O artigo publicado sob o título Francesinha é uma propaganda descarada feita aos restaurantes em Portugal que servem a sanduíche francesinha especial, sobretudo porque este título não refere a qualificação “especial” respeitante ao molho picante, e dá a entender que a palavra francesinha não é um epíteto, mas nome próprio ao eliminar a palavra sanduíche da qual o epíteto é atributo.
A palavra francesinha para ter em português o sentido de nome próprio, cujo significado seja o mesmo que uma catraia natural ou proveniente de França exige que a aludida catraia francesa tivesse tido uma existência real e que a sua existência se remontasse ao princípio dos anos 1950, senão a palavra francesinha sempre será um adjectivo. Pelos indícios que se apresentam no artigo francesinha publicado na wikipedia está implícito que tal personagem nunca existiu. Assim, quando a palavra francesinha é usada só para baptizar <ref>https://observador.pt/2018/06/10/porque-nao-chamar-lhe-francesinha-a-historia-de-como-foi-batizada-a-famosa-iguaria-portuense/</ref> mais uma variação da sanduíche francesa “croque-monsieur”, à qual se adicionou uma única inovação que é o molho picante, fica patente que essa única inovação não altera em nada o preparo básico das sanduíches que são feitas sempre com duas fatias de pão e ainda uma ou mais fatias de carne, queijo, etc. metidas de permeio. A palavra francesinha neste caso é sempre um adjectivo diminutivo atributo da palavra feminina em Portugal sanduíche. O molho picante por ser única inovação, não transforma os demais ingredientes extras acrescentados ao recheio da sanduíche, em mais outras tantas inovações, visto que estes ingredientes extras já faziam parte da invenção original da sanduíche criada no Século 18 pelo 4.º conde de Sandwich, John Montagu. E mais a abundância de queijo fundido apresentada sobre a superfície da sanduíche francesinha é uma característica muito própria da sanduíche francesa “croque-monsieur”, a qual já era muito conhecida dos portugueses em geral muito antes da divulgação com a dita inovação: molho picante. Em suma, a palavra francesinha nada mais é do que um epíteto atribuído à variação portuense da sanduíche de origem francesa “croque-monsieur”, conhecida desde há mais de 70 anos por sanduíche francesinha, e que este epíteto então já estava muito popularizado entre os portugueses. O epíteto “francesinha” sempre foi um facto notório e de conhecimento geral entre os frequentadores habituais dos cafés e snack-bares na cidade do Porto. Tendo em conta esta notoriedade a palavra francesinha é e sempre será um adjectivo diminutivo do género feminino que se forma com o grau superlativo analítico absoluto, cujo significado é “muito francesa” <ref>”muito obrigado” ou “obrigadinho” https://ciberduvidas.iscteiul.pt/consultorio/perguntas/obrigadissimo/16056</ref>., e o qual abrange também o sentido correspondente ao grau superlativo absoluto sintético do adjectivo "francesa" com a gradação "francesissima". <ref>https://www.normaculta.com.br/grau-do-adjetivo/</ref><ref>
O artigo na wikipedia sob o título “Misto-quente” também deve ser revisto, porque o “sanduíche misto-quente” é uma variação brasileira imitativa da sanduíche original francesa „croque-monsieur" e corresponde à “sanduíche mista-quente” em Portugal, antecessora nominal da sanduíche francesinha aqui em discussão.
O molho picante é próprio tão-somente da sanduíche francesinha “especial” e não da sanduíche francesinha variação directa da sanduíche “croque-monsieur” servida há mais de 70 anos nos cafés e snack-bares da cidade do Porto.