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Taipan-do-interior

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaOxyuranus microlepidotus

Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Serpentes
Família: Elapidae
Género: Oxyuranus
Espécie: O. microlepidotus
Nome binomial
Oxyuranus microlepidotus
(McCoy, 1879)
Distribuição geográfica
Mapa de distribuição da serpente em vermelho
Mapa de distribuição da serpente em vermelho
Sinónimos
  • Diemenia microlepidota
    F. McCoy, 1879
  • Diemenia ferox
    Macleay, 1882
  • Pseudechis microlepidotus / Pseudechis ferox
    Boulenger, 1896
  • Parademansia microlepidota
    Kinghorn, 1955
  • Oxyuranus scutellatus microlepidotus
    Worrell, 1963
  • Oxyuranus microlepidotus
    Covacevich et al., 1981[1]

Oxyuranus microlepidotus, conhecida como taipan-do-interior, taipan-ocidental, cobra-de-escamas-pequenas, ou cobra-feroz,[2] é uma serpente extremamente peçonhenta (venenosa) do gênero Oxyuranus endêmica da região semiárida centro-oriental da Austrália[3]. Os aborígenes australianos que vivem nessas regiões deram-lhe o nome Dandarabilla.[4][5] O animal é extremamente rápido e ágil, podendo atacar instantaneamente e com grande precisão, além de aplicar várias mordeduras durante um mesmo ataque e injetar sua peçonha/veneno em todas as mordidas. A espécie foi descrita pela primeira vez por Frederick McCoy em 1879 e depois por William John Macleay em 1882, mas durante os 90 anos seguintes permaneceu um mistério para a comunidade científica. Não foram encontrados mais espécimes e praticamente nada foi adicionado ao conhecimento que se tinha sobre esta espécie até à sua redescoberta em 1972.[4][6]

A taipan-do-interior é considerada a cobra mais peçonhenta do mundo; com base na dose letal mediana da toxina em camundongos (ratos), sua peçonha, gota-por-gota, possui a maior toxicidade entre todas as serpentes - muito mais do que as serpentes-marinhas[7]- sendo também a mais tóxica dentre os répteis, com base em testes realizados em culturas de células de coração humano. Ao contrário da maioria das serpentes, a taipan-do-interior é uma especialista na caça de mamíferos, pois a sua toxina é especialmente eficaz para matar espécies de sangue quente. Estima-se que uma única mordida é capaz de matar cerca de 100 homens adultos e, se a vítima não for tratada, pode ser fatal em apenas 30 minutos.

Embora seja extremamente peçonhenta e um exímio predador, esta serpente prefere evitar seres humanos em razão de sua natureza tímida e solitária, ao contrário da mais agressiva taipan-costeira. Geralmente, a serpente ataca apenas como mecanismo de defesa ao se sentir ameaçada. A palavra "feroz", num dos seus nomes alternativos, descreve sua peçonha e não o seu temperamento.

Referências

  1. Fohlman, J. (1979). «Comparison of two highly toxic Australian snake venoms: The taipan (Oxyuranus s. scutellatus) and the fierce snake (Parademansia microlepidotus)». Toxicon. 17 (2): 170–2. PMID 442105. doi:10.1016/0041-0101(79)90296-4 
  2. White, Julian (November 1991). Oxyuranus microlepidotus . "A paralisia neurotóxica geralmente leva de 2 a 4 horas para se tornar clinicamente detectável. A coagulopatia, no entanto, pode se tornar bem estabelecida dentro de 30 minutos após uma mordida", International Programme on Chemical Safety. Acessado em 15 de novembro de 2013.
  3. Cecilie Beatson (29-11-2011). ANIMAL SPECIES:Inland Taipan Australian Museum. Acessado em 14 de outubro de 2013.
  4. a b Queensland Snakes . History & Discovery. (arquivado) Queensland Museum. Acessado em 15 de novembro de 2013.
  5. Pearn, John; Winkel, Kenneth D. (dezembro de 2006). «Toxinology in Australia's colonial era: A chronology and perspective of human envenomation in 19th century Australia». Toxicon. 48 (7): 726–737. doi:10.1016/j.toxicon.2006.07.027 
  6. Rediscovery. The Rediscovery of the Western Taipan. (arquivado) Queensland Museum. Acesso em 15 de novembro de 2013.
  7. Hodgson WC, Dal Belo CA, Rowan EG (2007). «The neuromuscular activity of paradoxin: a presynaptic neurotoxin from the venom of the inland taipan (Oxyuranus microlepidotus)». Neuropharmacology. 52 (5): 1229–36. PMID 17313963. doi:10.1016/j.neuropharm.2007.01.002. The inland taipan is the world's most venomous snake 
    • Bell, Karen L; Sutherland, Struan K; Hodgson, Wayne C (1998). «Some pharmacological studies of venom from the inland taipan (Oxyuranus microlepidotus)». Toxicon. 36 (1): 63–74. PMID 9604283. doi:10.1016/S0041-0101(97)00060-3. The Inland Taipan is believed to have the most toxic venom in the world (Sutherland, 1994) 
  • Boulenger GA (1896). Catalogue of the Snakes in the British Museum (Natural History). Volume III., Containing the Colubridæ (Opisthoglyphæ and Proteroglyphæ),... London: Trustees of the British Museum. (Taylor and Francis, printers). xiv + 727 pp. + Plates I-XXV. (Pseudechis microlepidotus and P. ferox, p. 332).
  • McCoy F(1879). Natural History of Victoria. Prodromus of the Zoology of Victoria; or, Figures and Descriptions of the Living Species of All Classes of the Victorian Indigenous Animals. Decade III. London: G. Robertson. (J. Ferres, government printer, Melbourne). 50 pp. + Plates 21–30. (Diemenia microlepidota, novas espécies, pp. 12–13 + chapa 23, figuras 2–3).
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