União dos Professores do Japão
União dos Professores do Japão 日本教職員組合 | |
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Estabelecida: | julho de 1947 |
Sede: | Tóquio |
Website: | Oficial website |
União dos Professores do Japão (日本教職員組合 Nihon Kyōshokuin Kumiai?) também chamada de "Nikkyoso" (日教組 Nikkyōso?) é o maior sindicato de professores do Japão.[1]
Desde educadores de nível infantil até professores universitários, bem como as escolas profissionais, podem participar da Nikkyoso. A maioria dos seus membros são professores de escolas públicas.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Fundada em junho de 1947 após a Segunda Guerra Mundial, em parte incentivada pela Ocupação Aliada, como parte da promoção da democracia. A organização surgiu como o objetivo de melhorar os salários e as condições de trabalho dos professores e aumentar o seu status social e político, promover a democrácia,igualdade e a paz entre os alunos.[1]
Em 1951 teve como slogan a frase: "Não enviar nossos estudantes para a guerra outra vez".[1]
No seu auge, em 1958, 86,3 % dos professores da rede pública de ensino eram membros Nikkyoso. Mas sua influência diminuiu gradualmente, como a de todos os outros sindicatos no Japão ao longo dos anos.[1]
Durante os anos 1950 e 60 empregaram táticas agressivas. Por exemplo, eles lutaram fortemente contra o sistema de avaliação dos professores que os conselhos de educação estavam planejando introduzir. Naqueles dias, eles fizeram greves, e os membros foram presos ou repreendidos.[1]
As escolas japonesas foram o centro da controvérsia sobre o hino e a bandeira nacionais.[2] O Conselho de Educação de Tóquio exige o uso do hino e da bandeira em eventos sob sua jurisdição. A ordem exige que os professores das escolas respeitem os dois símbolos ou eles correm o risco de perder seus empregos.[3] Alguns protestaram afirmando que tais regras violam a Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas e a cláusula de "liberdade de pensamento, crença e consciência" da Constituição do Japão,[4] mas o Conselho argumentou que, como as escolas são agências do governo, seus empregados têm uma obrigação de ensinar seus estudantes como serem bons cidadãos japoneses.[5] Os professores não tiveram sucesso em propor ações judiciais contra o Governador de Tóquio Shintarō Ishihara e oficiais do governo por exigir que os professores honrassem o Hinomaru e o Kimigayo.[6] Após a oposição inicial, a União dos Professores do Japão aceitou o uso da bandeira e do hino. A União dos Empregados e Professores de Todo o Japão, menor que a primeira, ainda se opõe aos símbolos e seu uso dentro do sistema escolar.[7]
Em 2007, cerca de 290.150 professores de escolas públicas eram membros Nikkyoso, representando 28,3 % do número total de profissionais, sendo a mais baixa taxa percentual.[1]
Referências
- ↑ a b c d e f g «Nikkyoso: A 'cancer' of teachers?» (html) (em inglês). Japan Times. Consultado em 8 de maio de 2010. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2012 Texto "The Japan Times Online" ignorado (ajuda)
- ↑ Weisman, Steven R. For Japanese, Flag and Anthem Sometimes Divide. The New York Times. 29 de abril de 1990 [cited 2 de janeiro de 2010]. inglês.
- ↑ McCurry, Justin. A touchy subject. Guardian Unlimited. 5 de junho de 2006 [cited 14 de janeiro de 2008]. The Guardian.
- ↑ Grossman; Lee, Wing On; Kennedy, Kerry (2008). Citizenship Curriculum in Asia and the Pacific. [S.l.]: Springer. p. 85. ISBN 978-1-4020-8744-8. Consultado em 12 de outubro de 2010
- ↑ Hongo, Jun. Hinomaru, 'Kimigayo' express conflicts both past and future. The Japan Times Online. 17 de julho de 2007 [cited 11 de janeiro de 2008]. The Japan Times.
- ↑ The Japan Times. Ishihara's Hinomaru order called legit; 5 de janeiro de 2006 [citado em 4 de dezembro de 2007].
- ↑ Heenan 1998, pp. 206.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Heenan, Patrick. The Japan Handbook. Routledge; 1998. ISBN 1-57958-055-6.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «日教組:日本教職員組合【e-station】 - Site oficial em japonês» (em japonês)