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Siproeta stelenes

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaSiproeta stelenes
S. stelenes, vista superior.
S. stelenes, vista superior.
S. stelenes, vista inferior.
S. stelenes, vista inferior.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Nymphalinae[1]
Tribo: Victorinini[2]
Género: Siproeta
Hübner, [1823][1]
Espécie: S. stelenes
Nome binomial
Siproeta stelenes
(Linnaeus, 1758)[1]
O par de borboletas central, nesta Ilustração de 1779, pertence à espécie S. stelenes (em vista superior, acima, e inferior, abaixo).
Sinónimos
Papilio stelenes Linnaeus, 1758
Papilio lavinia Fabricius, 1775
Metamorpha sthenele Hübner, [1819]
Victorina stenenes (sic) Fruhstorfer, 1907
Victorina steneles (sic) Fruhstorfer, 1907
Victorina stelenes Holland, 1916
Metamorpha stelenes
[1]
Wikispecies
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O Wikispecies tem informações sobre: Siproeta stelenes

Siproeta stelenes (denominada popularmente, em língua inglesa, de Malachite; cujo significado, em português, é malaquita) é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Nymphalinae[1], encontrada do sul dos Estados Unidos (na Flórida e Texas) até o Peru, Bolívia e Argentina[3]; mas também no Caribe, em Cuba, Jamaica, Honduras[1], Ilhas Cayman[4] e Saint Croix. Foi classificada por Carolus Linnaeus, com a denominação de Papilio stelenes, em 1758.[1] De acordo com Otero, esta borboleta mimetiza borboletas Heliconiinae do gênero Philaethria.[5][6]

Indivíduos desta espécie possuem as asas de contornos serrilhados, com cerca de 8 a 9 centímetros de envergadura[7], e são basicamente de coloração marrom-enegrecido, vistos por cima, com manchas em verde brilhante ou amarelo-esverdeado.[4][8] Por baixo, tal padrão em marrom-enegrecido se torna alaranjado e suas manchas se tornam esbranquiçadas.[9][10][11] Estas borboletas parecem particularmente bonitas, quando vistas em repouso, com a luz do sol fluindo através das áreas verdes, translúcidas, de suas asas.[3] Não apresentam dimorfismo sexual.[7]

Segundo Adrian Hoskins[3] e Luiz Soledade Otero[5], esta espécie pode ser encontrada em floresta primária, ao longo das margens dos rios e em clareiras; mas também ocorrendo em habitats de floresta secundária e em beiras de trilhas e estradas, jardins, praças e pomares, em altitudes de até 1.400 metros. É ativa nas horas quentes do dia e, se perturbadas, geralmente voam para os ramos inferiores das árvores, onde ficam camufladas. Se alimentam de substâncias retiradas de frutos fermentados e de flores como a Lantana, mas também se alimentam de umidade mineralizada do solo, de carniça e de esterco.

Ovo, lagarta, crisálida e planta-alimento

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As lagartas de Siproeta stelenes, nascidas de ovos isolados de coloração verde-escura, se alimentam de plantas da família Acanthaceae pertencentes aos gêneros Blechum, Ruellia, Pseuderanthemum e Justicia (outras plantas das quais se alimentam são as Plantaginaceae do gênero Plantago e Leguminosae dos gêneros Pithecellobium e Calliandra).[3][12] São basicamente de um negro lustroso, com projeções espinescentes vermelhas em sua superfície. Também apresentam um outro par de projeções, como chifres, em sua cabeça.[13] Sua crisálida possui coloração verde-clara, com alguns espinhos amarelados, característicos.[14]

S. stelenes possui cinco subespécies:[1]

  • Siproeta stelenes stelenes - Descrita por Linnaeus em 1758, de provável exemplar proveniente da Jamaica ("America" na descrição).
  • Siproeta stelenes biplagiata - Descrita por Fruhstorfer em 1907, de exemplar proveniente de Honduras.
  • Siproeta stelenes insularis - Descrita por Holland em 1916, de exemplar proveniente de Cuba.
  • Siproeta stelenes meridionalis - Descrita por Fruhstorfer em 1909, de exemplar proveniente do Brasil (Rio Grande do Sul).
  • Siproeta stelenes sophene - Descrita por Fruhstorfer em 1907, de exemplar proveniente do Equador.

Referências

  1. a b c d e f g h Savela, Markku. «Siproeta stelenes» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  2. «Family NYMPHALIDAE Rafinesque, 1815 – BRUSHFOOTS» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de julho de 2018 
  3. a b c d Hoskins, Adrian. «Malachite - Siproeta stelenes (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  4. a b Legal, Luc; Albre, Jerome; Dorado, Oscar (2007). «Siproeta stelenes biplagiata» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  5. a b c OTERO, Luiz Soledade (1986). Borboletas. Livro do Naturalista (21 X 28cm) 1ª ed. Rio de Janeiro: Ministério da Educação - FAE. p. 45. 112 páginas. ISBN 85-222-0195-1 
  6. a b Brower, Andrew V. Z. (2 de junho de 2011). «Siproeta stelenes (Linnaeus, 1758)» (em inglês). Tree of life web project. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  7. a b Neubauer, Thomas. «Siproeta stelenes (Malachit, Bambuspage)» (em inglês). Butterfly corner. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  8. Gallego, Mr. Cristian (3 de abril de 2011). «Siproeta stelenes» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  9. Brock, Jim P. (2009). «Siproeta stelenes biplagiata, vista inferior» (em inglês). Butterflies of America. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  10. Maire, Alain (17 de julho de 2014). «Siproeta stelenes, vista inferior» (em francês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  11. «Siproeta stelenes meridionalis (Fruhstofer, 1909)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  12. «HOSTS - a Database of the World's Lepidopteran Hostplants» (em inglês). Natural History Museum. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 
  13. Sanchez, Stephanie (2007). «Malachite Butterfly» (em inglês). Steph's virtual garden: butterflies. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016. Arquivado do original em 19 de outubro de 2014 
  14. Smith, Edith (2008). «Crisálida de S. stelenes (foto)» (em inglês). Butterfly fun facts. 1 páginas. Consultado em 22 de novembro de 2016 

Ligações externas

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