Teodoro de Edessa
Teodoro de Edessa | |
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Mort de Thoros d'Édesse (enluminure du {{s-|XIII}}) | |
Nascimento | século XI |
Morte | 9 de março de 1098 Edessa |
Cidadania | Império Bizantino |
Ocupação | administrador, militar, político |
Título | conde |
Teodoro de Edessa ou Teodoro, o Curopalata (em armênio/arménio: Թորոս կուրապաղատ; romaniz.: T’voros kurapaghat; Século XI – Edessa, 9 de março de 1098) foi um governador arménio de Edessa durante a Primeira Cruzada. Antes tinha sido um oficial curopalata do exército bizantino, lugar-tenente do general Filareto Bracâmio.
Biografia
[editar | editar código-fonte]A cerca de 1094, o emir seljúcida Tutuxe I de Damasco tomou Edessa e estabeleceu Teodoro como governador. Este tentou imediatamente assumir o controlo da cidade, tentando tornar-se independente dos seljúcidas.
Edessa foi então fortificada e isolada da cidadela, que continha uma guarnição composta de turcos e arménios. Os turcos e os artúquidas cercaram a cidade durante dois meses, mas não a conquistariam nem depois de conseguirem penetrar nas muralhas. Com a retirada destes, Teodoro foi reconhecido senhor da cidade.
Depois de resistir aos ataques seljúcidas durante algum tempo, em 1098 viu-se forçado a solicitar ajuda dos cruzados, que percorriam a Anatólia em direcção a Antioquia. Balduíno de Bolonha atendeu ao chamado depois de conquistar Turbessel. Provavelmente já com a intenção estabelecer um território seu no Levante, viu-se convidado pelo senhor de Edessa a formar uma aliança contra os muçulmanos em Fevereiro de 1098.
Apesar de ser arménio, Teodoro professava a fé ortodoxa grega e por isso não era bem visto pelos seus súbditos, na maioria ortodoxos arménios. Balduíno terá assim sido bem recebido pela população e clero arménios, gratos pelo fim da tutela de Constantinopla.[1]
Balduíno pressionou Teodoro para obter mais poder, ameaçando partir para acompanhar as restantes forças da Primeira Cruzada no cerco de Antioquia, e assim este concordou em torná-lo seu herdeiro e filho adoptivo. Pouco depois o latino atacou os oficiais fiéis ao arménio e cercou-o na cidadela.
Teodoro aceitou entregar a cidade a Balduíno e fez planos para fugir com a sua família para Melitene. Mas pouco depois, a 9 de março de 1098, seria assassinado pelos habitantes arménios da cidade, desconhecendo-se se o cruzado esteve envolvido no assunto. Seja como for, este sucedeu-o, depois de asfixiar uma conspiração de alguns súbditos arménios. Tomando o título de conde de Edessa, uma vez que já era conde de Verdun, prestaria vassalagem ao seu irmão Godofredo de Bulhão, governante de Jerusalém.
Referências e bibliografia
[editar | editar código-fonte]- ↑ Les Croisades, origines et consequences, Claude Lebedel, Ouest-France, 2004, p.62 (ISBN 978-2737326103)
Fontes
[editar | editar código-fonte]- A History of the Crusades: Volume 1, The First Crusade and the Foundation of the Kingdom of Jerusalem, Steven Runciman, Cambridge University Press, 1951 (ISBN 978-0521611480)
- Armenia and the Crusades, Tenth to Twelfth Centuries: The Chronicle of Matthew of Edessa, tradução para o inglês da crónica de Mateus de Edessa por Ara Edmond Dostourian, National Association for Armenian Studies and Research, 1993
- A History of the Expedition to Jerusalem, 1095-1127, tradução para o inglês da crónica Gesta Francorum Jerusalem Expugnantium de Fulquério de Chartres por Frances Rita Ryan, University of Tennessee Press, 1969
- L'Empire du Levant: Histoire de la Question d'Orient, René Grousset, 1949
Precedido por fundação do estado |
Governador de Edessa 1095 - 1098 |
Sucedido por Balduíno I (Conde de Edessa) |