Tratado Harris
Tratado de Amizade e Comércio (日米修好通商条約 Nichibei Shūkō Tsūshō Jōyaku?), também conhecido por Tratado Harris, foi um acordo entre os Estados Unidos e o Japão firmado no Templo Ryōsen-ji, em Shimoda, a 29 de julho de 1858. O acordo permitiu a aberturados portos de Edo e de outras quatro cidades japonesas ao comércio com os Estados Unidos. Contanto, garantiu a extraterritorialidade aos estrangeiros entre outras estipulações.[1][2]
Linha do tempo
[editar | editar código-fonte]- 29 de julho de 1858 - Tratado e Regulamentos são assinados pelos Estados Unidos e Japão
- 15 de dezembro de 1858 - Senado revisa o tratado e consente a ratificação
- 19 de março de 1859 - Ratificado pelo Japão
- 4 de julho de 1859 - Entrou em vigor
- 12 de abril de 1860 - Ratificado pelo Presidente dos Estados Unidos
- 22 a 23 de maio de 1860 - Ratificações trocadas em Washington e proclamadas pelo presidente
- 25 de junho de 1866 - Alterado por convenção
- 25 de julho de 1878 - Modificado por convenção
- 17 de julho de 1899 - Substituído pelo tratado de 22 de novembro de 1894.[3][4]
Interesses americanos no Japão
[editar | editar código-fonte]A expedição de Perry ao Japão estava teoricamente ligada à noção de destino manifesto, na qual os colonos americanos tinham o direito "dado por Deus" de se espalhar pela América do Norte.[5] O papel do Japão em particular era o de uma base de comércio entre a China e os Estados Unidos. De acordo com o secretário de Estado dos EUA, Daniel Webster, Deus colocou carvão para navios a vapor e outros navios comerciais "nas profundezas das ilhas japonesas para o benefício da família humana".[6] A ideia de "Destino Manifesto" como uma medida fora da América do Norte não foi introduzida como uma ideia significativa até a candidatura republicana ao cargo em 1892, sugerindo assim, na prática, um mero interesse econômico no Japão, pois detinha reservas de carvão em locais-chave para o comércio do Pacífico.[7]
Ratificação
[editar | editar código-fonte]O presidente James Buchanan dá as boas-vindas à delegação japonesa em uma gala na Casa Branca celebrando a assinatura do Tratado de Amizade e Comércio.
O Tratado foi ratificado com a visita da primeira Embaixada do Japão aos Estados Unidos em 1860. A nova relação com os Estados Unidos foi citada como um fator para o assassinato de Ii Naosuke.[8] O Tratado foi posteriormente substituído em 17 de julho de 1899 pelo Tratado de 22 de novembro de 1894, que trata do estabelecimento de tarifas tarifárias em relação ao Japão.[9]
Efeitos
[editar | editar código-fonte]De acordo com um estudo de 2017, os tratados que reduzem as barreiras comerciais entre o Japão e as potências ocidentais fizeram com que o PIB do Japão aumentasse 7% no período imediato.[10]
Referências
- ↑ Harris, Townsend. 1920.
- ↑ Walter LaFeber, The Clash, (New York; Norton & Co., 1997), 9.
- ↑ «Establishment of Tariff Duties with Respect to Japan» (PDF). Library of Congress
- ↑ [https://www.loc.gov/law/help/us-treaties/bevans/m-ust000001-0018.pdf Text of treaty of November 1894
- ↑ LaFeber, p. 9
- ↑ LaFeber, p. 10
- ↑ Cosenza, Mario Emilio. (1930). The Complete Journal of Townsend Harris, First American Consul General and Minister to Japan. New York: Doubleday. Reprinted by Kessinger Publishing Company, Whitefish, Montana, 2007. ISBN 978-1-4325-7244-0.
- ↑ Rines, George Edwin, ed. (1920). "Harris, Townsend". Enciclopédia Americana
- ↑ Cosenza, Mario Emilio. (1930). The Complete Journal of Townsend Harris, First American Consul General and Minister to Japan. New York: Doubleday. Reprinted by Kessinger Publishing Company, Whitefish, Montana, 2007. ISBN 978-1-4325-7244-0
- ↑ «Gains from trade: evidence from nineteenth century Japan». Microeconomic Insights (em inglês). 31 de agosto de 2017. Consultado em 11 de junho de 2022
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Anderson, David L. “Matthew C. Perry.” American National Biography Vol. 17. Nueva York, Nueva York: Oxford 1999, p. 367-369.
- Auslin, Michael R. (2004). Negotiating with Imperialism: The Unequal Treaties and the Culture of Japanese Diplomacy. Cambridge: Harvard University Press. 10-ISBN 0-674-01521-5; 13-ISBN 978-0-674-01521-0; OCLC 56493769