Terminalia mameluco
Terminalia mameluco, também conhecido como pequi-doce, pelada, capitão-do-campo, araçá-d‘água ou mameluco, é uma espécie de planta do gênero Terminalia e da família Combretaceae.[1] Terminalia mameluco é estreitamente relacionada à Terminalia guyanensis e Terminalia januariensis, diferindo destas pelo fruto pequeno e pubescente e inflorescência alongada.[1]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]A espécie foi descrita em 1958 por Bento José Pickel.[2] O seguinte sinônimo já foi catalogado: [1]
- Terminalia kuhlmannii Alwan & Stace
Forma de vida
[editar | editar código-fonte]É uma espécie terrícola e arbórea.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Árvore de 5−35 m com folha 5−12,9 × 2,5−6 cm, cartácea, lâmina elíptica ou oboval, ápice agudo a acuminado, base cuneada, face adaxial e abaxial serícea a glabrescente; tricomas hialinos; nervação broquidódroma, 5−8 pares de nervuras secundárias; pecíolo de 1−2,6 centímetros de comprimento, esparso-pubescente a glabrescente, glândulas ausentes.[1]
Tem inflorescência de 3,5−8 centímetros de comprimento, espiga alongada, axilar ou terminal, bissexual. Sua flor é bissexual, com 5−6 milímetros de comprimento; hipanto inferior de2,8−3,5 milímetros de comprimento e claviforme; hipanto superior de 2−2,5 milímetros de comprimento, campanulado; lobos do cálice 1−1,6 milímetros de comprimento, reflexos; filetes do verticilo externo 3−4,5 milímetros de comprimento; filetes do verticilo interno 3−4 milímetros de comprimento; disco nectarífero com cerca de 1,2 milímetros de diâmetro; estilete 4−5 mm de comprimento. Seu fruto é betulídeo, com 1,4−3,5 × 1,6−5,6 cm, 2-alado, membranáceo ou coriáceo; alas 0,9−1,2 × 1,4−2,1 cm, elíptica-oblongas, iguais; corpo 0,8−1,2 × 0,3−0,5 cm.[1]
Caule[1] | |
---|---|
ramo superior | glabro |
Folha[1] | |
forma | elíptica/obovada |
ápice | acuminado/agudo |
base | cuneada |
consistência | cartácea |
nervação | broquidódroma/5 a 8 pares de nervura secundária 5 |
indumento | seríceo/glabrescente |
domácia | ausente |
glândula | ausente |
Inflorescência[1] | |
tipo | espiga |
forma | alongada |
posição | axilar ou terminal |
padrão das flores na inflorescência | hermafrodítica |
Flor[1] | |
hipanto inferior | claviforme |
hipanto superior | campanulado/lobo do cálice 5 |
lobo do cálice | conspícuo |
androceu | estame 10 inserido em 2 verticilo/antera cordiforme |
indumento do estilete | viloso da porção mediana a ápice |
Fruto[1] | |
forma das ala do fruto | elíptico |
número de ala | 2 |
Conservação
[editar | editar código-fonte]A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R.[3]
Distribuição
[editar | editar código-fonte]A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Bahia, Ceará, Espírito Santo,[4] Minas Gerais e Pernambuco.[1] A espécie é encontrada nos domínios fitogeográficos de Caatinga e Mata Atlântica, em regiões com vegetação de caatinga, floresta estacional semidecidual e floresta ombrófila pluvial.[1]
Notas
[editar | editar código-fonte]Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de Ribeiro, R.T.M.; Marquet, N.; Loiola, M.I.B. Combretaceae in Flora e Funga do Brasil.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n «Terminalia mameluco Pickel». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022
- ↑ «Terminalia mameluco». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022
- ↑ «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022
- ↑ Ribeiro, Rayane de Tasso Moreira; Loiola, Maria Iracema Bezerra; Sales, Margareth Ferreira de (outubro–dezembro de 2017). «Flora do Espírito Santo: Subtribo Terminaliinae (Combretaceae)». Rodriguésia: 1547–1557. ISSN 0370-6583. doi:10.1590/2175-7860201768503. Consultado em 21 de julho de 2022