The Son of a Migrant from Syria
The Son of a Migrant from Syria | |
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Versão do grafite | |
Autor | Banksy |
Data | 2015 |
Género | Grafite Mural |
Técnica | Estêncil |
Localização | Calais, França |
The Son of a Migrant from Syria é um mural criado pelo grafiteiro Banksy em 2015. O mesmo está localizado na Selva de Calais, nome dado ao acampamento perto de Calais, França, onde migrantes viviam quando tentaram entrar no Reino Unido. A obra de arte retrata o co-fundador e ex-diretor executivo da Apple, Steve Jobs — filho de um sírio que migrou para os Estados Unidos.
História
[editar | editar código-fonte]Durante a crise migratória na Europa, muitos estavam fugindo da Guerra Civil Síria. Milhares de migrantes, principalmente da Síria, Afeganistão e Eritreia, viviam em um acampamento temporário nomeado de Selva de Calais, na França.[1] Banksy, um artista e ativista político britânico, previamente doou peças da instalação Dismaland para ajudar a construir abrigos no campo.[2]
Em dezembro de 2015, Banksy revelou vários trabalhos seus relacionados à migração, incluindo uma variação da pintura The Raft of the Medusa, de Théodore Géricultulta, representando os refugiados em uma jangada acenando para um iate de luxo próximo. The Son of a Migrant from Syria retrata Steve Jobs, co-fundador da Apple, usando uma camisa preta com gola alta e óculos redondos.[3] Ele está de pé enquanto segura uma bolsa sob seu ombro esquerdo, sua outra mão segura um computador Macintosh 128K. A pintura é derivada de uma foto feita por Albert Watson em 2006, que foi usada mais tarde na biografia de Jobs, escrita por Walter Isaacson.[4]
Em uma declaração pública rara, Banksy disse que "geralmente acreditamos que a migração é um dreno nos recursos do país, mas Steve Jobs era filho de um migrante sírio. A Apple é a empresa mais lucrativa do mundo, paga mais de US$ 7 bilhões por ano em taxas — e ela só existe devido a um jovem de Homs."[5]
Usar Jobs como representante dos migrantes sírios tornou-se popular depois de um tweet feito por David Galbraith em setembro de 2015.[6] O pai biológico de Jobs, Abdulfattah "John" Jandali, era de uma família de elite em Homs; Ele conheceu sua esposa, Joanne Schieble, enquanto estava fazendo doutorado na Universidade de Wisconsin. Steve foi adotado por um casal da Califórnia alguns meses após o nascimento. De acordo com Isaacson, ele não tinha interesse em sua origem. O biógrafo afirmou que "quando o Oriente Médio apareceu na conversa, ele não se envolveu e nem evocou suas opiniões tipicamente fortes, mesmo depois que a Síria foi varrida nas revoltas da Primavera Árabe de 2011".[4]
Recepção
[editar | editar código-fonte]Matt Miller, da revista Esquire, disse que a obra de arte foi uma "demonstração poderosa" e "capturava a história da origem de Jobs".[2] Memphis Barker, da The Independent, considera os aspectos visuais louváveis, mas crítica o uso de Jobs como representante dos refugiados: "a ideia de que pode haver um Steve Jobs entre aqueles que vivem na Selva de Calais deve ser levada rapidamente. É além do ponto. Um tratamento e encaminhamento a um asilo mais rápidos é devido que são pessoas; alguns santos, alguns menos; Alguns negociantes, alguns analfabetos."[6]
Issie Lapowsky, da Wired, compartilhou de visão semelhante. Ela descreveu o mural como "pungâneo" e que a conscientização das condições na Selva de Calais foi "significante". Mas também afirmou: "espero que o mundo ajude os milhões de refugiados que precisam, simplesmente porque eles estão precisando, e não porque eles podem algum dia inventar o próximo iPhone".[7] Ashley Carman, da The Verge disse que "enquanto o sentimento e o esforço para fazer as pessoas se preocuparem com a crise de refugiados certamente garante aplausos, também vale a pena notar que Jobs rejeitou seus pais biológicos".[3]
As autoridades da cidade de Calais instalaram vidros para proteger The Son of a Migrant from Syria e outras pinturas de Banksy.[8] Natacha Bouchart disse que o mural é "muito bom, e tem uma mensagem".[9] Alguns dos migrantes começaram a cobrar dinheiro para que visitantes vissem o trabalho. Quando um repórter da RT tentou ver a obra, os refugiados a cobriram com um pano e disseram estar "protegendo esta área". Em janeiro de 2016, a mesma foi desfigurada por vândalos que esmagaram o vidro protetor e a grafitaram.[10]
Referências
- ↑ «Banksy work in Calais 'Jungle' shows Steve Jobs as migrant». BBC News. 11 de dezembro de 2015. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ a b Miller, Matt (11 de dezembro de 2015). «Banksy Just Made a Powerful Statement About the Syrian Migrant Crisis». Esquire. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ a b Carman, Ashley (11 de dezembro de 2015). «New Banksy piece puts Steve Jobs in a Syrian refugee camp». The Verge. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ a b Williams, Rhiannon (12 de dezembro de 2015). «Banksy uses Steve Jobs artwork to highlight refugee crisis». The Daily Telegraph. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ Ellis-Petersen, Hannah (11 de dezembro de 2015). «Banksy uses Steve Jobs artwork to highlight refugee crisis». The Guardian. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ a b Barker, Memphis (11 de dezembro de 2015). «Nice one, Banksy. But you shouldn't have to be Steve Jobs to count as a worthy refugee». The Independent. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ Lapowsky, Issie (11 de dezembro de 2015). «Banksy's Steve Jobs Mural Misses the Point About Refugees». Wired. Consultado em 12 de dezembro de 2015
- ↑ Mulholland, Rory (22 de janeiro de 2016). «Banksy mural of Steve Jobs defaced in Calais». The Daily Telegraph. Consultado em 13 de janeiro de 2017
- ↑ «Banksy mural of Steve Jobs as a refugee in Calais migrant camp to be protected by France». ABC News. 13 de dezembro de 2015. Consultado em 13 de dezembro de 2015
- ↑ «Calais refugees 'hijack' Banksy's graffiti of Steve Jobs, charge fee for viewing». RT. 16 de dezembro de 2015. Consultado em 16 de dezembro de 2015
Notas
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «The Son of a Migrant from Syria», especificamente desta versão.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Sítio oficial de Banksy
- Mural de Banksy aparece na Selva de Calais, vídeo do The Guardian