Uadjecaré
Uadjecaré | |||||||||||||||||||||||||||||||
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Faraó do Egito | |||||||||||||||||||||||||||||||
Reinado | Duração incerta | ||||||||||||||||||||||||||||||
Antecessor(a) | Cacaré Ibi (?) | ||||||||||||||||||||||||||||||
Sucessor(a) | Queti III (?) | ||||||||||||||||||||||||||||||
Dinastia | VIII dinastia | ||||||||||||||||||||||||||||||
Religião | Politeísmo egípcio | ||||||||||||||||||||||||||||||
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Uadjecaré (em egípcio: W3ḏ-k3-Rˁ) foi um faraó da VIII dinastia que reinou c. 2 150 a.C. durante o Primeiro Período Intermediário. É considerado uma figura muito obscura na história egípcia.[1]
Identidade
[editar | editar código-fonte]Uadjecaré é mencionado apenas uma vez: em uma tablete real de calcário conhecido como Decreto de Copto R (Museu do Cairo; obj. JE 41894), que se diz ter sido feito pelo próprio rei e nele há uma lista de punições para todos que se atrevem a danificar ou saquear um santuário dedicado ao deus Mim em Copto.[2] No entanto, do ponto de vista arqueológico, nada mais se sabe sobre este rei. Sua existência é questionada por alguns estudiosos, pois não é mencionado em nenhuma lista real do Período Raméssida.[3]
Um grafite na Núbia menciona um rei que no passado era provisoriamente lido como Uadjecaré.[4][5] Acredita-se hoje em dia que o nome real na inscrição seja Menquecaré, o nome de trono do governante local da XI dinastia, Seguerseni.[6] Estudiosos como Farouk Gomaà e William C. Hayes identificam o nome de Hórus Djemedibetaui com uma governante chamado Neferircaré II e igualam Uadjecaré a uma governante obscuro chamado Horcabau.[7] Hans Goedicke vê Uadjecaré como o predecessor de Djemedibetaui e atribui ambos os governantes à IX dinastia.[8]
Referências
- ↑ Schneider 2002, p. 170-171.
- ↑ Strudwick 2005, p. 123-124.
- ↑ Bunson 2009, p. 429.
- ↑ Gauthier 1911, p. 136.
- ↑ Gardiner 1964, p. 121.
- ↑ Beckerath 1999, p. 80-81.
- ↑ Gomaà 1980, p. 57, 59, 127.
- ↑ Goedicke 1967, p. 215.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Beckerath, Jürgen von (1999). Handbuch der ägyptischen Königsnamen, Münchner ägyptologische Studien. Mogúncia: Philip von Zabern. ISBN 3-8053-2591-6
- Bunson, Margaret (2009). Encyclopedia of Ancient Egypt. Nova Iorque: Infobase Publishing. ISBN 978-1438109978
- Gardiner, Alan (1964). Egypt of the Pharaohs: an introduction. Oxônia: Imprensa da Universidade de Oxônia
- Gauthier, Henri (1911). «Nouvelles remarques sur la XIe dynastie». BIFAO. 9
- Gomaà, Farouk (1980). Ägypten während der Ersten Zwischenzeit (= Beihefte zum Tübinger Atlas des Vorderen Orients. Reihe B: Geisteswissenschaften, vol. 27). Viesbade: Reichert. ISBN 3-88226-041-6
- Goedicke, Hans (1967). Königliche Dokumente aus dem Alten Reich (= Ägyptologische Abhandlungen, Bd. 14). Viesbade: Harrassowitz
- Ryholt, Kim (2000). «The Late Old Kingdom in the Turin King-list and the Identity of Nitocris». Zeitschrift für Ägyptische Sprache und Altertumskunde. 127 (1): 87–119. ISSN 2196-713X
- Schneider, Thomas (2002). Lexikon der Pharaonen. Dusseldórfia: Albatros. ISBN 3-491-96053-3
- Strudwick, Nigel C. (2005). Texts from the Pyramid Age. Atlanta: Society of Biblical Literature