e os condes de San Luis; nesta Casa nasceu don Luis José Sartorius, ministro de Estado e Grande de Espanha.[82] Num grupo inglês nasceu sir George Sartorius, almirante que lutou na Batalha de Trafalgar e na Guerra Peninsular.[38] Um grupo que se fixou nos Estados Unidos adquiriu reputação, riqueza e influência no século XIX, descendendo de Carlo, joalheiro de Pio VI. Seu principal expoente foi Giovanni Battista, grande industrial, benemérito da sociedade e cônsul dos Estados Unidos em Roma.[50]

Referências

  1. Puhlmann, Helga. "Eine Karriere im Schatten von Rosalba Carriera – Felicita Sartori / Hoffmann in Venedig und Dresden". Zeitenblicke, 2003
  2. a b Archivio di Stato di Venezia. Fondo Mensa Patriarcale (4800), Sub-Fondo Monastero di S. Cipriano di Murano (003). UD80000798
  3. Archivio di Stato di Venezia. Fondo S. Nicolò di Lido (3014). UD81001277
  4. Archivio di Stato di Venezia. Fondo San Giovanni evangelista di Torcello (3236), Serie Pergamene (001). UD03000083
  5. Archivio di Stato di Venezia. Fondo San Zaccaria (3002), Serie Pergamene (001). UD06000114
  6. Archivio di Stato di Venezia. Fondo Mensa Patriarcale (4800), Sub-Fondo Monastero di S. Cipriano di Murano (003). UD80000030
  7. Archivio di Stato di Venezia. Fondo Mensa Patriarcale (4800), Sub-Fondo Monastero di S. Cipriano di Murano (003). UD82000192
  8. Archivio di Stato di Venezia. Fondo San Michele in Isola di Murano (3206), Sub-Fondo S. Maria di Follina (009). UD80001021
  9. Archivio di Stato di Venezia. Fondo Miscellanea atti diplomatici e privati (4933). UD03002811
  10. Archivio di Stato di Venezia. Fondo San Matteo di Mazzorbo (3192), Serie Pergamene (001). UD04000457
  11. Archivio di Stato di Torino. Super Fondo Materie Ecclesiastiche (272476), Fondo Abbazie (272934), Serie Bobbio San Colombano (275650), Sottoserie Priorati rettorie etc. (003). UD39001715
  12. Archivio di Stato di Venezia. Fondo San Giorgio Maggiore (3004), Serie Atti (001). UD03001422
  13. Archivio di Stato di Venezia. Fondo Mensa Patriarcale (4800), Sub-Fondo Monastero di S. Cipriano di Murano (003). UD81000296
  14. Archivio di Stato di Torino. Super Fondo Materie Ecclesiastiche (272476), Fondo Abbazie (272934), Serie Bobbio San Colombano (275650), Sottoserie Acquisti e vendite di beni (002), Sottosottoserie Fuori dal distretto (002). UD39000302
  15. Archivio di Stato di Venezia. Fondo San Giovanni Evangelista di Torcello (3236), Serie Pergamene (001). UD03001352
  16. Cosmai, Franca & Sorteni, Stefano. Inventario dell’Archivio dela Confraternita di Santa Maria dei Battuti di Mestre. Antica Scuola dei Battuti / Venezia Ricerche, 2009
  17. Marchesi, Ilaria & Crevatin, Franco. Gli Annali di Pietro Gradenigo. Università degli Studi di Trieste, 2005
  18. "27 de maio". Gazeta de Lisboa occidental. Pascoal da Sylva, 1734
  19. Gazzetta Ufficiale del Regno d’Italia, 01/04/1890
  20. Zucchiatti, Valter. "I nomi della gente. Onomastica storica del Comune di Fagagna". In: Ce fastu?, 2008; 84: 341-342
  21. Rizzoli, Luigi. Manoscritti della Biblioteca civica di Padova riguardanti la storia nobiliare italiana. Collegio Araldico di Roma, 1906
  22. Dolcetti, Giovanni. Libro d’Argento delle Famiglie Venete. Forni, 1922
  23. De Marzo, Orsini. Stemmario Bolognese.
  24. a b Schröder, Francesco. Repertorio genealogico delle famiglie confermate nobili e dei titolati nobili esistenti nelle provincie Venete, Volume 1. Alvisopoli, 1830
  25. Cesco-Frare, Piergiorgio & Zandonella-Calleghèr, Italo. Gli antichi transiti attraverso i valichi settentrionali dell'alto bacino del Piave: il conforto della religione e le taglie todesche. Comelico Cultura
  26. Comune di Battaglia Terme. Villa Selvatico–Sartori.
  27. "Andar per Ville Vente: 18 – Cavarzerani". Veneto Uno, 24/06/2010
  28. a b Comune di Villorba / Archivio di Stato di Venezia / Biblioteca Comunale di Treviso. [Favaro, Adriano]. Terra di Villorba: storia, lavoro ed ambiente, 1988
  29. "Montecchio, un'estate all'insegna della cultura e del divertimento". Montecchio Più, 21/06/2013
  30. Comune di Terrassa Padovana. Storia del Comune.
  31. Pesce, Luigi. La visita pastorale di Giuseppe Grasser nella diocesi di Treviso (1826-1827). Ed. di Storia e Letteratura, 1969
  32. Comune di Casale sul Sile. Quadro Conoscitivo, 2005
  33. Presidenza dei Consigli dei Ministri Comissario Delegato. Pedemontana: La via dell’identità.
  34. Comuni di Castelcucco, Crespano del Grappa, Paderno del Grappa, Possagno. Relazione Tecnica, 2009
  35. "Ne parla in studio Margherita Sartori Borotto". Veneto Uno, 24/06/2010
  36. Gar, Tommaso. Annali del principato ecclesiastico di Trento dal 1022 al 1540 compilati sui documenti da Francesco Felice Degli Alberti, vescovo e príncipe. Monauni, 1860
  37. Pera, Isabella. Carte di donne conservate presso l’Archivio di Stato di Lucca. Archivio di Stato di Firenze
  38. a b Romani, Giovanni Pietro Crescenzi. Corona Della Nobiltà D'Italia O vero Compendio Dell' Istorie Delle Famiglie Illustri: Nella quale con varie osservazioni specolative, e politiche sono intrecciate le Glorie di piú die quattro mila Casati Nobilissimi d'Europa, Volume 1. Tebaldini, 1639
  39. "Recupero della Casa della Contessina di Ragogna a Torre". Ufficio stampa del Comune di Pordenone, 24/01/2012
  40. Marocchi, Massimo. I Gonzaga di Castiglione delle Stiviere. Vicende pubbliche e private del casato di San Luigi. Verona, 1990
  41. Almanacco per le provincie soggette all' imperiale regio governo di Venezia. Andreola, 1842
  42. Manuale per le provincie soggette all' imperiale regio governo di Venezia. Andreola, 1845
  43. Gazzetta Ufficiale del Regno d’Italia, 1896
  44. Il Progresso Agrario, 31/12/1910
  45. Machado, Maria Abel. Construindo uma Cidade: História de Caxias do Sul - 1875-1950. Maneco, 2001
  46. Ribeiro, Cleodes M. P. J. Festa e Identidade: Como se fez a Festa da Uva. UCS, 2002
  47. Petriella, Dionisio & André Luis Pereira Miatello, Sara Sosa. Diccionario Biográfico Italo-Argentino. Asociación Dante Alighieri de Buenos Aires.
  48. XXXIV Fiesta Nacional del Inmigrante. "Italia – Italianos en Oberá". Arquivado em 16 de abril de 2014, no Wayback Machine.
  49. Lacoste, Pablo. El vino del inmigrante: los inmigrantes europeos y la industria vitivinícola argentina: su incidencia en la incorporación, difusión y estandarización del uso de topónimos europeos 1852-1980. Consejo Empresario Mendocino, 2003
  50. a b Juliani, Richard N. Building Little Italy: Philadelphia's Italians Before Mass Migration. Pennsylvania State University Press, 2010
  51. Comune di Noventa di Piave. Giovanni Sartori Arquivado em 14 de dezembro de 2013, no Wayback Machine..
  52. "Sartori, premio Príncipe de Asturias de Ciencias Sociales por sus estudios sobre la democracia". El País, 08/06/2005
  53. The 'Catalogo Sartori'. Italian Libretto.
  54. Presidenza della Repubblica. Sartori Sig. Alessio: Commendatore Ordine al Merito della Repubblica Italiana.
  55. Catholic-Hierarchy. Archbishop Giovanni Maria Sartori †.
  56. a b Frigo, Rita. Il Passaggio da una Regione a Statuto Ordinario ad una Regione a Stastuto Speciale. Gli art. 5 d 132 della Costituizione: Il caso dell’Altopiano di Asiago. Tesi di Laurea. Universitá degli Studi di Verona, 2013
  57. Bonato, Modesto. Storia dei Sette Comuni e contrade annesse dalla loro origine alla caduta della Veneta Repubblica. Tip. del Seminario, 1857
  58. Peck, Fanny Morton. “A Roman Consul of the Nineteenth Century”. In: United States Catholic Historic Society. Historical Records and Studies, 1919; 13
  59. Toldo, Antonio. Valdastico ieri e oggi. La Galiverna, 1984
  60. Occhi Katia. “Mercanti e traffici nel Canale di Brenta (1571-1702)”. In: Perco, D. & Varotto, M. (eds.). Uomini e paesaggi del Canale di Brenta. Cierre Edizioni, 2004, pp. 55-94
  61. a b Corazzol, Gigi. Cineografo di banditi su sfondo di monti: Feltre 1634-1642. Unicopli, 1997
  62. a b c Frantz, Ricardo André. Crônica das famílias Paternoster e Frantz e sua parentela em Caxias do Sul, Brasil: Estórias e História, Volume III - O passado na Europa. Academia.edu, 2020, pp. 88-92
  63. Rumor, Sebastiano. Il blasone vicentino descritto ed illustrato. Venezia, 1899
  64. Crollalanza, Giovanni Battista di. Dizionario stórico-blasónico delle famiglie nobili e notabili italiane estinte e fiorenti. Pisa, 1886
  65. Panciera. Walter. “Il porto fluviale e i commerci”. In: Comitato per La Storia di Bassano. Storia di Bassano del Grappa. Vol. I: Dalle origini al dominio veneziano.
  66. Archivio di Stato di Vicenza. Testamenti Bombacina, 1537
  67. Signori, Franco. Foza, una comunità, una storia. Comitato Promotore per la Storia di Foza, 1991
  68. Congregazione Somasca [Brioli, Maurizio (ed.)]. Schedario CRS, 2004
  69. Poesie per le faustissime nozze del signor conte Niccolo Nievo con la signora contessa Bernardina Ghellini nobili vicentini. Mosca, 1774
  70. Formenton, Francesco. Rimembranze sul nuovo piano di manutenzione stradale. Paroni, 1857
  71. Atti del Consiglio provinciale di Vincenza: sessioni straordinarie ed ordinaria del 1867. Sante Pozzato, 1868
  72. Atti della Academia Olimpica di Vicenza, 1880
  73. Spreti, Vittorio. Enciclopedia storico-nobiliare italiana, 6 volumi, 1928-32
  74. Schroeder, Franz. Repertorio genealogico delle famiglie confermate nobili e dei titolati nobili essistenti nelle provincie venete. Alvisopoli, 1830
  75. a b Podetti, Pietro. "Familie e Condizione di Vita". Comune di Commezzadura
  76. Comune di Croviana. Storia e Territorio.
  77. Zanetel, Antonio. Dizionario biografico di uomini del Trentino sud-orientale. Alcione, 1978
  78. Tovazzi, Giangrisostomo. Compendium diplomaticum sive tabularum veterum. Tomus secundus. S. Bernardino, 1789
  79. a b Valandro, Maria Rosa & Campestrin, Giuliana. Comune soppresso di Roncogno (Pergine Valsugana). Inventario dell'archivio (1678-1929) e degli archivi aggregati (1681-1929). Comune di Pergine Valsugana 2010
  80. Tovazzi, Giangrisostomo. Biblioteca tirolese, o sia Memorie istoriche degli scrittori della contea del Tirolo. Fondazione Biblioteca San Bernardino, 2006
  81. Rietstap, Johan Baptiste. Armorial Général. GAG, 1886-1890
  82. Alamas, Lucas; Andrade, Jose Maria & Basec, Jose Maria. Diccionario universal de historia y geografia, Tomo VI. Escalante y Cia / Libreria de Andrade, 1855

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]