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Tiago Aleluia Lopes

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Tiago Aleluia Lopes
Cidadania Guiné-Bissau
Ocupação político

Tiago Aleluia Lopes foi um guerrilheiro e político guineense, militante histórico do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Foi o segundo presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau, ‎entre 1989 e 1994.

Segundo Luís Cabral, Tiago Aleluia Lopes terá sido recrutado para o PAIGC antes de 1962, ainda da acção armada do partido, integrando a segunda geração dos dirigentes do partido.[1] Em 1962, chefiava um grupo de 70 guerrilheiros, num campo de treino em Ousonie, na Guiné-Conakri.[2]

Em 1973, por ocasião do II Congresso do PAIGC, foi eleito membro do Conselho Executivo de Luta da Guiné-Bissau,[1] sendo membro permanente do mesmo conselho em 1977.[3]

A 24 de julho de 1978, tomou posse como presidente do Comité Nacional da Guiné-Bissau.[4]

Em 1981, pertencia ao secretariado do Conselho Nacional Revolucionário, presidido por João Bernardo Vieira (Nino Vieira).[5]

Em 1983, sendo membro da Mesa Política do PAIGC, participou no 1.º Encontro Nacional de Quadros Jovens, sendo elogiado pela qualidade e alcance dos seus discursos.[6]

Em julho de 1986, Aleluia Lopes, político da inteira confiança do então presidente da República, João Bernardo Vieira,[7] foi um dos três ministros pela primeira vez no governo, com o cargo de Ministro de Estado para os Assuntos Presidenciais.[8]

Em 1989, pertencia à liderança do PAIGC, sendo secretário geral João Bernardo Vieira, e Vasco Cabral secretário permanente do comité central.[9]

Em 1989, era secretário de Estado da Presidência, com a pasta das Pescas.[10]

A 15 de junho de 1989, foi eleito presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau,[11] substituindo Carmen Pereira, que exercia o cargo desde a independência, em 1974.[12]

A 3 de julho de 1994 foram realizadas as primeiras eleições pluripartidárias da Guiné-Bissau, sendo eleito presidente da nova Assembleia Nacional, a 17 de agosto, Malang Bacai Sanha, do PAIGC, substituindo no cargo Aleluia Lopes.[13]

Referências

  1. a b Ângela Sofia Benoliel Coutinho (20 de dezembro de 2017), Os Dirigentes do PAIGP, ISBN 978-989-26-1154-9, pp. 86-87, OL 46530550M, Wikidata Q108175118 
  2. Leopoldo Amado (25 de janeiro de 2013), Guineidade & Africanidade, ISBN 978-989-736-202-6, p. 93, Wikidata Q108175547 
  3. United States Joint Publications Research Service (1978), Translations on Sub-Saharan Africa (em inglês), p. 39, Wikidata Q108172282 
  4. Quarterly Economic Review of Angola, Guinea Bissau, Cape Verde, Sao Tome & Principe (em inglês), 1978, p. 14, Wikidata Q108175105 
  5. Africa Diary (em inglês), 1981, p. 10449, Wikidata Q108172484 
  6. Sub-Saharan Africa Report (em inglês), 1983, p. 45, Wikidata Q108175072 
  7. Revista do Centro de Estudos Africanos, 2002, p. 131, Wikidata Q108172319 
  8. Country Report: Senegal, The Gambia, Guinea-Bissau, Cape Verde (em inglês), 1986, p. 33, Wikidata Q108172226 
  9. Ciarán Ó Maoláin (1988), Political Parties of the World, ISBN 978-0-582-02626-1 (em inglês), p. 246, OL 10645789M, Wikidata Q108172547 
  10. Current World Leaders (em inglês), 1989, p. 168, Wikidata Q108172435 
  11. Arthur S. Banks (maio de 1991), Political Handbook of the World 1991, ISBN 978-0-933199-07-1 (em inglês), p. 275, OL 21572987M, Wikidata Q108172459 
  12. Country Profile: Senegal, The Gambia, Guinea-Bissau, Cape Verde (em inglês), 1989, p. 31, Wikidata Q108175041 
  13. Africa Research Bulletin: Political, social, and cultural series (em inglês), 1994, p. 11542, Wikidata Q108172375