Telefônica Brasil
Telefônica Brasil | |
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Razão social | Telefônica Brasil S/A |
Empresa de capital aberto | |
Cotação | |
Atividade | Telecomunicações |
Gênero | Sociedade anônima |
Fundação | 1998 (26 anos) |
Sede | São Paulo, SP, Brasil |
Proprietário(s) | Telefónica |
Presidente | Christian Mauad Gebara |
Pessoas-chave |
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Empregados | 34.000 |
Produtos | |
Marcas | Vivo |
Subsidiárias | |
Acionistas |
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Lucro | R$ 750 milhões[1] |
Faturamento | R$ 11,352 bilhões[1] |
Antecessora(s) | |
Website oficial | telefonica |
Telefônica Brasil, fazendo negócios como Vivo, é uma subsidiária do Grupo Telefónica no Brasil. Opera no país desde 1998, quando adquiriu companhias regionais na esteira da privatização do Sistema Telebrás.[2]
História
[editar | editar código-fonte]A empresa começou a atuar no país em 1996 quando formou um consórcio chamado Tele Brasil Sul (TBS), ao lado de Portugal Telecom, as espanholas Iberdrola e o Banco Bilbao Vizcaya (BBV) e o Grupo RBS que venceram o leilão da Companhia Riograndense de Telecomunicações (CRT), do Rio Grande do Sul, empresa que não fazia parte do sistema de telecomunicações brasileiro Telebrás, mas que era da competência estadual desde o governo de Leonel Brizola, em 1962 e em 1998 a Telefónica havia adquirido a parte das ações da empresa gaúcha de forma total que mais tarde foi vendida novamente pela Brasil Telecom em 2000, mas só que a Brasil Telecom viria a ser vendida pela Oi em 2008.[3]
Na esteira da privatização do Sistema Telebrás, em 1998, o grupo Telefónica, de origem espanhola, adquiriu a Telesp, companhia estatal que operava serviços de telefonia fixa no estado de São Paulo. O valor pago pela aquisição foi de R$ 5,78 bilhões, um ágio de 64% sobre o preço mínimo estipulado. A Telesp Celular, no entanto, foi arrematada pela Portugal Telecom por R$ 3,59 bilhões.[4] Com a compra da Telesp, a Telefónica adquiriu indiretamente a CTBC, empresa controlada pela Telesp, que operava no ABC paulista.[5] No mesmo leilão, a Telefónica adquiriu o controle da Tele Sudeste Celular (RJ/ES) por R$ 1,168 bilhão e a Tele Leste Celular (BA/SE) por R$ 368 milhões.[6][7]
Posteriormente, em 1999, a companhia adquiriu a Ceterp, por R$ 208,8 milhões.[8] Segundo a legislação vigente, uma companhia não poderia deter licenças de telefonia fixa e celular em uma mesma área de atuação. Desta forma, em 2000 a Ceterp Celular foi adquirida pela Telesp Celular, por valores não divulgados. Na época, estimava-se que os valores pagos pela aquisição ficassem entre R$ 120 milhões e R$ 150 milhões.[9]
No mesmo ano, a Telefónica comprou 51% das ações do portal de internet ZAZ por US$ 250 milhões, permanecendo no controle do Grupo RBS, com a qual ficou com 49% das ações.[10] Em 2000, a Telefónica comprou a totalidade do portal e passou a se chamar de Terra, marcando a entrada do portal de internet na América Latina.
Em dezembro de 1999, lança o Speedy, um serviço de acesso à internet em banda larga via ADSL.
Em 2000, Telefónica e Portugal Telecom realizaram uma troca de ações da Telesp e Telesp Celular que ambas detinham e a Telefônica passou a ter controle total da Telesp e a Portugal Telecom, da Telesp Celular.[11]
Em 2002, lança a iTelefônica, um serviço de acesso à internet discada.
Em 2003, a Portugal Telecom, numa ação de joint-venture, uniu seus ativos de telefonia móvel com a Telefónica, e juntas criaram a Vivo.[12]
Em 2006, adquiriu 49% das ações da TVA, empresa de TV a cabo do grupo Abril.[13] A aquisição foi aprovada pela Anatel em 2007.[14] Posteriormente, em 2011, o grupo assumiu a totalidade das ações da TVA, depois de mudanças na regulamentação do setor.[15]
No mesmo ano, foi lançada a operadora de televisão por assinatura via satélite, a VocêTV, em parceria com a AstralSat.[16] A operadora encerrou suas atividades em 2009.[17]
Em 2007, lançou no Brasil mais uma operadora de televisão por assinatura via satélite, a Telefônica TV Digital, existente nos países da América Latina.[18]
Em 2010, após uma série de negociações, adquiriu a participação de sua sócia Portugal Telecom na empresa de telefonia celular Vivo. A participação adquirida foi de 30%, por US$ 9,75 bilhões. A operação foi justificada pelo interesse da Portugal Telecom na fusão com a operadora brasileira Oi.[19]
Em 2011, aprovou a incorporação da sua subsidiária Vivo, unificando suas operações no Brasil. Em paralelo, foi aprovada a mudança da razão social da companhia para Telefônica Brasil S/A.[20]
Em 2012, anunciou um plano de R$ 120 milhões para transição da marca usada pelo grupo no Brasil. A transição foi concluída no mesmo ano, e a marca Vivo passou a ser responsável pelos produtos fixos e móveis ofertados pela companhia.[21]
Em 2013, inaugurou sua nova sede, no Edifício Eco Berrini, localizado na Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, em São Paulo. O prédio tem capacidade para mais de 5 mil funcionários e a inauguração contou com a presença do então CEO e presidente do Grupo Telefónica, César Alierta.[22]
Em 2014, foi fechada a compra da GVT, empresa brasileira com sede em Curitiba, propriedade da francesa Vivendi. A transação foi avaliada em R$ 22 bilhões, sendo que cerca de R$ 14 bilhões foram pagos em dinheiro. O restante foi pago em ações da companhia (cerca de 7,5% do seu capital) e em ações da Telecom Italia, controladora da TIM Brasil (cerca de 5,7% do capital da companhia italiana).[23] Posteriormente, em 2015, a aquisição foi aprovada pelo CADE com restrições, dentre elas, a venda gradual de ações da Telefônica Brasil pela Vivendi. Isso se deve ao fato de que a Vivendi teria participação em duas companhias concorrente (Telefônica Brasil e TIM Brasil).[24] Em julho do mesmo ano, a companhia francesa finalizou a venda das ações que detinha na Telefônica Brasil, em uma operação avaliada em US$ 887 milhões.[25] Em 15 de abril de 2016, a GVT foi oficialmente extinta, passando a operar sob a marca Vivo.[26]
Em 2017, adquiriu a Terra Networks, por meio de sua subsidiária Telefônica Data. A operação foi avaliada em R$ 250 milhões. A operação teve como objetivo possibilitar uma ampliação e integração da oferta comercial de serviços digitais que podem agregar valor imediato à carteira de clientes da TData e da companhia, bem como gerar oferta de serviços da TData para a base de clientes e assinantes dos serviços da Terra Networks e gerar alavancagem do negócio de publicidade da Tdata.[27]
Em junho de 2024, a Anatel aprovou a migração do regime de concessão de telefonia fixa da Telefônica Brasil para o regime de autorização. No acordo firmado, a operadora se comprometeu a realizar investimentos de R$ 4,5 bilhões em novas redes de telecomunicações e de manter o serviço de telefonia fixa nas localidades onde não há qualquer outro serviço de telecomunicações até o ano de 2028. O acordo ainda depende de aprovação do TCU e da AGU.[28]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Telefónica. «Telefonica Brasil Release de Resultados 1T22» (PDF). ri.telefonica.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - 'Jóia da coroa' foi comprada - 31/07/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ Gerchmann, Léo (21 de junho de 2000). «Brizola estatizou empresa em 60». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de agosto de 2023
- ↑ «Folha de S.Paulo - Leilão da Telebrás: Teles são privatizadas por R$ 22 bi e ágio médio de 64% - 30/07/98». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Luís Nassif: O caso Telesp - 09/11/1999». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Privatização - Federais - Telecomunicações»
- ↑ «O leilão do sistema Telebras vendeu 12 empresas por R$ 22 bilhões - Mercado - Folha de S.Paulo». arte.folha.uol.com.br. Consultado em 27 de maio de 2023
- ↑ «Folha de S.Paulo - Privatização: Telefônica compra Ceterp pelo preço mínimo de R$ 208,8 mi - 23/12/1999». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Tele obtém controle da Ceterp Celular - 21/07/2000». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ Gurfinkel, Cláudia (17 de junho de 1999). «Telefônica compra provedor de acesso Zaz». Folha de S.Paulo
- ↑ MARCEL CALIL NOGUEIRA (2010). «A CONVERGÊNCIA TECNOLÓGICA NO SETOR DE TELECOMUNICAÇÕES: MUDANÇAS ESTRUTURAIS E ESTRATÉGICAS RECENTES NO BRASIL» (PDF)
- ↑ Agência LUSA (13 de abril de 2013). «Vivo, da "joint-venture" brasileira PT/Telefonica, arranca hoje». Público. Consultado em 6 de agosto de 2015
- ↑ «Folha Online - Dinheiro - Telefônica sela compra da TVA com Abril - 30/10/2006». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Por três a dois, Anatel confirma compra da TVA pela Telefônica.». TeleSíntese. 31 de outubro de 2007. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica aguarda resposta da Anatel para assumir TVA». VEJA. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «DTHi lança operação em parceria com a Telefônica». Teletime
- ↑ «DTHi reposiciona produto e encerra a oferta do Você TV». Teletime
- ↑ «Anatel dá autorização para Telefônica atuar em TV via satélite». Gazeta do Povo
- ↑ Presse, France (28 de julho de 2010). «Telefónica compra Vivo depois de longas negociações». Economia e Negócios. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Folha de S.Paulo - Telefonia: Incorporação da Vivo abre espaço para Telefônica atuar fora de SP - 28/04/2011». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica/Vivo investe R$ 120 mi em mudança de marca». Exame. 3 de abril de 2012. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica inaugura sede para 5 mil funcionários em São Paulo». InfoMoney. 3 de abril de 2013
- ↑ «Telefônica fecha acordo para compra da GVT por R$ 22 bilhões - Economia». Estadão. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Cade aprova compra da GVT pela Telefónica com restrições». VEJA. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ Reuters, Da (30 de julho de 2015). «Vivendi vende participação remanescente na Telefônica Brasil». Negócios. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ JC (8 de março de 2016). «Entenda o que muda com o fim da GVT». JC. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ «Telefônica compra Terra por R$ 250 milhões». Exame. 3 de julho de 2017. Consultado em 1 de julho de 2022
- ↑ Redação, Da (25 de junho de 2024). «Anatel publica acórdão com acordo da Telefônica para o fim da concessão de telefonia fixa». TeleSíntese. Consultado em 17 de novembro de 2024