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Tucano-toco

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaRamphastos toco
Ramphastos toco no Birdworld, em Farnham, Surrey, na Inglaterra
Ramphastos toco no Birdworld, em Farnham, Surrey, na Inglaterra
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Piciformes
Família: Ramphastidae
Género: Ramphastos
Espécie: R. toco
Nome binomial
Ramphastos toco
Statius Müller, 1776
Distribuição geográfica

Ramphastos toco, popularmente conhecido como tucanuçu[2], tucanaçu, tucano-grande e tucano-boi,[3] é uma espécie de tucano e o maior representante da família Ramphastidae.

"Tucanuçu" e "tucanaçu" vêm do tupi tukanu'su[3], que significa "tucano grande"[4].

Características

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Indivíduo com leucismo parcial[5]

Apresenta 56 cm de comprimento e pesa cerca de 540 gramas, sendo o maior de todos os tucanos. Não apresenta dimorfismo sexual: a plumagem é uniformemente negra da coroa ao dorso e no ventre. Dispõe de uma pele nua amarela ao redor do olho e suas pálpebras são azuladas. O papo é branco e frequentemente tingido de amarelo. O uropígio é branco e a plumagem embaixo da cauda, que forma o crisso, é avermelhada.[carece de fontes?]

A característica mais notável da espécie é o grande bico alaranjado, que pode medir 22 cm. O bico é constituído de tecido ósseo esponjoso, formando uma estrutura não maciça e areada como um favo-de-mel. Isso torna o bico mais leve e, portanto, não dificulta o voo. A ponta da maxila possui uma grande mancha negra.[carece de fontes?]

Estudos realizados comprovaram que o seu bico também serve com um dispersor natural de calor, devido ao número de vasos sanguíneos nele presentes em contato com o ambiente. Filhotes apresentam bico curto e amarelo, sem a mancha negra. A pele ao redor dos olhos é esbranquiçada e a garganta é amarela. Vivem em média 40 anos.[carece de fontes?]

Distribuição e habitat

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É encontrado nos dosséis das florestas tropicais da América do Sul, desde as Guianas até o norte da Argentina e é o único tucano que pode ser encontrado em campos abertos, como o cerrado, e na amazônia, ao contrário dos outros exemplares que vivem em mata fechada. Sua distribuição ocorre desde o Piauí, Goiás͵ Tocantins, Mato Grosso, Minas Gerais até o extremo norte do Rio Grande do Sul. No litoral, está presente desde o Rio de Janeiro até Santa Catarina.[carece de fontes?]

Tucanuçu em selo brasileiro de 1983.

Fósseis de Ramphastos toco do Pleistoceno (20 000 anos atrás) foram encontrados em Lagoa Santa, em Minas Gerais, no Brasil. Essa ave é vista com frequência nas matas, nos cerrados e até mesmo em áreas urbanas, onde procuram comida.[carece de fontes?]

Alimentação

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É um animal que alimenta-se de insetos, lagartos, ovos, filhotes de outras aves e, principalmente, frutos. Seu hábito alimentar é diurno. Costuma descer ao solo para aproveitar-se dos frutos que estejam caídos.

Sua reprodução ocorre no final da primavera e a fêmea bota de 4 a 6 ovos em ninhos localizados no alto dos troncos das árvores. O casal se reveza na tarefa de chocar os ovos, os quais eclodem entre 16 e 20 dias. Quando nascem, sua aparência é desproporcional; seu bico é grande e o corpo, pequeno; os olhos só abrem após três semanas e os pais cuidam de seus filhotes até eles saírem dos ninhos, o que ocorre em seis semanas. A coloração do bico só é definida meses após o nascimento. O tucano-toco ainda não é uma espécie ameaçada de extinção, entretanto tem sido capturado e traficado para outros países a fim de ser vendido em lojas de animais. Isto tem, como consequência, a diminuição de sua população nas florestas, pondo em risco a variabilidade genética, como também a morte de muitos animais durante o transporte.[carece de fontes?]

São reconhecidas duas subespécies:[carece de fontes?]

  • Ramphastos toco toco (Statius Muller, 1776) - ocorre nas Guianas; norte e nordeste do Brasil.
  • Ramphastos toco albogularis (Cabanis,1862) - leste, sudeste e sul do Brasil, bem como Paraguai, Bolívia e norte da Argentina. Bico menor e garganta com menos amarelo que a forma nominal. Também não possui penas vermelhas na borda inferior. Além disso, a cinta vermelha, no peito, é mais fina.
  1. «IUCN Red List: Ramphastos toco». IUCN Red List. Consultado em 19 de novembro de 2012 
  2. «Os Nomes Portugueses das Aves do Mundo» (PDF). europa.eu. 20 de junho de 2021. Consultado em 10 de julho de 2023 
  3. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 724
  4. http://www.fflch.usp.br/dlcv/tupi/vocabulario.htm
  5. Santos, Eduardo Guimarães; Paula, William Sousa De; Santos, Eduardo Guimarães; Paula, William Sousa De (2019). «First record of leucism for the Toco Toucan, Ramphastos toco (Piciformes: Ramphastidae)». Brazilian Journal of Biology (em inglês) (AHEAD). ISSN 1519-6984. doi:10.1590/1519-6984.218532 

Ligações externas

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