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Transfeminicídio

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Transfeminicídio

Transfeminicídio, travesticídio[1] ou transfemicídio é o termo designado para assassinato de travestis e mulheres transexuais.[2][3][4]

O termo transfeminicídio foi criado pela socióloga Berenice Bento a partir do termo feminicídio, tendo como vista que pessoas gays com performances femininas estão mais sujeitas a serem alvos de algum tipo de ataque que os gays não femininos.[carece de fontes?]

Número de pessoas trans no Brasil

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O Brasil soma mais de 4 milhões de pessoas trans e não binárias, segundo estudo da Unesp. São mais ou menos 1,9% da população brasileira, pessoas identificadas como transgênero são 0,69% e pessoas não binárias são 1,19%.[5][6]

Em 2019, após a 72ª Assembleia Mundial da Saúde, em Genebra, a transexualidade deixou de ser considerada problema de saúde oficialmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Brasil. Foram 28 anos que a transexualidade foi colada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas de Saúde (CID) como se transexualidade se tratasse de um transtorno mental. A CID é atualizada pela OMS, trata-se de um cadastro com código para pessoas enfermas, lesões e problemas de saúde.[6]

Casos de transfeminicídios

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Em 2019, o Brasil encontra-se em 13ª décima terceira vez consecutiva como o país que mais mata pessoas trans, mesmo a transfobia sendo crime no país. O número de assassinatos contra pessoas trans continua sendo maior desde 2008, segundo relatório da Transgender Europe (TGEU). 70% dos casos registrados de assassinatos contra pessoas trans ocorrem na América do Sul e América Central, e 33% desse caso ocorre no Brasil. Entre outubro de 2020 e setembro de 2021, foram registrados 375 assassinatos no mundo, representando 7% no ano anterior, no Brasil teve 125 mortes. No ano de 2020, a Articulação Nacional de Travestis e Transexuais registrou 175 transfeminicídios[7] e fez um mapeamento de 80 no primeiro semestre de 2021.[8] Em 2022, foram 131 pessoas mortas,[9] segundo o Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras, feita pela Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA). O Brasil entra no 14º ano consecutivo como o país que mais mata pessoas trans.[10][11][12]

Referências

  1. Stewart, Chuck (9 de novembro de 2020). Gender and Identity around the World [2 volumes] (em inglês). [S.l.]: ABC-CLIO 
  2. Ramos, Emerson Erivan de Araújo (10 de junho de 2022). «Transfeminicídio: genealogia e potencialidades de um conceito». Revista Direito e Práxis: 1074–1096. ISSN 2179-8966. doi:10.1590/2179-8966/2022/66950. Consultado em 15 de agosto de 2023 
  3. «transfeminicídio - Revista Fórum». revistaforum.com.br. Consultado em 15 de agosto de 2023 
  4. Magalhães, Luísa Fonseca Lemos; Lara, Caio Augusto de Souza (5 de outubro de 2019). «TRANSFEMINICIDIO: O ASSINATO DE MULHERES TRANS NO BRASIL». Percurso (31): 278–281. ISSN 2316-7521. doi:10.21902/RevPercurso.2316-7521.v4i31.3803. Consultado em 15 de agosto de 2023 
  5. «Brasil tem 4 milhões de pessoas trans e não binárias, revela estudo da Unesp, inédito no país». Brasil de Fato. 22 de novembro de 2021. Consultado em 14 de agosto de 2023 
  6. a b «Um (longo) caminho para a saúde universal». www.epsjv.fiocruz.br. Consultado em 15 de agosto de 2023 
  7. Barreto, Willian. «"A transfobia adoece e mata. Temos que nos comprometer com a vida", diz conselheiro de saúde no Dia Nacional da Visibilidade Trans». Conselho Nacional de Saúde. Consultado em 15 de agosto de 2023 
  8. «Há 13 anos no topo da lista, Brasil continua sendo o país que mais mata pessoas trans no mundo». Brasil de Fato. 23 de janeiro de 2022. Consultado em 14 de agosto de 2023 
  9. «131 pessoas trans foram assassinadas em 2022 no Brasil, aponta dossiê». Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Consultado em 15 de agosto de 2023 
  10. «Pelo 14º ano, Brasil é país que mais mata pessoas trans; foram 131 em 2022». noticias.uol.com.br. Consultado em 14 de agosto de 2023 
  11. «Brasil é o país com mais mortes de pessoas trans no mundo, diz dossiê». Agência Brasil. 27 de janeiro de 2023. Consultado em 15 de agosto de 2023 
  12. «Brasil lidera ranking de mortes de pessoas trans – DW – 27/01/2023». dw.com. Consultado em 15 de agosto de 2023 
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