Saltar para o conteúdo

The Man Who Mistook His Wife for a Hat

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Homem Que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu e outras histórias clínicas / The Man Who Mistook His Wife for a Hat: And Other Clinical Tales
Autor(es) Oliver Sacks
Idioma Português Tradução: Laura Teixeira Motta
País Estados Unidos EUA Brasil Brasil
Assunto 1.Doenças do sistema nervoso I Estudo de Caso 2. Neurologia
Arte de capa Hélio Almeida / Zaven Paré
Editora Companhia das Letras
Lançamento 1997/ 1970
Páginas 266
ISBN 85-7164-689-9
Cronologia
Com uma perna só (A leg to stand on, 1984)
Vendo vozes: Uma viagem ao mundo dos surdos (Seeing voices: A journey into the land of the deaf, 1989)

O Homem Que Confundiu Sua Mulher com um Chapéu (título original, em inglês: The Man Who Mistook His Wife for a Hat) é um livro de 1985 escrito pelo neurologista Oliver Sacks (1933-2015) descrevendo os casos de alguns de seus pacientes que vivem imersos em sonhos, aberrações intelectuais e perceptuais fantásticas em consequência de danos cerebrais. São 24 ensaios sobre pacientes que perderam a memória de grande parte de seu passado ou que não eram mais capazes de reconhecer pessoas e objetos comuns. Em particular, o estudo de caso de um homem com agnosia visual (prosopagnosia) que tenta pegar seu chapéu mas pega a cabeça de sua esposa e tenta colocá-la na cabeça, sem conseguir perceber o que estava fazendo de errado.

Classifica tais histórias clínicas em 4 grupos:

  • "Perdas" (ou déficits) de função neurológica
  • "Excessos" correspondendo aos distúrbios excitados e produtivos
  • "Transportes" referentes aos estados "oníricos" e ausências.
  • "O mundo dos simples" onde analisa casos de retardo mental e autismo

Na categoria que ele denominou "Perdas" (capítulos de 1 a 9) incluiu casos clínicos de agnosia (prosopagnosia) com lesão do córtex ocipital, a histórica clínica que da título ao livro. Casos da Síndrome de Korsakoff; distúrbios ou déficits proprioceptivos, "negligência unilateral" e dano postural causado pela doença de Parkinson; casos de "membros fantasmas", de cegueira congênita associado à paralisia cerebral, déficts de percepção do campo visual ou heminatenção e um tipo específico de afasia conhecido como "agnosia tonal"

A categoria que ele denominou "Excessos" reúne os capítulos 10 até 14 abrangendo as seguintes patologias e caos clínicos: síndrome de Tourette (dois casos distintos) , Neurosífilis (tardia), Síndrome de Korsakoff e Síndrome do lobo frontal.

Os capítulos compreendidos entre o número 15 a 20 reúne casos clínicos classificados por ele por "Transportes" que como dito acima referem-se a estados "oníricos" e ausências também definidas por reminiscências e percepção alterada. As patologias incluídas são síndromes do lobo temporal com histórias clínicas de alucinações musicais, "onirofrenia" e hipermnésia; Enxaquecas explorando suas auras e alterações do cérebro olfativo com um caso de "hiperosmia" temporária.

Finalmente os casos clínicos dos capítulos 21 a 24 inclui casos de autismo com suas inteligências e talentos específicos, um caso semelhante de parkinsonismo pós meningite com extraordinária memória musical e o caso da deficiência intelectual ou o "mundo dos simples" como ele os denomina.

Repercussões do livro

[editar | editar código-fonte]

O livro se tornou a base para uma ópera do mesmo nome, composta por Michael Nyman.

Sacks, com este livro dá continuidade à sua proposição de realizar uma "neurofenomenologia do self" ou neuroantropologia, ao aperfeiçoar o relato de caso clínico transformando-os em uma narrativa ou história, contextualizada. Pode-se dizer que Sacks "humanizou" a neurologia ao dar voz a seus pacientes com distúrbios neurológicos e explorando a "subjetividade" de sua expressão. Reafirma desse modo as teorias do campo fenomenológico, essenciais para descrição e análise, o mais exata possível dos relatos verbais e observação do comportamento que traduzem as experiências subjetivas de distintas patologias.[1][2]

Afasia por lesão das áreas de Broca e de Wernicke

Referências

  1. COUSER, G. T. The cases of Oliver Sacks: the ethics of neuroanthropology. Lecture presented at The Poynter Center, Indiana University, Bloomington, Indiana, October 24, December, 2001, p. 1-13. Disponível em: <http://poynter.indiana.edu/files/4213/4513/2230/m-couser.pdf Arquivado em 28 de setembro de 2012, no Wayback Machine.> . Acesso em: 9 set. 2015.
  2. SILVA, Sergio Gomes da. Oliver Sacks e a "neurofenomenologia do self". Rev. latinoam. psicopatol. fundam., São Paulo , v. 14, n. 3, p. 452-471, Sept. 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-47142011000300004&lng=en&nrm=iso>. access on 09 Sept. 2015. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-47142011000300004.

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
  • Oliver Sacks. The Man Who Mistook His Wife For A Hat: And Other Clinical Tales Google Books Aces. Set. 2015
Ícone de esboço Este artigo sobre um livro é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.