Tieta (telenovela)
Tieta | |||||||
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Informação geral | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Gênero | comédia romântica[1] | ||||||
Duração | 50 minutos | ||||||
Estado | encerrada | ||||||
Criador(es) | Aguinaldo Silva Ricardo Linhares Ana Maria Moretzsohn | ||||||
Baseado em | Tieta do Agreste de Jorge Amado | ||||||
Elenco | |||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Episódios | 197 | ||||||
Produção | |||||||
Diretor(es) | Paulo Ubiratan Reynaldo Boury Luiz Fernando Carvalho Ricardo Waddington | ||||||
Produtor(es) executivo(s) | Mariano Gatti | ||||||
Editor(es) | Alberto Gouvêa César Chaves | ||||||
Tema de abertura | "Tieta", Luiz Caldas | ||||||
Composto por | |||||||
Empresa(s) produtora(s) | TV Globo | ||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | TV Globo | ||||||
Distribuição | TV Globo | ||||||
Formato de exibição | 480i (SDTV) | ||||||
Formato de áudio | monaural | ||||||
Transmissão original | 14 de agosto de 1989 – 30 de março de 1990 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Tieta é uma telenovela brasileira que foi produzida e exibida pela TV Globo em 14 de agosto de 1989 até 30 de março de 1990, em 197 capítulos.[2] Substituindo O Salvador da Pátria e sendo substituída por Rainha da Sucata, foi a 41.ª "novela das oito" transmitida pela emissora.
É considerada, uma das novelas de maior audiência da televisão brasileira, junto com Roque Santeiro e Selva de Pedra.[3] É livremente inspirada no romance Tieta do Agreste, de Jorge Amado. Adaptada por Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn, com colaboração na pesquisa de texto de Márcia Prates e Iris Gomes da Costa. Direção de Reynaldo Boury, Ricardo Waddington e Luiz Fernando Carvalho; além de Ivan Zettel como assistente de direção. A direção geral e executiva é de Paulo Ubiratan.[2][1]
Contou com as atuações de Betty Faria, Joana Fomm, Cassio Gabus Mendes, Lidia Brondi, Reginaldo Faria, José Mayer, Yoná Magalhães e Arlete Salles.
Enredo
[editar | editar código-fonte]Primeira fase
[editar | editar código-fonte]Em Santana do Agreste, cidadezinha localizada às margens de Mangue Seco, no Agreste nordestino, Tieta é uma jovem que contraria a moralidade do pequeno lugar. Sensual, rebelde e de espírito livre, ela passa os dias pastorando as cabras do pai, o rabugento velho Zé Esteves, ao mesmo tempo em que exerce o fascínio nos homens da região, o que irrita sua irmã mais velha, a amargurada e invejosa Perpétua, que a considera a "ovelha negra" da família. Influenciado pelas intrigas de Perpétua, Zé Esteves dá uma surra de cajado em Tieta e a escorraça da cidade na presença de todos os moradores locais. As únicas a tentarem lhe ajudar são sua madrasta e defensora Tonha, anos mais jovem que o marido, sua amiga Carmosina e a mãe desta, Dona Milu. Mesmo humilhada, Tieta ergue a cabeça e segue para São Paulo, prometendo um dia voltar para se vingar.
Paralelamente, Ascânio Trindade, um outro "filho ilustre" do agreste, também deixa a região, mas por razões diferentes. O rapaz vai estudar na capital afim de um dia voltar e trazer a modernização à cidade, um lugar esquecido e parado no tempo.
Segunda fase
[editar | editar código-fonte]Vinte e cinco anos depois, a família Esteves depende financeiramente de Tieta, que perdoou a família e os ajuda todo mês. A única informação sobre ela é de que se casou com um industrial milionário, o Comendador Cantarelli e prosperou com um negócio de luxo na capital paulistana. Quando as cartas de Tieta param de serem enviadas, Perpétua e Zé Esteves presumem que a mesma está morta. No dia em que está sendo celebrado uma missa em sua homenagem, Tieta retorna, rica e triunfante, decidida a se vingar das pessoas que a maltrataram. Tieta diz que veio para ficar e muda a rotina de todos os moradores de Santana do Agreste. Os que a condenaram na juventude passam a cortejá-la, movidos pela ambição em sua fortuna ou atraídos por sua exuberância. Tieta percebe que nada mudou na cidade, que permanece parada no tempo, e que todos continuam hipócritas.
Para escandalizar ainda mais a família, Tieta se vê atraída pelo próprio sobrinho, o jovem seminarista Cardo, filho de Perpétua, que sonha vê-lo se tornar padre e passa a bajular a irmã por conta de seu dinheiro. Beata falsa, hipócrita e tresloucada, Perpétua se veste inteiramente de preto e vive em eterno luto pela morte do marido, o velho Major Cupertino, além de controlar a vida de todos no região, o que a faz ganhar algumas alcunhas, como "bruxa" e "tribufu".
Ascânio também retorna à cidade e assume o cargo de secretário da prefeitura, lutando para trazer progresso a Santana do Agreste e, junto com Tieta, promovendo a modernização da cidade. Ele acaba se apaixonando pela doce Leonora, suposta enteada que Tieta traz consigo para a cidade; no entanto o amor dos dois é atormentado pela desequilibrada Helena, sua ex-noiva, que retorna do Rio de Janeiro disposta a reconquistá-lo. Para realizar seu sonho de trazer a modernidade a Santana do Agreste, Ascânio e o prefeito, Coronel Arthur da Tapitanga, tentam facilitar a entrada na cidade do empreendimento do misterioso Mirko Stephano, sem saberem que se trata uma indústria altamente poluidora que prejudicará o meio ambiente da região. Mirko Stephano é na realidade o filho de coronel, Arturzinho, que foi embora há muito tempo da cidade e jurou vingança contra o pai, a quem culpa pela morte de sua mãe. Arturzinho se tornou um homem sem escrúpulos e rancoroso, capaz de tudo para conseguir mais dinheiro e poder. Para conseguir o que quer, Arturzinho chega a seduzir a sofrida Tonha, que volta transformada de São Paulo, após anos de privações ao lado de Zé Esteves, que morre ao longo da trama. Arturzinho também passa a chantagear Tieta, a partir de um dossiê que comprava a origem de seus negócios em São Paulo: Tieta não é viúva de um comendador, mas sim uma das maiores cafetinas da capital paulista, sendo conhecida como "Madame Antoinette", do bairro do Higienópolis, sendo Leonora uma das principais moças agenciadas por ela.
Imaculada é uma das "rolinhas" do prefeito Arthur da Tapitanga, que oferece para várias meninas abrigo, alfabetização e comida, em troca de favores sexuais. Porém, Imaculada consegue driblar e fugir do cerco coronel, apaixonando-se por Cardo. Já Carol é a "teúda e manteúda" do autoritário Modesto Pires, um homem capaz de tudo para não perder o seu poder; vivendo trancada e apenas para satisfazer os desejos de Modesto, Carol apaixona-se pelo galanteador Osnar, criador de cabras e um eterno apaixonado por Tieta. Elisa, filha de Tonha e meia-irmã de Tieta, é outro destaque da trama; em crise no casamento com o malandro Timóteo, ela tem sonhos românticos com o ator Tarcísio Meira, chegando a preparar um enxoval, planejando um possível encontro com seu ídolo. Enquanto isso, Carmosina, responsável pelo serviço de correios na região, é uma mulher solteirona e alegre que ainda vive com a mãe na pensão das duas e sonha em encontrar um grande amor; tendo esse sonho realizado com a ajuda de Tieta, que contrata o caminhoneiro Gladstone para tirar a virgindade dela. Outras solteironas da região são a dupla Cinira e Amorzinho, fiéis seguidoras de Perpétua, que escondem de todos o desejo que possuem por homens, irritando o padre local, Mariano, com seus delírios.
O grande mistério da trama é a identidade da "mulher de branco", uma assombração que vaga pela cidade nas madrugadas e ataca os homens. Por se sentirem enfeitiçados pela misteriosa mulher, eles são incapazes de lembrar sua identidade. Ao final, descobre-se que a "mulher de branco" é a ninfomaníaca Laura, mulher do bondoso Capitão Dário.
Outro grande mistério é o conteúdo que Perpétua guarda dentro de uma caixa branca, que ela protege com todo cuidado e não deixa ninguém chegar perto. No último capítulo, Perpétua desaparece e Tieta aproveita para revelar aos moradores o que a irmã guardava na caixa. As mais variadas reações dos personagens que veem o conteúdo levam a crer que era o pênis do Major, provavelmente embalsamado.[4]
Nos últimos capítulos da trama, o vilão Arturzinho é assassinado na prefeitura da cidade, trazendo um novo mistério para a trama. O assassino revela-se seu próprio pai, Arthur da Tapitanga, embora o crime seja assumido por seu capanga, Trapizomba.
Produção
[editar | editar código-fonte]A telenovela foi baseada no romance Tieta do Agreste, lançado em 1977 por Jorge Amado. Inicialmente, a adaptação do livro para a televisão seria em forma de minissérie, e seria um projeto entre Betty Faria e o diretor Paulo Ubiratan.[5] Porém o diretor Boni viu um potencial na história, e sugeriu que a adaptação fosse em forma de novela no horário nobre. Barriga de Aluguel que estava pronta para substituir O Salvador da Pátria às 20h, foi rebaixada de horário, entrando Tieta em seu lugar.[6]
Na adaptação, foi retirada do livro apenas a história principal. Os personagens que no livro tinham pequenas participações, tiveram na novela seus destaques aumentados.[7]
Foram desenhados mais de mil figurinos para a novela.[1] Íris Gomes da Costa pesquisou expressões citadas na obra de Jorge Amado e termos coloquiais da região, para que as personagens falassem com sotaque e utilizassem o vocabulário nordestino.
A fictícia Santana do Agreste era composta por 46 prédios, duas igrejas, oito ruas, duas praças, um circo abandonado e quinze ruínas. Tudo foi construído numa área de 10 000 m², em Guaratiba, no Rio de Janeiro. Destacou-se a reprodução do piso das ruas de Laranjeiras, em Sergipe, feita em fibra de vidro por artesãos de Sergipe.[1] A produção de arte levou para o Rio de Janeiro objetos e santos sergipanos.
A abertura da novela misturava elementos da natureza com a beleza feminina, representada pela modelo Isadora Ribeiro. Hans Donner e sua equipe fotografaram o litoral de Mangue Seco, no norte da Bahia. As fotos foram projetadas no fundo da cena e Isadora aparecia em primeiro plano, nua e coberta pela sombra. Através de recursos de computação gráfica, vários elementos da natureza, como pedras, árvores e folhas, davam forma ao corpo da modelo. No início da abertura, aparecia o logotipo escrito na areia, que era o nome da protagonista, Tieta. O processo foi gravado em estúdio, num tanque iluminado artificialmente, para simular a claridade da luz do sol.[1] Isadora contou que ficou andando nua no estúdio por cerca de trinta minutos antes de começar a gravar, para perder a inibição.[8]
Elenco
[editar | editar código-fonte]Intérprete[2][1] | Personagem[9] |
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Betty Faria | Antonieta Esteves Cantarelli (Tieta) |
Joana Fomm | Perpétua Esteves Batista |
Cássio Gabus Mendes | Ricardo Esteves Batista (Cardo) |
Lídia Brondi | Leonora Cantarelli / Sheila |
Reginaldo Faria | Ascânio Trindade |
José Mayer | Osnar Pereira |
Yoná Magalhães | Maria Antônia Ferreira Antunes Esteves (Tonha) |
Arlete Salles | Carmosina dos Anjos (Carmô) |
Luciana Braga | Maria Imaculada |
Ary Fontoura | Coronel Artur da Tapitanga |
Marcos Paulo | Artur da Tapitanga Filho (Arturzinho) / Mirko Stephano |
Tássia Camargo | Elisa Esteves D'Alemberti |
Paulo Betti | Timóteo D'Alemberti |
Sebastião Vasconcelos | José Esteves (Zé Esteves) |
Françoise Forton | Helena Trindade |
Luíza Tomé | Carolina Fazin (Carol) |
Armando Bógus | Modesto Pires |
Bete Mendes | Aída Pires |
Flávio Galvão | Comandante Dário Queiroz |
Cláudia Alencar | Laura Queiroz |
Cláudia Magno | Silvana Pitombo |
Otávio Augusto | Marcolino Pitombo |
Ana Lúcia Torre | Juracy Pitombo |
Roberto Bonfim | Amintas Feitosa |
Lília Cabral | Amorosa de Jesus (Amorzinho) |
Rosane Gofman | Cinira da Silva |
Paulo José | Gladstone Peixoto |
Miriam Pires | Maria Luzia dos Anjos (Dona Milu) |
Cláudio Corrêa e Castro | Padre Mariano |
Elias Gleizer | Jairo Turíbio |
Renato Consorte | Seu Chalita |
Bemvindo Sequeira | Bafo de Bode / Possidônio Antunes (falso) |
Cristina Galvão | Filomena (Filó) |
Simone Carvalho | Elizabeth von Hoffman (Bebê) |
Paulo César Grande | Rosalvo Dias |
Paulo Nigri | Cosme |
Andrea Paola | Araci (empregada da Perpétua) |
Cidinha Milan | Cora Reis (empregada de Tieta) |
Liana Duval | Rafaela (Rafa - empregada de Ascanio) |
Maria Helena Dias | Zuleica Cinderela |
Sônia Barbosa | Manon (da Casa da Luz Vermelha) |
Silvana Bulgarelli | Glorinha (da Casa da Luz Vermelha) |
Roberto Frota | Leôncio |
Ênio Santos | Tertuliano (Terto) |
Chaguinha | Seu Pirica |
Evandro Leandro | Trapizomba |
Luciana Campos | Coralina (Rolinha) |
Maria de Médicis | Ritinha (Rolinha) |
Concy Maduro | Jussanã (Rolinha) |
Patrícia Alencar | Rosinha (Rolinha) |
Rosana Salles | Dezinha (Rolinha) |
Suzanne Seixas | Maria do Céu (Rolinha) |
Vanda Alves | Marilu (empregada de Aida) |
Adelaide Conceição | Adelaide (empregada de Dona Milu) |
Maria Zenaide | Maria (empregada de Juraci) |
Genivaldo dos Santos | Jarro de Flor (atendente do bar) |
Ana Rosa Aboim | Nevinha (atendente da loja de Timoteo) |
Tereza Cristina | Dorothy (atendente da loja de Amintas) |
Jussara Calmon | Jussara (secretária de Perpétua) |
Danton Mello | Cupertino Esteves Batista Filho (Peto) |
Renata Castro Barbosa | Letícia Pires |
Jonathan Nogueira | Edmundo Pitombo |
Guga Coelho | Bentinho |
Eduardo Cardoso | Moleque Sabino |
Participações especiais
[editar | editar código-fonte]Intérprete[2] | Personagem |
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Claudia Ohana | Tieta (jovem) |
Herson Capri | Lucas |
José de Abreu | Mascate |
José Lewgoy | Leovigildo Trindade |
Rogéria | Ninete Burtini / Valdemar Pinto |
Carlos Zara | Dr. Gama |
Jorge Dória | Pastor Hilário |
Iara Jamra | Assuntinha Ferreira |
Miguel Falabella | Miguel |
Maria Isabel de Lizandra | Benta |
Marília Barbosa | Cláudia Bruno |
Lina Fróes | Jussara |
David Pinheiro | Antônio Rezende |
Germano Filho | Jarde |
Emílio Di Biasi | Dr. Enrique |
Luís Carlos Arutin | fiscal dos trens |
Yaçanã Martins | recepcionista do hotel |
João Signorelli | assediador |
Paulo Reis | advogado de Ascânio |
Isadora Ribeiro | nova "teúda e manteúda"[nota 1] de Modesto Pires |
Adriana Canabrava | Perpétua (jovem) |
Thaís de Campos | Carmosina (jovem) |
Marcos Winter | Osnar (jovem) |
Ingra Liberato | Tonha (jovem) |
Edson Fieschi | Ascânio (jovem) |
Leonardo Brício | Amintas (jovem) |
Christian Esposito | Arturzinho (jovem) |
Roberto Rego Pinheiro | Timóteo (jovem) |
Tarcísio Meira | ele mesmo |
Pepeu Gomes | ele mesmo |
Moraes Moreira | ele mesmo |
Rogério Ehrlich | ele mesmo |
Exibição
[editar | editar código-fonte]A novela foi exibida Internacional em alguns países da América Latina, como: México (pelo Canal 13 em 1991), Chile (pela Megavisión em 1991 e pela Chilevisión em 2004), Venezuela (pela Televen em 1990), Equador (Pela Ecuavisa), Argentina (Pelo Canal 9) e El Salvador (Pelo Canal 12).[10] A abertura da novela cantada por Luiz Caldas chegou a ser exibida em espanhol em alguns desses países. [11]
Foi reexibida pela primeira vez no Vale a Pena Ver de Novo de 19 de setembro de 1994 a 7 de abril de 1995, substituindo a sua sucessora original Rainha da Sucata e sendo substituída por Pedra sobre Pedra, em 145 capítulos.[12]
Foi reexibida na íntegra pelo Viva de 1 de maio a 15 de dezembro de 2017, substituindo A Gata Comeu e sendo substituída por Grande Sertão: Veredas, no horário das 15h30.[13]
Foi reexibida pela Globo Portugal de 8 de janeiro a 9 de setembro de 2018 as 23h15 de segunda a sábado.[14]
Está sendo reexibida pela segunda vez no Vale a Pena Ver de Novo desde 2 de dezembro de 2024, substituindo Alma Gêmea. A reprise foi escalada em comemoração aos 35 anos da trama e abrindo as comemorações dos 60 anos da TV Globo em 2025.[15]
Outras mídias
[editar | editar código-fonte]Em junho de 2012, foi lançada em DVD pela Globo Marcas.[16]
Foi disponibilizada no Globoplay em 8 de junho de 2020, sendo a segunda novela adicionada na plataforma, por meio do Projeto Resgate.[17]
Foi atualizada pela plataforma como parte do Projeto Originalidade em 16 de setembro de 2024, com a atualização para o formato original da exibição entre 1989 e 1990; com o formato de imagem restaurado em 4:3, além de aberturas, vinhetas de intervalo e encerramento originais.[18]
Repercussão
[editar | editar código-fonte]Audiência
[editar | editar código-fonte]Exibição original
[editar | editar código-fonte]O folhetim estreou com média de 70 pontos na Grande São Paulo, segundo dados da Folha de S.Paulo.[19] Em sua penúltima semana, entre 19 e 24 de março de 1990, Tieta registra uma média de 71 pontos[20] Seu último capítulo marcou 78 pontos.[carece de fontes]
Sua média geral foi de 65 pontos, ocupando a primeira colocação entre as novelas de maior audiência da história da Globo, junto com Roque Santeiro.[3]
Reprises no Vale a Pena Ver de Novo
[editar | editar código-fonte]A primeira reprise teve média geral de 27.79 pontos. O maior índice foi de 35 pontos, registrados em 7 de outubro de 1994 e 7 de abril de 1995, dia do último capítulo, e o menor foi de 20 pontos em 19 de dezembro de 1994.[nota 2]
A segunda reprise reestreou com 16,5 pontos e share de 34,8%.[21][22] O segundo capítulo registrou 17,2 pontos.[23]
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]A telenovela causou polêmica quanto aos temas abordados. O incesto foi tratado na história quando Tieta (Betty Faria) começa a seduzir seu sobrinho Ricardo (Cássio Gabus Mendes) para se vingar de Perpétua (Joana Fomm). Essa relação não apenas causou polêmica pelo grau de parentesco dos personagens, como também pelo fato do jovem ser um seminarista. O público não aceitou essa relação de imediato e a Igreja Católica também a recriminou.[24]
A trama mostrou ainda um personagem pedófilo, o coronel Artur de Tapitanga (Ary Fontoura), que abusava sexualmente de suas meninas, às quais chamava de "rolinhas".[24]
Temas recorrentes
[editar | editar código-fonte]- Incesto: Tieta e Ricardo;
- Abuso sexual: Coronel Arthur da Tapitanga e Filomena;
- Fanatismo religioso: Perpétua, Amorzinho, Cinira, Cosme, Araci, Nevinha e Rafa;
- Concubinato e Cárcere privado: Modesto Pires, Carol e a nova amante de Modesto no último capítulo;
- Proxenetismo: Tieta e Zuleica Cinderela;
- Hipocondria: Juracy;
- Prostituição: Leonora e as meninas da Casa da Luz Vermelha;
- Alcoolismo: Bafo de Bode;
- Poliamor: Dário, Laura e Silvana.
- Transexualidade: Ninete.
Impacto
[editar | editar código-fonte]Tieta se tornou uma das telenovelas mais lembradas da TV Globo, chegando a ter as suas cenas presentes em virais das redes sociais, principalmente entre o público jovem.[25] Durante o anúncio de sua segunda reprise em 2024, a Globo premiou dez telespectadores que especulavam o retorno da trama com televisores após dias de suspense quanto ao anúncio da substituta de Alma Gêmea no Vale a Pena Ver de Novo. A premiação faz referência a um dos momentos da protagonista quando retorna à cidade de Santana do Agreste, quando distribuiu televisão para os moradores.[26]
Trilha sonora
[editar | editar código-fonte]A trilha sonora de Tieta foi composta por duas trilhas nacionais, intituladas Tieta e Tieta 2, ambas lançadas em 1989. Durante a reprise da telenovela no Vale a Pena Ver de Novo, em 1994, a Som Livre lançou o álbum intitulado Tieta Especial, contendo as melhores canções das duas trilhas sonoras originais.
Notas e referências
Notas
Referências
- ↑ a b c d e f Tieta
- ↑ a b c d Xavier, Nilson. «Tieta». Teledramaturgia. Consultado em 19 de dezembro de 2024
- ↑ a b «Qual foi a novela de maior audiência da Globo? Livro de Boni dá resposta». Natelinha. 17 de novembro de 2024. Consultado em 18 de novembro de 2024
- ↑ A caixa de Perpétua e a identidade do Cadeirudo: sete segredos que marcaram as novelas
- ↑ «Tieta cutucou tabus, quebrou preconceitos e empoderou a mulher». O Fuxico. 18 de junho de 2020. Consultado em 22 de agosto de 2020
- ↑ Nilson Xavier (20 de agosto de 2020). «Sinopse rejeitada e horário alterado: 10 curiosidades sobre Barriga de Aluguel, que completa 30 anos». TV História. Consultado em 22 de agosto de 2020
- ↑ Nilson Xavier (1 de maio de 2017). «Canal Viva estreia hoje "Tieta" - 10 curiosidades sobre a novela». UOL Televisão. Consultado em 22 de agosto de 2020
- ↑ «Isadora Ribeiro conta que andou 30 minutos nua antes de abertura de 'Tieta'». Isto É. 9 de junho de 2020. Consultado em 22 de agosto de 2020
- ↑ «Ficha Técnica». memoriaglobo. 29 de outubro de 2021. Consultado em 11 de dezembro de 2024
- ↑ «Tieta (telenovela)». Wikipedia, la enciclopedia libre (em espanhol). 3 de abril de 2024. Consultado em 2 de julho de 2024
- ↑ TuNELL do Tempo (9 de março de 2015), Tieta (Español) - Luiz Caldas (Sony-1992), consultado em 2 de julho de 2024
- ↑ «Betty Faria é o maior trunfo da boa "Tieta"». Folha de S.Paulo. 18 de setembro de 1994. Consultado em 14 de novembro de 2017
- ↑ Patrícia Kogut (15 de fevereiro de 2017). «'Tieta' será reprisada pelo Viva a partir de maio». O Globo. Consultado em 15 de fevereiro de 2017
- ↑ «Novela Tieta | Globo Portugal». globointernacional.globo.com. Consultado em 27 de julho de 2018
- ↑ «Tieta é a próxima trama do Vale a Pena Ver de Novo». gshow. 13 de novembro de 2024. Consultado em 13 de novembro de 2024
- ↑ «Globo lança novela "Tieta" em DVD». Folha Ilustrada. 20 de junho de 2016. Consultado em 25 de novembro de 2016
- ↑ «Expoente da dramaturgia brasileira, "Tieta" é relançada no Globoplay». GaúchaZH. 7 de junho de 2020. Consultado em 9 de junho de 2020
- ↑ «Lançamentos de setembro no Globoplay». Globo Imprensa. 30 de agosto de 2024. Consultado em 1 de setembro de 2024
- ↑ «Folha de S.Paulo - Edição de 16/08/1989». acervo.folha.uol.com.br. Consultado em 2 de dezembro de 2016
- ↑ «Folha de S.Paulo - Edição de 08/04/1990». acervo.folha.uol.com.br. Consultado em 3 de dezembro de 2016
- ↑ Redação (3 de dezembro de 2024). «Audiência da TV: Consolidados de São Paulo, segunda-feira, 02/12/2024». Portal Alta Definição. Consultado em 3 de dezembro de 2024
- ↑ FARAD, DANIEL (3 de dezembro de 2024). «Tieta tem melhor estreia do Vale a Pena Ver de Novo em dois anos». Notícias da TV. Consultado em 3 de dezembro de 2024
- ↑ FARAD, DANIEL (4 de dezembro de 2024). «A audiência inacreditável de Alma Gêmea que deixou até mesmo a Globo de boca aberta». Notícias da TV. Consultado em 4 de dezembro de 2024
- ↑ a b «De incesto a ninfomania: Cinco tramas de Tieta que ainda chocam público brasileiro». Notícias da TV. 8 de junho de 2020. Consultado em 2 de dezembro de 2016
- ↑ contigo. «Anúncio da reprise de Tieta na Globo agita a web: 'Ainda estou sem acreditar'». Terra. Consultado em 14 de novembro de 2024
- ↑ Jr, Walfredo (14 de novembro de 2024). «Efeito Tieta: Globo premia telespectadores com televisões». Portal Alta Definição. Consultado em 14 de novembro de 2024
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Vale a Pena Ver de Novo
- Telenovelas e séries baseadas em obras de Jorge Amado
- Programas de televisão do Brasil que estrearam em 1989
- Programas de televisão do Brasil encerrados em 1990
- Telenovelas em língua portuguesa
- Telenovelas da TV Globo da década de 1980
- Telenovelas da TV Globo da década de 1990
- Telenovelas dirigidas por Luiz Fernando Carvalho
- Adaptações de obras de Jorge Amado
- Telenovelas ambientadas na Bahia
- Telenovelas com temática LGBT do Brasil
- Telenovelas exibidas no Viva
- Ficção sobre poliamor