Strange Cargo
Strange Cargo | |
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Cartaz promocional do filme. | |
No Brasil | Almas Rebeldes |
Em Portugal | Os Fugitivos da Guiana |
Estados Unidos 1940 • p&b • 113 min | |
Gênero | aventura drama romântico |
Direção | Frank Borzage |
Produção | Joseph L. Mankiewicz |
Roteiro | Lawrence Hazard |
Baseado em | Not Too Narrow, Not Too Deep romance de 1936 de Richard Sale |
Elenco | Clark Gable Joan Crawford |
Música | Franz Waxman |
Cinematografia | Robert H. Planck |
Direção de arte | Cedric Gibbons |
Edição | Robert J. Kern |
Companhia(s) produtora(s) | Metro-Goldwyn-Mayer |
Distribuição | Loew's, Inc. |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Orçamento | US$ 1,2 milhão[2] |
Receita | US$ 1,9 milhão[2] |
Strange Cargo (bra: Almas Rebeldes; prt: Os Fugitivos da Guiana)[3][4] é um filme estadunidense de 1940, dos gêneros aventura e drama romântico, dirigido por Frank Borzage, e estrelado por Clark Gable e Joan Crawford.[5] O roteiro de Lawrence Hazard foi baseado no romance "Not Too Narrow, Not Too Deep" (1936), de Richard Sale.[6]
A trama retrata a história de um grupo de prisioneiros fugitivos de uma colônia penal guianense. Este foi o oitavo e último filme que Crawford e Gable coestrelaram juntos, e a primeira produção de Gable lançada depois de "Gone with the Wind", que fez um sucesso estrondoso.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]André Verne (Clark Gable) quer escapar de uma colônia penal localizada na Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. Ele tenta envolver Julie (Joan Crawford), uma artista cínica e prostituta cansada do mundo, em seus planos, mas ela o entrega às autoridades. Em sua próxima tentativa, Verne consegue fugir com outros seis condenados e acaba encontrando Julie novamente no caminho. O grupo, na esperança de chegar ao continente, começa uma viagem pela selva até conseguir encontrar um barco para finalmente chegar ao seu destino.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Clark Gable como André Verne
- Joan Crawford como Julie
- Ian Hunter como Cambreau
- Peter Lorre como Sr. Pig
- Paul Lukas como Hessler
- Albert Dekker como Moll
- J. Edward Bromberg como Flaubert
- Eduardo Ciannelli como Telez
- John Arledge como Dufond
- Frederic Worlock como Grideau
- Bernard Nedell como Marfeu
- Victor Varconi como Pescador
- Paul Fix como Benet
Recepção
[editar | editar código-fonte]A revista Film Daily disse: "Este aqui é um melodrama bom, cru e austero que mantém o suspense desde o início. Frank Borzage deu atenção especializada na direção ... Clark Gable se encaixa em seu papel admiravelmente ... A atuação é de alto nível, com Joan Crawford dando seu melhor desempenho até o momento".[7]
A revista Variety escreveu: "Embora a produção tenha suas muitas deficiências, a caracterização de Crawford dará aos executivos do estúdio uma ideia de como escalar adequadamente seus talentos para o futuro ... A direção de Frank Borzage falha em acertar os golpes dramáticos ... Ele não definiu claramente o ângulo da redenção espiritual, o que também aumenta a confusão do público. O roteiro não ajuda Borzage a sair de sua situação difícil".[7]
Leonard Maltin descreve o filme como uma "filme alegórico e intrigante ... Não para todos os gostos, mas há performances excelentes e realistas, e [uma] trilha sonora saborosa de Franz Waxman".[8]
Questões de censura atormentaram o filme desde o início, não apenas em termos de sexo e violência, mas por causa dos elementos místicos presentes. A Legião Nacional da Decência o classificou como "condenado" por apresentar "um conceito naturalista de religião que é contrário aos ensinamentos de Cristo, uso irreverente das Escrituras e complicações lascivas". A produção foi proibida em alguns lugares, o que teve um efeito adverso nas bilheterias.[9]
Margarita Landazuri, da Turner Classic Movies, descreve-o como "um filme assombroso e incomum, controverso em sua época, e considerado por muitos críticos como a melhor expressão dos temas metafísicos na obra do diretor Frank Borzage".[9]
Uma biografia do produtor Joseph L. Mankiewicz o cita como tendo dito: "Foi quase um bom filme. Eu gostaria que pudesse ter sido feito mais tarde. Foi difícil fazer qualquer tipo de filme que abordasse a realidade de alguma forma".[10]
Bilheteria
[editar | editar código-fonte]De acordo com os registros da Metro-Goldwyn-Mayer, o filme arrecadou US$ 1.311.000 nacionalmente e US$ 603.000 no exterior, totalizando US$ 1.924.000 mundialmente. O retorno lucrativo da produção foi de US$ 21.000.[2]
Referências
- ↑ «The First 100 Years 1893–1993: Strange Cargo (1940)». American Film Institute Catalog. Consultado em 8 de abril de 2023
- ↑ a b c «The Eddie Mannix Ledger, Appendix 1: "MGM Stars Film Grosses, 1924 - 1948"». Margaret Herrick Library, Center for Motion Picture Study. Los Angeles: Historical Journal of Film, Television, and Radio, Vol. 12, No. 2. 1992.
- ↑ «Almas Rebeldes (1940)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 8 de abril de 2023
- ↑ «Os Fugitivos da Guiana (1940)». Portugal: Público. Consultado em 8 de abril de 2023
- ↑ Bret, David. «Clark Gable: Tormented Star». Consultado em 17 de agosto de 2018 – via Internet Archive
- ↑ «Strange Cargo (1940)». Cinemagraphe. Consultado em 17 de agosto de 2018
- ↑ a b Quirk, Lawrence J. (1968). The Films of Joan Crawford. [S.l.]: The Citadel Press. ISBN 978-0806503417
- ↑ «Strange Cargo (1940) – Overview». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 14 de setembro de 2023
- ↑ a b «Strange Cargo (1940) – Articles». Turner Classic Movies. Atlanta: Turner Broadcasting System (Time Warner). Consultado em 14 de setembro de 2023
- ↑ Kuipers, Benjamin (1983). «The Cognitive Map: Could It Have Been Any Other Way?». Spatial Orientation. [S.l.]: Springer US. pp. 345–359. ISBN 9781461593270. doi:10.1007/978-1-4615-9325-6_15
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