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Tito Caula

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Tito Caula
Nascimento Francisco José Caula Capurro
28 de abril de 1926
Azul
Morte 31 de outubro de 1978
Caracas
Cidadania Argentina, Venezuela
Irmão(ã)(s) Víctor Hugo Caula
Ocupação fotógrafo, autor

Francisco José Caula Capurro, (Tito Caula) (Azul, 28 de abril de 1926 - Caracas, 31 de outubro de 1978) foi um fotógrafo internacional.[1][2]

Filho de Elvino Esteban Caula e Elvira María Capurro. Seu pai, aficionado à fotografia, estimulou a seus filhos para que desde cedo o ajudassem no laboratório fotográfico. A partir de 1940, depois da morte de seu pai, abandona a escola e começa a trabalhar como office boy e posteriormente como auxiliar. Em 1945, por insistência de seu irmão menor, Víctor Hugo Caula, começa a trabalhar para a indústria do cinema argentino e realiza fotos para empresas. Em 1949 trabalha com S.A. Lumiton Cinematográfica Argentina. Em 1956, a crise do cinema argentino leva-o a montar uma ferretería e uma pequena loja de fotografia onde se vendiam filmes fotográficos e se fazem fotos de carnet, casamentos, etc. Em junho de 1960 emigra para a Venezuela junto com sua esposa e filha. Caula compra uma câmara Graflex e começa a trabalhar como ajudante do fotógrafo italiano Dei Mola. Num laboratório que monta em sua própria casa revela e imprime rolos de aficionados.[3][4][5]

Começa a relacionar-se com profissionais do meio e conhece a Leio Matiz, importante fotógrafo colombiano estabelecido em Caracas. Desde então dedica-se totalmente à fotografia. Em 1961, Caula assume a administração do estudo Leio Matiz em Caracas, colabora também como fotógrafo na revista Elite, e em outubro desse ano é acreditado pelo SNTP. Recebe o Prêmio United Press por sua foto do abraço de Rómulo Betancourt com Arturo Frondizi (colecção GAN) e colabora para publicações venezuelanas como Páginas, Momento, Venezuela Gráfica, bem como para as agências internacionais United Press e France Presse. A partir de 1963 é fotógrafo da CTV e realiza trabalhos independentes. Em 1965 trabalha para a EFOFAC, mantendo outros trabalhos, entre eles publicitários. Em 1966 é acreditado pelo Círculo de Repórteres Gráficos de Venezuela (CRGV), realiza trabalhos para algumas instituições estatais, entre elas o CVN. Monta uma loja de fotografia e um estudo durante uma breve temporada.[6][7][8]

Em 1967 funda Artyphot, em Caracas, um estúdio que se incorpora ao seu portfólio durante mais de uma década, e que sobreviveria após sua morte, nas mãos de sua viúva. O estúdio dedica-se fundamentalmente à publicidade e a reportagem empresarial, campos nos quais ele atinge um sólido prestígio. Em 1970 viaja a Argentina, o qual repete em 1977. Ao regressar da segunda viagem recebe a cidadania venezuelana. Em 1978, na mostra coletiva "Hecho en Venezuela", curada pelo fotógrafo José Sigala e apresentada no MACCSI, exibem-se duas fotos suas (hoje na coleção permanente desse museu). A GAN organizou em 1995 uma mostra retrospectiva que reuniu retratos, fotografia publicitária, de comissão e crônica política (Concentração adeca no Silêncio, 1961). "Desde a perspectiva atual, a fotografia de Tito Caula parece percorrida pela tensão criada entre as exigências do estereótipo e seu desborde provocativo [...]. Mas também pode ensaiar-se outra forma de abordar o assunto. Sem deixar de cumprir com o cliente, Caula se excedia no registro de situações, momentos particulares que lhe chamassem a atenção. Criava um aparte, como se fosse um comentário pessoal seu a respeito do fato. Seja um ou outro o julgamento arriscado, sobre essa tensão apontada descansa parte da importância de sua fotografia"[9][10]

Referências