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Tell Them You Love Me

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Tell Them You Love Me é um documentário do gênero true crime lançado em 2023 pela Sky e relançado pela Netflix em 2024. A obra detalha um caso policial contra Anna Stubblefield, professora da Universidade de Rutgers, condenada em 2015 por abusar sexualmente de Derrick Johnson, um homem negro com deficiência não-verbal.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O documentário é descrito pela Netflix como escandaloso, pois explora "o relacionamento controverso entre uma professora e um homem não-verbal que leva a um julgamento sobre raça, deficiência e poder".[2] Ingrid Ostby, escrevendo para a Tudum, afirmou que o filme conta a história de um "relacionamento entre uma professora branca casada e um homem negro com paralisia cerebral que gera controvérsia quando a mãe do homem alega que seu filho era incapaz de consentir - levando a um debate nacional sobre dinâmica de poder, deficiência e raça".[3]

Produção[editar | editar código-fonte]

Tell Them You Love Me foi gravado em Irvington e West Orange, Nova Jersey,[3] e contou com direção de vídeo de Nick August-Perna.[2]

Recepção da crítica[editar | editar código-fonte]

A crítica do The Guardian destacou que o filme é uma "história perturbadora de abuso sexual de um homem negro não verbal por uma acadêmica branca - e o utiliza para expor os preconceitos da sociedade", e que o filme mostra que "a maneira como a comunicação facilitada (...) pode ser mal interpretada é tão impressionante quanto um estudo sobre privilégio branco e vitimização de mulheres brancas - em que boas intenções são consistentemente assumidas por Stubblefield". O artigo conclui: "Além do consentimento, da deficiência e da raça, há espaço para refletir sobre a natureza da linguagem, o complexo do 'salvador branco', o propósito da justiça e o que constitui o amor incondicional. Tell Them You Love Me pode ser um filme difícil de assistir, mas também é vital".[4]

Já o Daily Beast defendeu que "embora [Stubblefield] pareça sincera, isso não é o mesmo que ser inocente; considerando tudo, ela parece ter se iludido e acreditado em uma ficção porque isso a fez se sentir bem por ter libertado Derrick de suas limitações". O artigo continua dizendo que, "Depois de dois anos atrás das grades, Anna ganhou um recurso devido ao fato de que o juiz do julgamento não havia permitido que ela mencionasse nada relacionado à comunicação facilitada. No entanto, como o especialista Howard Shane argumenta de forma persuasiva, esse tratamento continua sendo questionável na melhor das hipóteses e enganoso na pior... é um método no qual as projeções subconscientes do cuidador levam a interpretações errôneas e manipulações. Essa talvez seja a maneira mais agradável de dizer que Tell Them You Love Me faz pensar que a comunicação facilitada revela mais sobre o facilitador do que sobre o paciente".[5]

Referências

  1. «Documentário da Netflix traz polêmica sobre comunicação facilitada e abuso sexual». Revista Autismo. Consultado em 23 de junho de 2024 
  2. a b «Tell Them You Love Me». netflix.com. Netflix. Consultado em 15 June 2024  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  3. a b OSTBY, INGRID (14 June 2024). «Tell Them You Love Me Documentary: Everything You Need to Know». netflix.com. Netflix. Consultado em 15 June 2024. Cópia arquivada em 15 June 2024  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  4. Latif, Leila (3 February 2024). «Tell Them You Love Me review – this chilling documentary is vital, challenging TV». The Guardian. Consultado em 15 June 2024. Cópia arquivada em 3 February 2024  Verifique data em: |acessodata=, |arquivodata=, |data= (ajuda)
  5. Schager, Nick (13 June 2024). «Did a White Professor Sexually Abuse Her Disabled Black Patient—Or Was it Love?». thedailybeast.com. The Daily Beast. Cópia arquivada em 13 June 2024  Verifique data em: |arquivodata=, |data= (ajuda)