Saltar para o conteúdo

Terreiro Raiz de Ayrá

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Terreiro Raiz de Ayrá
Terreiro Raiz de Ayrá
Tipo Templo
Inauguração 1917
Presidente Mariá Ferreira dos Santos
Religião candomblé
Geografia
País Brasil
Coordenadas 12° 36' 8.579" S 38° 58' 4.458" O

O Terreiro Raiz de Ayrá é um templo de candomblé de nação Nagô vodum e tem como patrono João Balbino dos Santos. O terreiro foi fundado em 1917 e está localizado na cidade de São Félix, no estado brasileiro da Bahia. É um patrimônio imaterial estadual, tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), no ano de 2014, sob o processo de nº 0607120025998/12.[1]

História[editar | editar código-fonte]

O Terreiro Raiz de Ayrá foi fundado em 1917, por João Balbino dos Santos, conhecido como João Três Toras, quando tinha quinze anos de idade. A princípio, o terreiro foi sediado no km 310, na cidade de São Félix, onde atualmente é a hidrelétrica Pedra do Cavalo. Com a construção da hidrelétrica, o terreiro precisou mudar-se e João Balbino foi para o Rio de Janeiro com seus orixás e sua esposa ficou responsável pelo terreiro em Salvador. Com a morte de sua esposa em 1973 e a morte de João Balbino em 1975, os orixás retornaram para Salvador. Mariá Ferreira dos Santos, filha biológica e filha de santo de João Balbino, retornou para a cidade de São Felix, replantando seu axé. Os orixás retomaram às suas raízes e o terreiro foi rebatizado como Terreiro Raiz de Ayrá. Atualmente a casa está sediada na Rua Varre Estrada, na cidade de São Felix.[2]

Patrimônio cultural[editar | editar código-fonte]

No ano de 2020, o Terreiro Raiz de Ayrá, juntamente com os terreiros Viva Deus, Humpame Ayono Huntóloji, Ilê Axé Itaylê, Ilê Axé Ogunjá, Inzo Nkosi Mukumbi Dendezeiro, Ogodô Dey, Aganju Didê, Loba’Nekun Casa de Oração e Loba’Nekun Filho, foram contemplados com novecentos mil reais, através do edital público Salvaguarda Patrimônio Imaterial, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), para realizar uma ação coletiva de salvaguarda com produção de documentário, portal virtual, plano planialtimétrico, publicação impressa e plano de salvaguarda.[3][4]

Yalorixás e babalorixás[editar | editar código-fonte]

  • João Balbino dos Santos (1917 a 1975) - Fundador.[2]
  • Irineu Ferreira (1975 a 2011).[2]
  • Mariá Ferreira dos Santos (desde 2011).[2]

Festividades[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «São Félix - Terreiro Raiz de Ayrá». Ipatrimonio. Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) 
  2. a b c d e f g h i j Pellegrino Filho, Antonio Roberto. (2015). Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix. Fundação Pedro Calmon. Caderno do IPAC, nº 9
  3. «Dez terreiros do Recôncavo Baiano se unem e vencem edital do IPAC». ObservaBaía. 18 de janeiro de 2021 
  4. IPAC (2015). «Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix: CADERNOS DO IPAC, 9» (PDF). iPatrimônio. Consultado em 26 de outubro de 2022