Saltar para o conteúdo

Sertã

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Sertã

Perfil Davila Eigreia Matris Davila Dasertan Aqvaltem 300 Vezinhos Efica Ocastelo Én Hvalto
A Sertã em 1618[1]
gravura de Pedro Nunes Tinoco[2][3]

A Sertã em 1852.[4]

Antigo brasão (1629)[5]

Antigo brasão utilizado na cerimónia de aclamação de
D. Pedro V, em 1853.[6][7]

Brasão de Sertã Bandeira de Sertã

Localização de Sertã

Gentílico Sertaginense; Sertagenense; Sertanense
Área 453,13 km²
População 14 748 hab. (2021)
Densidade populacional 32,5  hab./km²
N.º de freguesias 10
Presidente da
câmara municipal
Carlos de Miranda (PS, 2021-2025)
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Beira Baixa
Distrito Castelo Branco
Província Beira Baixa
Orago São Pedro
Feriado municipal 24 de Junho (Nascimento do Santo Condestável em 1360 neste concelho)
Código postal 6100-... Sertã
Sítio oficial www.cm-serta.pt
Município de Portugal

A Sertã é uma vila portuguesa pertencente ao distrito de Castelo Branco, na província da Beira Baixa. Integrando a Região do Centro e desde 2024 sub-região do Beira Baixa. Faz parte da diocese de Portalegre-Castelo Branco e contava em 2021 com cerca de 5 500 habitantes.[8]

É sede do Município da Sertã com 453,13 km² de área[9] e 14 748 habitantes (2021),[8] subdividido em 10 freguesias.[10]

Etimologia e ortografia

[editar | editar código-fonte]

Diz a caldeira à sertã: Tira-te para lá não me enfarrusques.[11]

— Do rifoneiro tradicional.

É provável que a urbe que é atualmente a Sertã tenha sido conhecida durante o Império Romano, na Antiguidade Clássica, com o nome de Sartago,[12] em acusativo Sartágimem, de cujo declinação deriva o topónimo Sertã.[13][14] No famoso Dicionário etimológico do filólogo, linguista e lexicógrafo brasileiro Antenor Nascentes,[15] menciona Sartã como provindo do latim Sartagine, através do espanhol sartén e da versão arcaica sartãe.[16]

Variações ortográficas arcaicas, modernas e hodiernas

[editar | editar código-fonte]

De entre as grafias arcaicas, podem assinalar-se Sartagine nas Inquirições de Afonso II, Sartaãe nos documentos dos tempos de D. Dinis, Sertaã durante o reinado de Afonso IV, Sartaã[17] e Sartãe[18] durante o reinado de Afonso V, Asertam,[19] Sertam[20] Sertaam[21] ou Sertaãe nos tempo de Manuel I, Certãa[22][23] Certan[24][25] e Sertãa no século XVIII.[26][27] A grafia Certã[28] tornou-se comum no século XVII, embora se ateste a forma etimológica Sertã desde a dinastia filipina.[29][30] No entanto, outras grafias, tais como Certãa ainda eram frequentes no final do século XIX.[31][32] Deve assinalar-se ainda a forma Sertãe em obras como o Auto da Lusitânia de Gil Vicente.[33] É possível encontrar também as grafias Certam,[5] Sertan,[34] Sartan[35][36][37] e Sartã[38][39]

No Vocabulario Portuguez e Latino, do padre Raphael Bluteau, o primeiro grande dicionário de língua portuguesa, publicado em dez volumes entre 1712 a 1728 em Coimbra, pelo Colégio das Artes da Companhia de Jesus surgem tanto as palavras Certãa, Certan, Sartãa, Sertãa e Sertaâ, explicando que estas últimas palavras derivam de Sertago e Sartão.[40] No Diccionario da Língua Portugueza de António de Morais Silva, de 1789, já só surge Certã.[41]

O Compendio de Orthografia de Luis do Monte Carmello de 1767 clarifica que o nome da localidade é Certaã, mas que Sertãa (com S e e) seria preferível dada a fundação por Sertório, enquanto que sartãa (com a) seria sinónimo de frigideira.

Um outro caso interessante encontra-se no Novo Diccionario da Lingua Portugueza de Eduardo de Faria, o objeto para fritar é grafado alternativamente como sartã, sartan, sartagem ou sertagem, mas a grafia da localidade é indicada como Certã.[42]


Na Crónica de D. João I de Fernão Lopes, do princípio do século 15, a grafia é Sartãe.

Reformas ortográficas

[editar | editar código-fonte]

Antes da reforma ortográfica de 1911 (adoptada pela portaria de 1 de Setembro de 1911),[43][44] era comum grafar-se Certã.[45] No entanto essa grafia convivia antes dessa data com a grafia etimológica moderna, e essa situação persistiria durante mais algum tempo.[46] O município local persistiu na grafia com inicial C até 1931, quando o vereação liderada por João Pinto de Albuquerque, passou a usar a grafia com S inicial a partir da sessão camarária de 14 de setembro de 1931.[47] No vocabulário ortográfico de Gonçalves Viana, o pai da reforma ortográfica de 1911,[48] surge sertã (e também sertãe), mas não certã.

O vocabulário da Academia das Ciências de Lisboa de 1940 incluía a grafia Sertã, mas indicando "também escrito Certã".[49]

As bases analíticas do acordo ortográfico de 1945, incluem especificamente (Base V-3.°) o termo sertã (com minúscula inicial), como exemplo de distinção entre o s e o c.[50]

O acordo ortográfico de 1990 inclui explicitamente, na Base III-3.°, o vocábulo Sertã (com inicial maiúscula) como exemplo de distinção entre o s e o c.[51][52]

Asertam ou Sertã num mapa de 1600

Geografia e localização

[editar | editar código-fonte]

Confrontações com municípios vizinhos, menores ou subservientes

[editar | editar código-fonte]

“A área de xisto do centro do País, profundamente entalhada pelo Rio Zêzere e pelos seus afluentes, é singularmente desprovida de núcleos urbanos e só tarde se abriu a novas vias de comunicação. (…) Uma única vila faz excepção, pela aparência do comércio e a animação dos mercados: a Sertã.”

Orlando Ribeiro.[53]

O município é limitado a norte pelo municípios da Pampilhosa da Serra, a nordeste por Oleiros, a sueste por Proença-a-Nova, a sul por Mação e Vila de Rei, a oeste por Ferreira do Zêzere e a noroeste por Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, nestes três últimos a fronteira concelhia é estabelecida pelo rio Zêzere. Todos esses outros municípios são de pequena dimensão demográfica e pouco significado económico, e todos eles têm uma relacão de subserviência sociocultural em relacão a Sertã; assim se entendendo os dizeres de Orlando Ribeiro.[54]

“O golpe da Sertã não fere mas çuja.(‘‘sic’’)”

— adágio[55]

Geomorfologia

[editar | editar código-fonte]

A vila da Sertã localiza-se num elegante vale xistoso, numa área densa de floresta com predominância de pinheiro bravo e, mais recentemente, de eucalipto. O ponto mais alto do município, nos limites do município de Oleiros, é a Serra de Alvelos, que atinge os 1082 m.[56] O ponto mais baixo do município tem uma altitude de 125 m.[56] Não se trata de um ponto de mais baixa altitude, mas de toda a linha ao longo da Albufeira do Castelo De Bode, no rio Zêzere.

A zona compreendida entre o rio Zêzere, o rio Ocreza (a oriente), dentro da qual se insere o município da Sertã (e também Proença-a-Nova) é, do ponto de vista geológico, pertencente ao Maciço Antigo, onde predominam os xistos argilosos, gneisses, grauvaques e quartzitos. Nalguns casos, afloram pequenas manchas de granitos, como a que abrange a freguesia de Pedrógão Pequeno. Ao longo de algumas ribeiras, observam-se terraços fluviais com minerais, cuja importância na economia dos povos indígenas, e posteriormente, dos povos romanizados, poderá ter tido alguma importância. Trata-se de uma área muito montanhosa, profundamente recortada por ribeiras e ribeiros.[12]

A localidade é banhada por dois formosos cursos de água, a ribeira da Sertã, também conhecida localmente como ribeira Grande, e a ribeira de Amioso (ou ribeira Pequena), juntando-se esta àquela no sítio de Entre-Águas.[57] Estes dois cursos de água são deveras caudalosos no inverno, mas podem quase secar na estação do estio.

Todo o oeste do município é delimitado pelo rio Zêzere, mais especificamente pelas albufeiras criadas pela barragens do Cabril, da Bouçã e do Castelo de Bode. A grande massa de água influencia o clima tornando-o deveras húmido.

“A Sertã lembra já uma povoação da Estremadura ou limiar da Beira Litoral. É, no conjunto, uma elegante vilazinha clara, debruçada num meandro gracioso da ribeira da Sertã, entre montes que se vão fazendo pequenos, à borda de águas que já perderam a braveza serrana para regarem mansamente leiras de milho, mancha branca entre verduras de pinhal e olivedo, a que não falta, para acentuar a nota atlântica da paisagem, o moinho de vento no coruto dos montes, onde já se sente soprar o vento húmido do oceano.”

Orlando Ribeiro.[58]

A região da Sertã, e os pequenos municípios em seu redor, apresenta-se ainda hoje coberta com um enorme manto de pinheiro bravo, daí ser denominada a sub-região do Pinhal Interior Sul. Em várias zonas, a mancha de pinheiro bravo começa a ser substituída por eucalipto por ser mais rentável. A oliveira é outra das espécies autóctones frequentes na flora local. Em alguns locais, no entanto, veem-se ainda resquícios de uma floresta mais primitiva, composta por carvalhos, castanheiros, azinheiras e pinheiro manso. O coberto arbustivo é composto por urze, carqueja, giesta, carrasco, esteva e medronheiro, que cobre a camada esquelética do xisto.[12]

A introdução do pinheiro bravo na região fez-se, essencialmente, a partir da Idade Média, ou mais recentemente nalgumas zonas mais montanhosas. Certas áreas que devido à altimetria, não são propícias ao desenvolvimento do pinheiro bravo (como a Serra de Alvelos com a sua altitude acima dos 1000 m), apenas vê crescer a mancha arbustiva.[12]

Vista de madrugada da Serra de Alvelos.

O clima é de tipo mediterrânico, com algumas influências continentais. Os Verões são bastante quentes, com temperaturas que excedem frequentemente os 30 °C, ou roçam os 40 °C, e invernos consideravelmente frios, com noites de temperaturas mínimas negativas, registando-se assim uma elevada amplitude térmica. No Cabeço da Rainha, ponto culminante da serra de Alvelos, e nas freguesias limítrofes é frequente nevar durante o Inverno.

História social e política

[editar | editar código-fonte]

Pré-história

[editar | editar código-fonte]

A fundação da Sertã perde-se nos mistérios insondáveis da noite dos tempos. A primitiva ocupação humana da zona onde agora se localiza a Sertã remontam certamente a bem antes da época pré-romana. Diversos vestígios arqueológicos atestam a antiguidade do povoamento. Designadamente, as antas da Abegoaria cerca da vila,[59][60][61] os achados arqueológicos das Fontainhas perto de Chão de Mil (Pedrógão Pequeno),[61] o castro de Castelo Velho,[59][60][61][62][63] as insculturas da Fechadura perto do Figueiredo,[60][61][64] as insculturas da Lajeira cerca das Relvas (Ermida),[60][61][62][64] o castro de Nossa Senhora da Confiança em Pedrógão Pequeno,[3][60][61][62][63][64][65] e o castro de Santa Maria Madalena, junto do Casal da Madalena (Cernache do Bonjardim).

Da romanização do atual território português à islamização e reconquista cristã

[editar | editar código-fonte]
Esquema da inscrição romana de Roqueiro.Fonte: José Leite de Vasconcelos (1913).
A tradição atribui a fundação do castelo da Sertã a Sertório, no ano 74 antes de Cristo.

A partir da época romana, os principais achados arqueológicos consistem na inscrição romana de Roqueiro (Pedrógão Pequeno),[60][61][62][65][66][67][68][69] a inscrição romana da Castanheira encontrada na Castanheira Cimeira (Ermida), a estação arqueológica da Mata Velha (Sertã), a estação arqueológica da serra da Longra (Marmeleiro), a ponte dos três concelhos (Marmeleiro), a ponte romana do Cabril (Pedrógão Pequeno) e a calçada romana de Pedrógão Pequeno.

Ainda que a tradição atribua a fundação do castelo a Sertório, no ano 74 antes de Cristo, a estação arqueológica do castelo da Sertã revelou uma origem da época islâmica.[61][70]

No contexto das lutas pela Reconquista cristã da Península Ibérica, o conde D. Henrique de Borgonha (1095-1112), teria determinado o repovoamento do local bem como a reedificação do seu castelo.

Após a formação da nacionalidade

[editar | editar código-fonte]

Segundo algumas fontes clássicas e reputadas, designadamente Raphael Bluteau,[40] Juan Antonio de Estrada,[37] Carreira de Melo,[71] Frei António Brandão,[72] Miguel Leitão de Andrada[5] e Jacinto Manso de Lima,[73] o conde D. Henrique teria ordenado a reedificação da vila e castelo a 9 de Maio de 1111. Esta informação é possivelmente um erro: uma confusão com a vila de Sátão, que efectivamente recebeu uma carta de aforamento assinada por D. Henrique naquela data.[3]

O foral Sertaãe da hordem do Spitall foi outorgado pelo rei D. Manuel I, em 1513
O foral da Sertã é um foral manuelino (muitas vezes chamados forais novos, do princípio do século 16).[74]

O mais antigo foral concedido à vila, de que há evidência segura, data de 20 de Outubro de 1513, outorgado pelo rei D. Manuel I.[75][76][77] No entanto, deve assinalar-se que o foral de 1513 refere que esse documento foi outorgado por em razão de não aparecerem os antigos, o que pode sugerir uma outra carta de foral desaparecida.[3] Em todo caso parece claro que a localidade tinha sido promovida a vila em 1455. No momento da concessão do foral, a Sertã era já então um concelho de relativa importância, já que os seus representantes tinham assento nas Cortes desde D. Afonso Henriques.[78] Nesta altura, a vila pertencia à Ordem de Malta. Em 1665, a vila passou para a Casa do Infantado, que assimilou os rendimentos do Grão-Mestrado da velha Ordem de Malta.[3]

Nenhuma das três cópias (uma para o Concelho, outra para a Ordem do Hospital e outra para a Torre do Tombo) do foral original subsistiu até à atualidade, existindo apenas o registo no “Livro dos Forais Novos da Beira” e a transcrição no “Livro dos Forais, doações, privilégios e inquirições da Ordem de Malta”.[79]

Referência ao foral da Sertã no Livro dos Forais Novos da Beira.

Templários e Hospitalários

[editar | editar código-fonte]

A primeira intervenção da Realeza devidamente atestada em relação à Sertã ocorreu com D. Afonso Henriques que doou à Ordem dos Templários a terra limitada pelo rio Tejo e o rio Zêzere. A posse da Sertã pelo Templo demorou apenas entre 1165 e 1174, já que neste ano o primeiro rei português transferiu-a para as mãos da Ordem do Hospital.[80]

Durante o interregno de 1383-1385, a Sertã esteve sempre os lado certo da História, revelou patriotismo e amor pela Liberdade: tomou o partido do mestre de Avis.[81]

A Sertã foi durante vários séculos, uma das quatro alcaidarias-mores do priorado do Crato, juntamente com o Crato, Belver e Amieira. Os alcaide-mores desempenhavam funções de governador militar de magistrado. Conhecem-se os seguintes alcaides-mores: Diogo Gonçalves Caldeira, nomeado por D. Duarte, o filho daquele, André Caldeira de Sousa. A este sucedeu seu irmão Diogo Rodrigues Caldeira, seguindo-se o seu filho, Cristovam Caldeira. Existem documentos datados de 1522, que se referem a este último. Vicente Caldeira, substitui-o em 1541, sucedendo João Tobias Caldeira em 1587. A alcaidaria-mor da Sertã passou depois por via não hereditária a Carlos Araújo de Vasconcelos. Seguiu-se-lhe o filho Pedro Rodrigues de Araújo por volta de 1604. O genro deste, Luiz de Azevedo Faria, herdou o cargo e manteve-o até 1674. De novo, por via não hereditária, a alcaidaria-mor passou para Filipe de Sousa, e posteriormente para Vasco Manuel de Figueiredo Cabral em 1794. No início do século XIX, o alcaide-mor era Pedro da Câmara de Figueiredo Cabral.[82] A Sertã passou à ter tribunal, ou seja Juiz de Fora em 1630.[83]

Nos inícios do século XVII,o castelo construído no século X ainda se encontrava em boas condições, embora não tivesse a mesma utilidade de alguns séculos antes. Mas, no final do século seguinte a fortaleza encontrava-se completamente arruinada.[3]

Lenda da Celinda ou lenda da fundação da Sertã[84][85]

[editar | editar código-fonte]

Segundo uma lenda heroica, o castelo da Sertã terá sido edificado em 74 a. C. por Quinto Sertório[86] (uma figura histórica), um militar romano, que fora exilado por razões políticas. Veio para a Península Ibérica por volta do ano 80 a.C. e aliou-se aos Lusitanos. Sertório foi traído e assassinado durante um banquete por Perpena um lugar-tenente a soldo de Roma. A Lusitânia ficou então sob domínio romano.

Nas lutas ocorridas na conquista da Lusitânia, houve um ataque romano ao castelo, durante o qual o chefe do castelo pereceu. Sua mulher, Celinda, ao saber da notícia, dando conta que o inimigo chegava às muralhas, subiu às ameias com uma enorme sertã ou sertage (uma frigideira quadrada) cheia de azeite a ferver na qual fritava ovos. Lançou o azeite fervente sobre os invasores que foram obrigados a recuar. Deu assim tempo que chegassem reforços dos lugares mais próximos. Foi assim que o nome de Sertã foi dado ao lugar,[87] que até então tinha um nome desconhecido.[88]

Representacão política nacional em tempos de antanho

[editar | editar código-fonte]
Ver (linha 11) referencia da Sertae no alinhamento dos representantes nas Cortes de Évora de 1481-1482.

Ainda que as actas das cortes de Lamego possam sugerir que Sertã não tenha estado representada nas cortes de Lamego, verdadeiro fórum criador do primeiro ordenamento protoconstitucional monárquico do país, a verdade é que a localidade teve representantes em várias cortes ainda antes do foral, desde os tempos do saudoso D. Afonso Henriques.[89]

Durante o interregno de 1383-1385, segundo a Coronica del Rey Dom João o primero desse nome de Fernão Lopes, a Sertã tomou o partido do mestre de Avis e do papa Urbano VI de Roma, designadamente nas Cortes de Coimbra de 1385.[90][91] [92]

Nas cortes de Lisboa de dezembro de 1439, os procuradores da Sertã foram Afonso Eanes e Fernam Bariga[93]

Nas cortes de Lisboa de 1828, a Sertã teve—coisa rara, atestando a alta relevancia política desta região—dois procuradores nas cortes: o bacharel Januário José Ferreira Victor dos Reis e José Vicente Caldeira de Casal Ribeiro (que era nessa data desembargador dos agravos da Casa da Suplicação.[94]

Durante os séculos 19 e 20, o concelho fez muitas vezes parte da regiao elitoral da Beira Baixa, ou do círculo eleitoral de Castelo Branco (círculo 16 ou 24). Mas em várias ocasioes, o concelho da Serta, juntamente com os concelhos subservientes de Vila de Rei Oleiros e/ou Proença-a-Nova, constituíram variadas vezes círculos eleitorais uninominais específicos (o círculo 81 em 1879,[95] o círculo 96 em 1860, 1864, 1865, 1868, 1869, o círculo 58 em 1870 e 1871[96] ou o círculo 63 em 1897, círculo 78 em 1900) [97]

São Nuno de Santa Maria (Nuno Álvares Pereira) foi um dos grandes heróis nacionais, e o mais notável e ilustre sertaginense de todos os séculos, eras, geracões e tempos.[98]


José Parada Leitão, professor, deputado, militar condecorado, combateu na Guerra Civil, foi um dos Bravos do Mindeloe esteve no Cerco do Porto; fundador da Associação Industrial Portuense.


Manuel Martins Cardoso, comerciante, revolucionário e deputado à assembleia constituinte de 1911.
José Farinha Relvas de Campos, deputado.
Casimiro Freire, mecenas e filantropo.
Domingos Tasso de Figueiredo, militar, vice-almirante.
Abílio Marçal foi presidente do Parlamento português durante os primeiros anos da República.
Albano Portugal Durão foi três vezes ministro e presidente da câmara municipal de Lisboa.
José Nunes da Matta, engenheiro naval, vice-almirante e deputado.
O Pe. Manuel Antunes foi uma académico de nomeada no campo da filosofia e o mais ilustre e brilhante sertaginense do século XX. Estátua de Vasco Berardo na alameda da Carvalha, inaugurada em 24 de Junho de 2005.
O prof. David de Melo Lopes foi um dos mais relevantes e ilustres arabistas e linguistas portugueses do século XX.
Silvino Santos, pioneiro do cinema brasileiro, nasceu neste município.
Sepultura de José Dias, um militar português, 1.° cabo, da Várzea dos Cavaleiros, que combateu e deu a vida morrendo em combate contra a tirania (a 27 de agosto de 1917)na Primeira Guerra Mundial, sepultado no Cemitério militar português de Richebourg

Heróis, mártires, dignitários e outros ilustres e luminárias nascidos no município sertaginense

[editar | editar código-fonte]
Ver também a categoria: Naturais da Sertã
Ver também a categoria: 100 Sertaginenses

Considerações socio-económicas

[editar | editar código-fonte]

O sector do comércio e serviços, apresenta um peso bastante significativo no tecido económico do concelho. O turismo, nas suas diversas vertentes (hotelaria, restauração, artesanato, lazer, património) tem vindo a ser uma aposta determinante que está a revelar-se benéfica para a economia de toda a região. A indústria assenta principalmente nas empresas transformadoras ligadas às madeiras e derivados. Têm também expressão significativa a indústria transformadora de carnes, de papel e cartão, de corte e acabamento de pedra, indústria das confecções, produção de energia eléctrica (hídrica, biomassa e eólica). Também há produção local de caracol que é vendido com abundância para o litoral, onde é consumido acompanhado de cerveja. A agricultura é um sector de subsistência, que é composta essencialmente por produtos hortícolas, batatas, frutas, azeitonas e azeite, milho e vinha, com expressão reduzida, quer na ocupação de mão-de-obra, quer nos recursos tecnológicos empregues.[108]

Em 2001, a taxa de desemprego do município era de 7,1%.[109]

Em 1991, a taxa de analfabetismo na Sertã era ainda de 23,0%, passando a 19,4% em 2001.
Em 2001, o município tinha 0,7 médicos por milhar de habitantes e 1,8 farmácias por 10 000 habitantes.

Em 2006, 90% da população tinha abastecimento domiciliário de água, com um consumo anual médio de 40,3 metros cúbicos; 70% estavam servidas por um sistema de drenagem de águas residuais. Os esgotos de 65% da população eram tratados em estações de tratamento de águas residuais.[56]

Evolução da População do Município

[editar | editar código-fonte]

Número de habitantes * [110]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
15 976 16 923 18 332 20 380 22 617 23 288 24 057 27 183 28 623 27 997 23 846 21 503 18 199 16 720 15 880 14 769
Número de habitantes por Grupo Etário ** [111] [112]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
0-14 Anos 7 065 7 986 8 033 8 173 8 798 8 888 8 583 6 040 4 822 3 123 2 352 1 980 1 584
15-24 Anos 3 605 4 035 4 079 4 108 4 535 4 688 4 246 3 395 3 409 2 601 2 083 1 619 1 414
25-64 Anos 8 389 9 093 9 550 9 918 11 132 11 849 12 199 10 330 9 571 8 576 7 907 7 880 7 177
= ou > 65 Anos 1 420 1 454 1 515 1 827 2 089 2 594 2 969 3 285 3 701 3 899 4 378 4 401 4 594
* Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram. ** De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente) 

De acordo com os dados do INE o distrito de Castelo Branco registou em 2021 um decréscimo populacional na ordem dos 9.3% relativamente aos resultados do censo de 2011. No concelho da Sertã esse decréscimo rondou os 7.0%.

Entre 1991 e 2001, a população reduziu-se em 8,1%.

Distribuição etária (2001)

[editar | editar código-fonte]
População total
16720.

Outros indicadores demográficos e sociais (2007)[56]

[editar | editar código-fonte]
  • Taxa bruta de natalidade: 7,7 por mil.
  • Taxa bruta de mortalidade: 14,1 por mil.
  • Taxa bruta de nupcialidade: 5,9 por mil.
  • Taxa de fecundidade geral: 35,0 por mil.
  • Nascimentos fora do casamento: 21,3%
  • Proporção de casamentos entre nacionais e estrangeiros: 8,5%
  • Proporção de casamentos católicos: 60,6%
  • População estrangeira com estatuto de residente: 0,24%
  • Índice de masculinidade:[113] 91,0
  • Índice de dependência de idosos:[114] 42,8.
  • Índice de envelhecimento:[114] 207,5.
  • Índice de longevidade:[115] 52,2.
  • Idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho:[116] 27,5.
  • Idade média da mulher ao primeiro casamento:[116] 26,6
  • Idade média do homem ao primeiro casamento:[116] 30,0
  • Esperança de vida à nascença: 76,95 anos.
  • Esperança de vida restante ao 65 anos: 18,08 anos.
  • Relação de feminidade no ensino secundário:[117] 55,8.
  • Taxa quinquenal de mortalidade infantil (2002/2006): 6,1.
  • Número de médicos residentes no município: 12.
  • Veículos automóveis vendidos por 1000 habitantes (em 2007): 15,91.
  • Acessos telefónicos por 100 habitantes: 31,6.
  • Balcões de bancos, caixas económicas e caixas de crédito agrícola: 10.
  • Total de depósitos nos balcões de bancos no município: 142,29 milhões de euros.
  • Terminais de caixas automáticas (Multibanco): 14.
  • Crimes registados (2006) pelas autoridades policiais: 387, sendo 140 contra as pessoas, 139 contra o património, 79 contra a vida em sociedade, 6 contra o estado, e 23 outros.

(de acordo com os censos de 2001, em relação à população de mais de 15 anos)

Nacionalidades dos residentes

[editar | editar código-fonte]

(de acordo com os censos de 2001) (a tabela indica o país da primeira nacionalidade)

No concelho existe o Agrupamento de Escolas da Sertã, do qual fazem parte os seguintes estabelecimentos:

  • Jardim de Infância de Cabeçudo
  • Jardim de Infância de Castelo
  • Jardim de Infância de Pedrógão Pequeno
  • Jardim de Infância da Sertã
  • Escola Básica do 1º ciclo com jardim de infância de Cumeada
  • Escola Básica do 1º ciclo com jardim de infância São Nuno de Santa Maria (Cernache do Bonjardim)
  • Escola Básica do 1º ciclo com jardim de infância de Troviscal
  • Escola Básica do 1º ciclo com jardim de infância de Várzea dos Cavaleiros
  • Escola Básica do 1º ciclo de Cabeçudo
  • Escola Básica do 1º ciclo de Castelo
  • Escola Básica do 1º ciclo de Pedrógão Pequeno
  • Escola Básica da Sertã (com 1º, 2º e 3° ciclos)
  • Escola Básica de 2º e 3º ciclos Padre António Lourenço Farinha
  • Escola Secundária da Sertã
Outros
  • Escola Tecnológica e Profissional da Sertã
  • Instituto Vaz Serra em Cernache do Bonjardim (com 2º, 3º ciclos e secundário)
  • Polo da Sertã do Conservatório de Música de Coimbra

Os habitantes da Sertã chamam-se sertaginenses,[118][119][120][121][122][123] enquanto que o termo sertanenses deve ser utilizada quando é feita referência aos fervorosos e leais adeptos do Sertanense Futebol Clube.[124][125][126][127]

O dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora,[128] o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, quinta edição, 2009, da Academia Brasileira de Letras,[129] a Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira,[130] o Dicionário da língua portuguesa de Cândido de Figueiredo,[131] o Dicionário da língua portuguesa de José Pedro Machado[132] e antes destes o dicionário de Caldas Aulete e Santos Valente (sendo este curiosamente um natural da Sertã) em 1881[133][134] registam também a palavra sertainho como gentílico da Sertã. No entanto, esse termo é de uso inteiramente desconhecido para os nativos.[135]

O termo sartaginense não se encontra atualmente dicionarizado, e parece ter sido sempre deveras raro. Note-se no entanto que Candido de Figueiredo, reconhecidamente um dos maiores filólogos da língua portuguesa, afirmava ser essa a grafia preferível, e que a grafia sertaginense (ou, a seu tempo, certaginense) estava errada.[136]

“MARCHA DA SERTÃ
Tens tu Sertã
Sabor a rosa…
Oh! Dona airosa
Gentil, louçã.
Em Portugal
Não tens rival:
Não há por cá
Não há, não há
Mais lindas flores
Mais lindos pares…
Nossos cantares
Sonhos d’amores
Terno calor
Que me consome
De beijos fome,
Sede d’amor
Carvalha dos Salgueirais
Oh! Mata do Hospital
Não ouves em Portugal
Soltar mais sentidos ais!
Os nossos são todo amor
Nascido com teu calor,
Fomos às nossas ribeiras
Estes seus sons procurar
Para em rimas fagueiras
À luz do sol te cantar.”

— António Teixeira e João Esteves.[137]

Corria o ano de 1934 quando o maestro da Filarmónica União Sertaginense, António Teixeira, resolveu avançar com a ideia de compor uma marcha que elogiasse as virtudes da vila da Sertã. Depois da composição terminada, entrou em cena João Esteves, que escreveu a letra daquilo que viria a ser a Marcha da Sertã.

Património edificado de relevância

[editar | editar código-fonte]

As construções mais relevantes do município são a Igreja Matriz da Sertã,[138] o Castelo da Sertã,[139] a Ponte da Carvalha,[3][73] os pelourinhos da Sertã e de Pedrógão Pequeno e os Paços do Concelho.

Jornal da Certã, em 1887.
A Comarca da Sertã é o mais importante dos semanários locais atuais e uma referencia de qualidade a nível nacional.

Comunicação social

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Jornais da Sertã
Imprensa actual
[editar | editar código-fonte]

Existem dois jornais locais: "A Comarca da Sertã", fundado em 9 de Maio de 1936, dirigido pelo jornalista João Miguel (com uma tiragem que não excede os 5000 exemplares por semana)[140] e o O Expresso do Pinhal dirigido por Teresa Aires, que se publicam ambos semanalmente, este às quartas-feiras, aquele às sextas-feiras.

Antigos jornais
[editar | editar código-fonte]

Vários jornais foram publicados no município da Sertã ao longo dos tempos. O primeiro terá sido O Correio da Sertã.[3][141] Seguiram-se o Jornal da Certã,[142] o Campeão do Zêzere,[141] o Correio da Província,[3][141] o Echo da Beira,[141] o Certaginense,[3] A Ninfa do Zêzere,[3] a Gazeta das Províncias,[3] a Voz do Povo,[3] A Voz da Beira,[3] A Boa Nova,[3] A Pátria de Celinda,[3] O Progresso da Beira,[3] Beira Nova, Família Paroquial de Várzea dos Cavaleiros, Notícias de Várzea dos Cavaleiros e O Renovador.

Radiodifusão

[editar | editar código-fonte]

A rádio regional é a Rádio Condestável,[143] sediada em Cernache do Bonjardim. Emite em FM em 91,3 MHz, 97,5 MHz e 107,0 MHz.

Recintos culturais

[editar | editar código-fonte]

Existem na sede de município quatro recintos culturais, com projecções irregulares de cinema: o Cine-Teatro Tasso do Clube da Sertã, a Casa da Cultura (onde também se realizam exposições, concertos e debates) propriedade da Câmara Municipal, e o Cinema Monte Verde (privado) na Sertã, e o Cine-Teatro Taborda do Clube Bonjardim em Cernache.

A gastronomia da Sertã é muito rica. Destacam-se os maranhos e o bucho recheado, sendo de referir, ainda, a presença do cabrito estonado, que apesar de ser um símbolo gastronómico de Oleiros, enriquece a mesa sertaginense desde tempos imemoriais. Na doçaria: Cartuchos à moda de Cernache do Bonjardim.

Casario da parte antiga da Sertã
Ponte romana sobre a ribeira da Sertã.

Armas: Escudo de vermelho com uma torre torreada de prata, aberta e iluminada de negro. Em chefe, de ouro, uma sertã de negro, acompanhada por duas cruzes de vermelho, uma do Templo e outra de Malta. Em contra-chefe, dois rios, de prata e de azul, que se ligam ao centro e seguem para o pé do escudo. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com a legenda de negro: "Vila da Sertã" e "Sartago Sternit Sartagine Hostes" (A Sertã derruba os seus inimigos com uma sertã).[144]

Principais romarias

[editar | editar código-fonte]

As mais importantes romarias do município são a de Nossa Senhora do Remédios (nos arrabaldes da Sertã) que se realiza a 14 e 15 de Agosto; de Nossa Senhora da Graça (no mesmo local da precedente) no segundo domingo de Outubro; e de Nossa Senhora da Confiança (junto à vila de Pedrógão Pequeno) a 8 de Setembro. No entanto, realizam-se romarias e festas populares em praticamente todas as aldeias do município, durante o Verão.

Agremiações sociais, culturais e desportivas

[editar | editar código-fonte]
O Sertanense Futebol Clube, fundado em 1934[145][146][147] é o clube desportivo menos representativo do município.
A Filarmónica União Sertaginense, fundada em 1830 é a mais antiga agremiação cultural do município e a mais antiga filarmónica do país.

Locais e sítios do município com interesse turístico

[editar | editar código-fonte]

Para mais pormenores, o consulente é aconselhando a consultar também a Lista de património edificado na Sertã.

Organização administrativa do município

[editar | editar código-fonte]
Mapa do município da Certã, datado de 1870

Feriado Municipal

[editar | editar código-fonte]

O feriado municipal celebra-se no dia 24 de Junho, dia de São João.[148] A data, no entanto, não comemora este santo já que o orago da freguesia-sede de município é São Pedro, mas Nuno Álvares Pereira, que nasceu em Cernache do Bonjardim a 24 de junho de 1360.

Subdivisões administrativas

[editar | editar código-fonte]
Freguesias do município de Sertã
A vila da Sertã vista de balão de ar quente

O município inclui 242 localidades (duas vilas e 240 aldeias ou lugares).

O município da Sertã está dividido em 10 freguesias:

Presidentes eleitos

[editar | editar código-fonte]
  • 2021–2025: Carlos Alberto de Miranda (PS)[149]
  • 2017–2021: José Farinha Nunes (PPD/PSD)[150]
  • 2013–2017: José Farinha Nunes (PPD/PSD)[151]
  • 2009–2013: José Farinha Nunes (PPD/PSD)
  • 2005–2009: José Paulo Barata Farinha (PS)
  • 2001–2005: José Paulo Barata Farinha (PS)
  • 1997–2001: José Manuel Lopes Carreto (PPD/PSD)
  • 1993–1997: Ângelo Pedro Farinha (PPD/PSD)
  • 1989–1993: Ângelo Pedro Farinha (PSD)
  • 1985–1989: Ângelo Pedro Farinha (PSD)
  • 1982–1985: Ângelo Pedro Farinha (PSD)
  • 1979–1982: Reinaldo Lima da Silva (AD)
  • 1976–1979: Ângelo Patrício Soares Bastos (PSD)

[152]

Eleições autárquicas[153]

[editar | editar código-fonte]
Data % V % V % V % V % V % V % V % V Participação
PPD/PSD PS CDS-PP FEPU/APU/CDU AD IND BE CH
1976 41,73 3 26,10 2 22,39 2 2,96 -
51,15 / 100,00
1979 AD 14,35 1 AD 2,94 - 79,81 6
65,35 / 100,00
1982 45,99 4 18,76 1 27,85 2 2,07 -
60,10 / 100,00
1985 71,25 6 8,40 - 15,02 1 1,52 -
62,14 / 100,00
1989 57,21 5 19,11 1 17,47 1 1,10 -
59,80 / 100,00
1993 49,56 4 38,45 3 6,32 - 0,83 -
65,98 / 100,00
1997 56,36 5 32,70 2 6,27 - 0,53 -
63,18 / 100,00
2001 29,60 2 29,87 3 6,14 - 0,82 - 29,82 2
69,92 / 100,00
2005 37,81 3 51,73 4 4,96 - 0,36 - 1,31 -
68,33 / 100,00
2009 50,91 4 36,25 3 7,67 - 0,62 - 1,62 -
68,50 / 100,00
2013 61,61 5 24,98 2 4,10 - 1,50 - 1,71 -
63,23 / 100,00
2017 58,43 5 33,47 2 2,22 - 1,25 -
65,65 / 100,00
2021 42,81 3 47,66 4 0,94 - 1,28 - 3,44 -
67,01 / 100,00

Eleições legislativas

[editar | editar código-fonte]
Data %
PSD PS CDS PCP UDP AD APU/CDU FRS PRD PSN BE PAN PSD
CDS
CH IL L
1976 42,37 21,24 20,65 1,94 0,76
1979 AD 15,47 AD APU 1,24 73,16 3,42
1980 FRS 0,43 74,56 2,62 14,69
1983 56,74 20,39 13,03 0,56 2,24
1985 55,79 12,84 10,67 0,88 1,46 10,53
1987 74,00 11,62 5,02 CDU 0,47 1,09 1,41
1991 72,63 16,10 4,73 0,67 0,68 1,52
1995 55,93 31,75 7,52 0,34 0,74
1999 55,98 31,91 7,05 1,12 0,78
2002 58,91 28,26 8,15 0,60 0,58
2005 46,22 36,01 8,22 1,03 2,76
2009 41,63 32,00 12,36 1,30 5,73
2011 52,95 21,61 11,81 1,56 2,65 0,83
2015 CDS 25,71 PSD 2,31 6,32 0,82 54,84 0,37
2019 43,93 30,67 4,81 1,60 6,04 1,83 1,14 0,43 0,56
2022[154] 38,83 39,96 2,29 0,97 2,67 0,84 8,25 2,03 0,47
2024[155] AD 25,65 AD 40,95 0,81 2,57 1,29 18,23 2,17 1,48
  • FARINHA, Luísa Maria Lourenço (2006), Memórias da Sertã – Regresso a Casa, Sertã.
  • CALAPEZ, Pedro, João FARINHA e Joaquim Eduardo SIMÕES (2008), Sertã a preto e branco - Memórias de 1974, Sertã. Portugal

Notas e referências

  1. António Lourenço Farinha atribui erradamente a data de 1640.
  2. TINOCO Pedro Nunes (1620), Atlas do Priorado do Crato.
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p q FARINHA, Pe. António Lourenço (1930), A Sertã e o seu Concelho, Escola Tipográfica das Oficinas de S. José, Lisboa. Edições facsimiladas publicadas pela Câmara Municipal da Sertã em 1983 e 1998.
  4. Revista Popular-Semanario de Litteratura, Sciencia e Industria, 1852, (disponível aqui).
  5. a b c ANDRADA, Miguel Leitão de (1629), Miscellanea (a 2.ª edição de 1867 foi facsimilada e republicada em 1993 pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa (ver aqui).
  6. BARBOSA, Ignacio de Vilhena (1860), As Cidades e Villas da Monarchia Portugueza que Teem Brazão d'Armas, vol. I, Lisboa: Typographia do Panorama, p. 121 (disponível aqui).
  7. Note-se que neste brasão a sertã na qual se fritam os ovos surge redonda e não quadrada, como é habitual desde tempos imemoriais.
  8. a b INE - Plataforma de divulgação dos Censos 2021
  9. Instituto Geográfico Português (2013). «Áreas das freguesias, municípios e distritos/ilhas da CAOP 2013». Carta Administrativa Oficial de Portugal (CAOP), versão 2013. Direção-Geral do Território. Consultado em 28 de novembro de 2013. Arquivado do original (XLS-ZIP) em 9 de dezembro de 2013 
  10. Lei n.º 11-A/2013, de 28 de janeiro: Reorganização administrativa do território das freguesias. Anexo I. Diário da República, 1.ª Série, n.º 19, Suplemento, de 28/01/2013.
  11. CHAVES, Pedro (1928), Rifoneiro Português, Porto, Imprensa Moderna, p. 188.
  12. a b c d BATATA, Carlos (2006), Idade do Ferro e romanização entre os rios Zêzere, Tejo e Ocreza, Trabalhos de Arqueologia, 46 (Lisboa: Instituto Português de Arqueologia).
  13. BARBOSA, Ignacio de Vilhena (1859), Brazão d'armas da villa da Certã in Archivo Pittoreco - Semanario Illustrado, Volume II (1858-9), pag. 95-96, Lisboa (ver aqui) indica Certago como o nome romano da localidade.
  14. Adalberto Alves, no seu Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa, editado em 2013 pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda,indica como possível origem do topónimo Sertã a palavra árabe saraṭân, «lagostim do rio». A obra de Adalberto Alves é, no entanto, criticada como insensata e uma charlatanice por linguistas competentes. Veja-se, por exemplo, Assim Nasceu uma Língua, de Fernando Venâncio, publicado em 2019. Também Franklin Head acrescenta: “É uma vergonha que este livro tenha sido editado e é especialmente vergonhoso que a edição seja da prestigiosa Imprensa Nacional-Casa da Moeda – não por causa da atitude negativa do Autor em relação à influência das línguas clássicas, mas antes por causa do baixíssimo nível científico e informativo”(Cf.Recensão a ALVES, Adalberto. Dicionário de arabismos da língua portuguesa, em Humanitas, volume 67, páginas 221-226
  15. NASCENTES, Antenor, Dicionário etimológico da língua portuguesa, Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1932
  16. Para lá de Antenor Nascentes, ver também CORNU, Jules (1888) Die portugiesische Sprache, in: Gustav Gröber: Grundriss der romanischen Philologie. Bd. 1, Straßburg 1888, S. 715–803; e a gramática de José Joaquim Nunes (1919), do Compêndio de Gramática Histórica Portuguesa, Lisboa: A.M.Teixeira.
  17. Sobre a forma Sartãa, ver por exemplo BACELAR, Bernardo de Lima e Melo, Diccionario de lingua portugueza, Lisboa; Officina de Jozé Aquino Bulhoens, 1783, pag. 515 (disponível aqui.)
  18. Ver a carta de 15 de março de 1441, do regente D. Pedro a perdoar a Gonçalo Anes, Monumenta Henricina, volume VII, página 223. Disponível aqui.
  19. Esta grafia em que o artigo a se mistura com o nome surge em mapas do final do século 16
  20. Entre as diversas fontes onde se atesta a forma Sertam, ver por exemplo, SOUZA, Antonio Damaso de Castro, Descripção do Real Mosteiro de Belem, Lisboa: Typographia de A.S. Coelho, 1840, pag. 44 (disponível aqui.)
  21. Esta grafia é atestada em várias publicações.As mais interessantes são provavelmente ‘’ Viagem da Catholica Real Magestade del Rey D. Filipe II. N. S. ao reyno de Portugal’’ (Madrid, 1622) É com essa grafia que nessa publicação se descrevem onde se sentavam os procuradores da Sertaam às cortes (disponível aqui) e o livro publicado em Veneza intitulado ‘’ Sistema del mondo terracqueo geograficamente descritto’’ (1716), disponível aqui.
  22. Ver por exemplo CÂMARA, Paulo Perestrello (1850), Diccionario geographico, historico, politico e litterario do reino de Portugal e seus dominios, pág. 135 (disponível aqui.
  23. Ver por exemplo COSTA Antonio Carvalho (1706), Corografia portugueza, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal, Tomo II, Officina de valentim da Costa Deslandes, Lisboa, p. 590-1 (disponível aqui).
  24. CASTRO, Joaõ Bautista de, Mappa de Portugal, Segunda Parte, Lisboa: Officina de Miguel Manescal da Costa, 1746, pag. 123 (disponível aqui).
  25. Ver também Revista Universal Lisbonense, Tomo VI, Lisboa: Imprensa da Gazeta do Tribunaes, 1847, pag. 234 (disponível aqui.)
  26. FOLQMAN, Carlos (1755), Diccionario Portuguez e Latino, impresso na oficina de Miguel Manescal da Costa contém tanto Sertãa como Sertã (página 347, disponível aqui.)
  27. Ver por exemplo, FEYJO, Joaõ de Moraes Madureyra (1739), Orthographia: ou Arte de escrever e pronunciar com acerto a lingua portugueza para uso do excelentissmo Duque de Lafoens, Officina de Luis Secco Ferreira, Coimbra, p. 481 (disponível aqui).
  28. Ver por exemplo MARQUES (1853) Diccionario geographico abbreviado das oito provincias dos reinos de Portugal e Algarves, Typographia Commercial, Porto, p. 74 (disponível aqui. De notar que nessa mesma obra também se encontra amiúde a grafia Certan.)
  29. A versão Sertã surge designadamente no Thesouro da Lingoa Portuguesa de Bento Pereira e Paolo Craesbeeck, de 1647.
  30. FIGUEIREDO, Cândido de(1906), Falar e escrevêr: novos estudos práticos da língua portuguêsa
  31. Ver por exemplo CAMARA, Paulo Perestrello (1850), Diccionario geographico, historico, politico e litterario do reino de Portugal e seus dominios, p.135 (disponível aqui).
  32. A grafia Certãa surge também em publicações estrangeiras, tais como Handbook for Travellers in Portugal (2nd ed. 1850), London: John Murray, p. 125 (disponível aqui.
  33. Bibliotheca Portugueza, Reprodução dos livros nacionaes escriptos até ao final do seculo XVIII, Obras de Gil Vicente, Livro IV das Farças, edição de 1852, pag. 265 (disponível aqui aqui.)
  34. LOPES, João Baptista da Silva (1833), Istoria do cativeiro dos prezos d'estado na Torre de S. Julĩao da Barra de Lisboa durante a dezastroza epoca da uzurpasão do legitimo governo constitucional deste reino de Portugal, Lisboa: Imprensa Nacional, página 2 (disponível aqui.
  35. Ver por exemplo (em francês), COLMENAR, Juan Alvarez (1741) Annales d'Espagne et de Portugal, Amsterdam: François d'Honoiré et Fils, Tome 3, p. 260 (disponível aqui.)
  36. Ver por exemplo CONSTANCIO, Francisco Solano (1831) Grammatica Analytica da Lingua Portugueza oferecida à mocidade estudiosa de Portugal e do Brasil; Paris: J. P. Aillaud e Rio de Janeiro: Souza Laemmaret e C°, p. 302 (disponível aqui).
  37. a b ESTRADA, Juan Antonio de (1768), Poblacion General de España, sus Reynos y Provincias, Ciidades, Villas y Pueblos, Islas Adyacentes y Presidios de Africa, Tomo Segundo, Nueva Impression Corregida, Madrid: Imprenta de Andres Ramirez, p. 436 (disponível aqui).
  38. Por exemplo o Novo diccionario da lingua portugueza: composto sobre os que até o presente se tem dader ao prelo, e accrescentadode varios vocabulos extrahidos dos classicos antigos, e dos modernos de melhor nota, que se achaõ universalmente recebidos, publicado em 1806 pela Typografia Rollandiana (disponível aqui regista Certãa, Sertã e Sartã, considerado esta com a forma preferida.
  39. É também Sartãa, a forma que surge no Diccionario da Lingua Portugueza de Bernardo de Lima e Mello Bacellar (1783), página 515, publicado em Lisboa na oficina de Jozé de Aquino Bulhoens (disponível aqui.
  40. a b BLUTEAU, Raphael (1712-1728), Vocabulario Portuguez e Latino, 10 volumes, Coimbra:Colégio das Artes da Companhia de Jesus (ver aqui e aqui).
  41. MORAIS SILVA, António de (1789), Diccionario da Lingua Portugueza, Lisboa: Officina de Simão Thaddeo Ferreira (disponível aqui.
  42. FARIA, E. (1853, segunda edicão; 1855 terceira edicão), Novo Diccionario da Lingua Portugueza, O mais exacto e mais completo de todos os Diccionarios até hoje publicados. Contendo todas as vozes da lingua portugueza, antigas ou modernas, com as suas varias acepções, accentuadas conforme a melhor pronuncia e com a indicação dos termos antiquados, latinos, barbaros ou viciosos.— Os nomes proprios da geografia antiga e moderna.— Todos os termos proprios das sciencias, artes e officios, etc., e a sua definição analytica. (em quatro volumes), Lisboa: Imprensa Nacional. Volumes 1 e 4 disponíveis: disponível aqui e aqui.
  43. Diário do Governo n.º 213 de 12 de setembro de 1911.
  44. CASTRO, Ivo de, Inês Duarte e Isabel Leiria (1987), A Demanda da Ortografia Portuguesa, ed. Sá da Costa.
  45. Por exemplo, no Diccionario da chorographia de Portugal contendo a indicação de todas as cidades, villas e freguezias coordenado por J. Leite de Vasconcellos (1884), Porto: Livraria Portuense de Clavel, é a grafia Certã que surge (ver página 47, disponível aqui).
  46. Designadamente é possível identificar a grafia Certã em publicações de 1927. Ver por exemplo CHAVES, Luís (1927), Subsidios para a história da gravura em Portugal, Imprensa da Universidade de Coimbra, página 180.
  47. Ver a obra charneira do estudioso local Rui Pedro LOPES (2013), adiante citada.
  48. VIANA, A. R. Gonçalves (1914),Vocabulário ortográfico e remissivo da língua portuguesa: com mais de 100.000 vocabulos, conforme a ortografia oficial, Paris: Aillaud e Lisboa: Bertrand (ver página 552, disponível aqui).
  49. Academia das Ciências de Lisboa (1940), Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, Lisboa, Imprensa Nacional.
  50. Decreto N.º 35 228, de 8 de Dezembro de 1945. Ver aqui.
  51. Diário da República I Série-A, de 23 de Agosto de 1991. Ver aqui.
  52. De acordo com o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da Academia Brasileira de Letras, 5a. edição, 2009, página 179, o vocábulo certã (com inicial minúscula) está correcto enquanto feminino do adjectivo certão, um sinónimo de certo. Esse vocabulário também inclui a palavra sartã, naturalmente com inicial minúscula. Esse termo também surge em diversos dicionários. Ver por exemplo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
  53. RIBEIRO, Orlando, A Sertã: pequeno centro na área de xisto da Beira Baixa, in Finisterra-Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), V (9), p. 103-112, Lisboa, 1970.
  54. A área de xisto do centro do País, profundamente entalhada pelo Rio Zêzere e pelos seus afluentes, é singularmente desprovida de núcleos urbanos e só tarde se abriu a novas vias de comunicação. (…) Uma única vila faz excepção, pela aparência do comércio e a animação dos mercados: a Sertã RIBEIRO, Orlando, A Sertã: pequeno centro na área de xisto da Beira Baixa, in Finisterra-Revista Portuguesa de Geografia. (Centro de Estudos Geográficos), V (9), p. 103-112, Lisboa, 1970.
  55. BLUTEAU, Raphael (1720), ‘’Vocabulario Portuguez & Latino, Aulico, Anatomico, Archiectonico, etc.’, Lisboa: Officina de Pascoal da Silva, p. 612.
  56. a b c d Instituto Nacional de Estatística (2011), (disponível [1].
  57. Ver página 252 de Portugal Antigo e Moderno-Diccionario Geographico, etc de Augusto Soares d’Azevedo Barbosa Pinho Leal, Lisboa: Livraria Editora de Mattos Moreira e Companhia, 1874.
  58. RIBEIRO, Orlando, Guia de Portugal.
  59. a b PROENÇA Jr., Francisco Tavares (1910, p. 5 e 18), Archeologia do districto de Castello Branco, Leiria.
  60. a b c d e f BATATA, Carlos (1998a), A Sertã na transição entre a pré-história recente e a proto-história, Revista de Estudos Pré-Históricos, 4, Centro de Estudos Pré-Históricos da Beira Alta, Viseu.
  61. a b c d e f g h BATATA, Carlos (1998b) Carta Arqueológica do Concelho da Sertã, Câmara Municipal da Sertã.
  62. a b c d BATATA, Carlos e Filomena GASPAR(1995), Levantamento Arqueológico do Concelho da Sertã, Boletim Municipal da Sertã, n. 0.
  63. a b ALMEIDA, João de (1945), Roteiro dos Monumentos Militares Portugueses, vol. I, Lisboa.
  64. a b c BATATA, Carlos e Filomena GASPAR(1996), O Ineditismo do Primero Milénio a. C. da bacia hidrogáfica do Zêzere no contexto da Arqueologia Proto-Histórica Nacional, Actas do II Congresso de Arqueologia Peninsular, Zamora.
  65. a b "Memórias Paroquiais de 1758"
  66. VASCONCELLOS, José Leite de (1905), Religiões da Lusitânia, vol II, Imprensa Nacional, Lisboa.
  67. VASCONCELLOS, José Leite de (1913), Religiões da Lusitânia, vol III, Imprensa Nacional, Lisboa.
  68. GARCIA José Manuel (1991), Religiões Antigas de Portugal - Aditamentos e Observações às Religiões da Lusitânia, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Lisboa.
  69. VASCONCELLOS, José Leite de Vasconcellos (1905), O Archeologo Português, volume 10, p.399, Museu Etnológico Português.
  70. Carlos Batata (2000), ‘Presença árabe no Castelo da Sertã (Centro de Portugal)’ 3.º Congresso de Arqueología Peninsular: UTAD, Vila Real, Portugal. Setembro de 1999 / coord. por Vítor Oliveira Jorge, Vol. 7, 2000 (Arqueología da Idade Média da Península Ibérica), ISBN 972-98807-0-0, págs. 435-442
  71. MELLO, Joaquim Lopes Carreira(1835), Compendio da Historia de Portugal-Desde os primeiros povoadores até aos nossos dias, Lisboa: Typographia de Castro & Irmão, pag. 25 (disponível aqui).
  72. BRANDÃO, Frei António (1630), Monarquia Lusitana, 3. parte.
  73. a b LIMA, Jacinto Leitão Manso (1730), Certan Ennobrecida ou Descripçam Topographica da Villa da Certan.
  74. O foral da Sertã de 1513 é muito semelhante ao de Castro Verde, reproduzido na imagem.
  75. Forall dado aavilla da Sertaãe da hordem do Spitall, 1513.
  76. FRANKLIM, Francisco Nunes (1816), Memoria para servir de indice dos foraes das terras do reino de Portugal e seus dominios, Academia Real das Sciencias de Lisboa, Lisboa; pag. 92 e 169(disponível aqui).
  77. Para o texto completo do foral, consultar a obra fundamental LOPES, Rui Pedro (2013), ‘’História da Sertã’’, Sertã: CMS
  78. BARTOLOMEU, Fernando (1874), Decrição Topografica da Vila da Sertã, Coimbra.
  79. Ver Diário As Beiras.
  80. Em MENESES, Frei Cláudio de (1791), Relatório do Almoxarifado da Sertã, a data de doação aos Hospitalários é indicada como tendo ocorrido em 1212. Essa data no entanto corresponde à era de César e não de Cristo
  81. SYLVA, José Soares (1732) Memorias para historia de Portugal, que comprehendem o governo del rey D. João o I, Tomo III, Lisboa. [2], pag. 1151.
  82. Registo do Priorado do Crato, 1787-1817.
  83. Carta Régia de 16 de Outubro de 1630: http://legislacaoregia.parlamento.pt/V/1/6/41/p206
  84. Ocidente-Revista Portuguesa Mensal, volume 44, Janeiro de 1953, p. 31, Editorial Império.
  85. Gentil Marques, Lendas de Portugal, volume II, Lisboa, Círculo de Leitores, 1997, pp. 69-75
  86. PEREIRA, João Manuel Esteves e Guilherme RODRIGUES (1906), Portugal; diccionario historico, chorographico, heraldico, biographico, bibliographico, numismatico e artistico, publicado por J. Romano Torres, página 988.
  87. Dias, Jaime Lopes (1963), Etnografia da Beira, vol. 8, Livraria Morais. pág. 64.
  88. Dias, Jaime Lopes (1960), Beira Baixa, Livraria Bertrand. pág. 141.
  89. BARTOLOMEU, Fernando (1874), Descrição Topografica da Vila da Sertã, Coimbra.
  90. Ver na Crónica de D João I de Fernão Lopes, capítulo 162 (Dos nomes dalguns logares que teverom voz por Portugal).
  91. SYLVA, José Soares (1732) Memorias para historia de Portugal, que comprehendem o governo del rey D. João o I, Tomo III, Lisboa. [3], pag. 1151.
  92. SYLVA, José Soares (1732) Memorias para historia de Portugal, que comprehendem o governo del rey D. João o I, Tomo III, Lisboa.
  93. Monumenta Henricina, vol. VII.
  94. Assento dos Tres Estados do R, juntos em Cortes na Cidade de Lisboa, feito a 11 de Julho de 1828. [4]
  95. Neste caso foi eleito Jerónimo Pereira da Silva Baima de Bastos (como aqui se nota).
  96. Neste caso foi eleito João Ribeiro dos Santos (como aqui se nota).
  97. Ver por exemplo aqui, ou aqui ou aqui.
  98. Litografia de Charles Legrand, disponível aqui e preciosamente conservada na Biblioteca Nacional de Portugal.
  99. «Sociedade Histórica da Independência de Portugal». Consultado em 28 de outubro de 2010. Arquivado do original em 3 de agosto de 2009 
  100. «S. NUNO DE SANTA MARIA por Teresa Bernardino». Consultado em 28 de outubro de 2010. Arquivado do original em 29 de abril de 2009 
  101. Boletim da Academia Portuguesa de História. Lisboa, 1960. Pág. 106.
  102. [5]
  103. Fonte: Sartagografia: Acontecimentos que abalaram o concelho: 45. Aí se citam outros combatentes sertaginenses nesse conflito: Manuel Antunes (Palhais), José Gomes Serrão (Outeiro do Pampilhal). Vicente Nune Tardaz (Cernache do Bonjardim). Pedro Pinto Caldeira (Sertã), António Nunes Leitão (Serta), Simão de Abreu (Serta), António Nunes (Mata do Cabeçudo).
  104. VENTURA, António (2010), ’‘O 5 de Outubro por quem o viveu’’, Lisboa: Livros Horizonte, pp. 728-731).
  105. Nos combates da revolução de 4 e 5 de outubro de 1910, registaram-se 70 mortos e 300 feridos. Dos mortos só 10 eram militares, 5 eram polícias. Fonte Rui Ramos 1994, “A estranha morte da monarquia constitucional,” in História de Portugal (vol. 6: A segunda fundação 1890-1926) sob direção de José Mattoso, e Celestino Steffanina (1913) Subsídios para a História da revolução de 5 de outubro de 1910).
  106. Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1973)
  107. http://www.memorialvirtual.defesa.pt/Paginas/HomensPesquisa.aspx/Results.aspx?k=Serta
  108. Instituto do Emprego e Formação Profissional.
  109. De acordo com dados do INE.
  110. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  111. INE - http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=censos_quadros
  112. INE - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_indicadores&indOcorrCod=0011166&contexto=bd&selTab=tab2
  113. Ou seja, o número de homens relativamente a 100 mulheres
  114. a b Relação entre a população idosa e a população em idade activa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 65 ou mais anos e o número de pessoas com idades compreendidas entre os 15 e os 64 anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 15-64 anos)
  115. Relação entre a população mais idosa e a população idosa, definida habitualmente como o quociente entre o número de pessoas com 75 ou mais anos e o número de pessoas com 65 ou mais anos (expressa habitualmente por 100 (10^2) pessoas com 65 ou mais anos)
  116. a b c Dados para a sub-região do Pinhal Interior Sul, ou seja Mação, Proença-a-Nova, Sertã, Oleiros e Vila de Rei.
  117. Número de alunas matriculadas num nível de ensino em relação ao total de alunos (rapazes e raparigas) matriculados nesse nível de ensino
  118. ALVES, Manuel dos Santos (1984), Prontuário da língua portuguesa: caminho fácil para a solução difíceis, Livraria Popular de Francisco Franco, pág. 125.
  119. FERNANDES, Ivo Xavier (1941 e 1943), Topónimos e Gentílicos, Porto: Editora Educação Nacional, 2. vol.
  120. Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, volume XXVIII, pág. 517, publicado em 1936.
  121. Ver pág. 125 em Manuel dos Santos Alves (1984), Prontuário da língua portuguesa: caminho fácil para a solução de coisas difíceis, Livraria Popular de Francisco Franco.
  122. Ver também Xavier Roberto e Luís de Sousa (1974), Prontuário da língua portuguesa, Lisboa: Editorial O Século.
  123. O termo sertagenense também se usa. Tal vocábulo, porém, não figura no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, 5.a edição, 2009, da Academia Brasileira de Letras.
  124. Sertanense é também o nome dado aos habitantes das localidades brasileiras do Sertão e Sertão Santana.
  125. ESTRELA, Edite e João David PINTO CORREIA (1989), Guia essencial da língua portuguesa para a comunicação social, indicam sertanense para o gentílico da Sertã.
  126. As edições modernas do dicionário de Caldas Aulete incluem o termo sertanense, mas atríbuem-no exclusivamente ao gentílico de Sertão e Sertão Santana. Ver aqui.
  127. Ver também pag. 154 em Manuela Parreira e José Manuel de Castro (1985), Prontuário ortográfico moderno: de fácil consulta, atento às dificuldades e dúvidas de quem escreve, Porto: ASA.
  128. Ver o verbete sertainho no dicionário da Porto Editora.
  129. Consulte o vocabulário da Academia Brasileira de Letras aqui.
  130. Volume XXVIII, pág. 517, publicado em 1936
  131. Livraria Bertrand, 1937 e 1939, pág. 1279.
  132. Sociedade da Língua Portuguesa, 1968, pág. 812
  133. Diccionario Contemporaneo da Língua Portuguesa. Lisboa: Parceria António Maria Pereira, 1881, dirigido por Santos Valente e precedido de plano da autoria de Caldas Aulete.
  134. Para aceder em linha a uma versão moderna do dicionário de Caldas Aulete e Santos Valente, ver aqui
  135. O termo certainho (derivado da antiga grafia Certã) pode no entanto ser encontrado em publicações eruditas do início do século XX. Ver por exemplo, pag. 15O de Miscelânea de estudos em honra de Carolina Michäelis de Vasconcellos, volume 11 of Revista da Universidade de Coimbra, 1933.
  136. FIGUEIREDO, C. de (1906). Falar e escrevêr: novos estudos praticos da lingua portuguêsa. Lisboa: Livraria Cláassica Editora  Ver https://archive.org/details/falareescrevrno00figugoog/page/n214
  137. Blogue Sertã Princesa da Beira. ([6])
  138. ANTUNES, José (1961), A Igreja Matriz da Sertã, Revista Estudos de Castelo Branco, n.º 1, Castelo Branco.
  139. LAJES, Guilherme, O Castelo da Sertã in Comunicações das 1ªs Jornadas Regionais sobre Monumentos Militares, Castelo Branco, 1993.
  140. *GARCIA, João Carlos, A Comarca da Sertã - análise geográfica de um periódico, Finisterra, Lisboa, XVIII, 35, 1983, p. 139 - 145.
  141. a b c d Rafael, Gina Guedes e Manuela Santos (coordenação e organização) (2001), Jornais e Revistas Portugueses do Século XIX, vol. I, Biblioteca Nacional de Lisboa, 480 p.
  142. GRAVE, João Mourato (1929), A Imprensa no Distrito de Castelo Branco - Subsídios para a sua História, Vila Nova de Famalicão: Minerva.
  143. O site da Rádio Condestável na Internet é http://www.radiocondestavel.pt/.
  144. Diário do Governo, I Série de 23/01/1936.
  145. A data (1933) indicada na imagem está errada.
  146. LOPES, Rui Pedro, Sertanense: 75 Anos de História, 300 pp, à venda na casa Paulino, Sertã.
  147. Ver Februaries: Webster’s Quotations, Facts and Phrases, pág. 235 aqui.
  148. Sertã. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-05-15]. Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$serta,2>.
  149. «Eleições Autárquicas de 2021» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  150. «Eleições Autárquicas de 2017» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  151. «Eleições Autárquicas de 2013» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  152. «PRESIDENTES DE CÂMARA 1976 - 2017» (PDF). Comissão Nacional de Eleições. Consultado em 15 de janeiro de 2022 
  153. «Concelho de Sertã : Autárquicas Resultados 2021 : Dossier : Grupo Marktest - Grupo Marktest - Estudos de Mercado, Audiências, Marketing Research, Media». www.marktest.com. Consultado em 17 de dezembro de 2021 
  154. «Eleições Legislativas 2022 - Sertã». legislativas2022.mai.gov.pt. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  155. «Eleições Legislativas 2024 - Sertã». legislativas2024.mai.gov.pt. Consultado em 11 de junho de 2024 
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Commons Imagens e media no Commons
Commons Categoria no Commons