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Unibes Cultural

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Unibes Cultural
Unibes Cultural
Logotipo

Fachada posterior da Sede da Instituição.
Inauguração 2015 (2 anos)
Diretor Bruno Assami
Website unibescultural.org.br
Área 4,531 m2 m²
Geografia
País  Brasil
Cidade São Paulo, SP
Coordenadas 23° 33' 03" S 46° 40' 42" O

A Unibes Cultural é uma instituição cultural brasileira, inaugurada em 2016. Localiza-se na Rua Oscar Freire e é uma referência em São Paulo por seu formato inusitado, pois conota o modelo do Torá, o livro sagrado judaico. Anteriormente, o prédio abrigava o Centro Cultural Judaico, de 2003 a 2014.[1] A Unibes Cultural promove eventos culturais, normalmente associados a filosofia contemporânea. Ficou sem atividade desde 2014, após o fechamento do Centro da Cultura Judaica, a instituição reabriu ao público em 2016, agora pela Unibes Cultural.[2]

A Unibes Cultural é um centro de cultura, que propõe receber o público com palestras, cursos, shows e outros diversos eventos. A filosofia contemporânea é um dos temas mais abordados nessas integrações, uma vez que o intuito da Instituição é transformar os indivíduos e a humanidade. A Unibes empenha para transmudar a vida de milhares de famílias em situação de fragilidade social com propostas voltadas à educação, capacitação, saúde e inclusão social. Com o alvo na história de garantir que existem maneiras inovadoras a fim de contribuir à sociedade. Instalou-se no lugar do Centro da Cultura Judaica, uma instituição cultural privada localizada na cidade de São Paulo, Brasil.[2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Centro da Cultura Judaica

A história do Centro da Cultura Judaica remonta à década de 1960, quando foi estabelecido o Instituto de Cultura Hebraica de São Paulo, organização voltada ao ensino da língua hebraica. Visando ampliar o campo de ação do instituto, sua diretoria criou uma associação de amigos. A iniciativa acabou crescendo e, em 1964, foi inaugurada a Casa de Cultura de Israel], com apoio da Embaixada de Israel no Brasil. Em 1966, a Casa de Cultura foi transformada em sociedade civil sem fins lucrativos, religiosos ou políticos, com o objetivo de estreitar as relações entre o Brasil e Israel. Fundada em 1964, sob a denominação Casa de Cultura de Israel, a instituição tem por objetivo divulgar a cultura judaica.O empresário Leon Feffer, destacado membro da comunidade judaica paulistana e, à época, cônsul-geral de Israel em São Paulo, foi o primeiro presidente da instituição.[3]

Em 1992, a instituição foi reconhecida como entidade de utilidade pública nas esferas federal, estadual e municipal. Em abril de 2003, foi inaugurada a sede atual.[2][4]

A estrutura organizacional da instituição é composta por um Conselho Deliberativo e por uma Diretoria Executiva. A entidade conta ainda com um Conselho Fiscal e um Conselho Consultivo, formados por membros de destaque em suas áreas de atuação (personalidades das áreas cultural, acadêmica, financeira, política e social). Todos os conselhos são compostos por voluntários, mas a corporação também conta com um corpo profissional, responsável pelas atividades administrativas e operacionais.[3]

Edifício e arquitetura[editar | editar código-fonte]

Teatro.

A sede do Centro da Cultura Judaica foi projetada pelo arquiteto Roberto Loeb e inaugurada em 2003. Sua construção levou oito anos. Trata-se de um edifício composto por duas torres cilíndricas de concreto, separadas por uma fachada sinuosa de trinta metros de extensão. Seu formato faz referência ao pergaminho da Torá, o texto central do judaísmo, ao mesmo tempo em que apresenta características ligadas à arquitetura moderna brasileira, em especial a de Oscar Niemeyer e da Escola Paulista.[2]

O edifício de quatro andares e 4 981,55 m² de área construída foi erguido em um terreno público de 2 150 m², cuja cessão foi condicionada à construção de um espaço cultural aberto à população. A localização íngreme do terreno e a proximidade da Estação Sumaré do metrô de São Paulo também influíram no partido arquitetônico, pois exigiam recuos bastante restritivos, o que explica a opção do arquiteto por implantar o edifício em uma disposição diagonal. As fachadas principal e posterior são recobertas de vidro em tom fumê em brise-soleil, cuja estrutura está presa em um grande pergolado de concreto de forma curva. A estrutura permite a entrada de luz, filtra os raios e facilita a circulação de ar e não impede a vista da paisagem.[2]

O acesso à Instituição é realizado por meio de pequena área jardinada, onde foram preservadas algumas árvores que já existiam. O hall de entrada leva à torre de elevadores e escadas, ao teatro e à passarela curva do acervo de exposições, que finaliza seu trajeto na sala de multimídia. Construída com estrutura metálica em balanço, apoiada em mãos-francesas, essa passarela contorna toda a extensão do prédio na região voltada para a Avenida Dr. Arnaldo. Ao lado dela, foi construído um muro de arrimo para a continência dos aclives da avenida, uma exigência feita devido ao acentuado desnível do terreno. O sistema de continência usou pedra arenito vermelha, posicionada de forma para chamar a atenção do público, formando desenhos com faixas horizontais. A maneira que a luz incide nesses elementos produz um efeito, que conota.[5]

O edifício é equipado com teatro com capacidade para 300 espectadores e um auditório para 100 pessoas, ambos projetados para usos múltiplos. A galeria de arte, localizada no centro de circulação dos visitantes do edifício, possui 70 metros lineares de paredes para exposições. O prédio também conta com salas de aula, espaços administrativos e um grande salão de eventos, com 270 m² e pé-direito duplo de seis metros, e duas praças ao ar livre, interligadas, uma com 250 m² e outra com 450 m².[2]

Eventos[editar | editar código-fonte]

Banner.

Entre os eventos de destaque realizados pela instituição estão as apresentações da Orquestra Filarmônica de Israel na Sala São Paulo (2001 e 2005), com regência de Zubin Mehta, a exposição sobre o diário de Anne Frank (2003), as edições do Ciclo Multicultural, a apresentação da Orquestra Sinfônica de Israel (2008), a exposição Coexistence, na Praça da Paz do Parque do Ibirapuera (2006), a I Mostra Audiovisual Israelense (2008) e a exposição de obras de Marc Chagall (2008).[5]

Por isso, criou em 2015, na cidade de São Paulo, um novo centro cultural que nasceu com a propensão de apresentar os grandes temas globais e refletir sobre como são integrados na cultura do município. Um lugar para a expressão de jovens talentos e nomes renomados nas diferentes áreas de conhecimento. Espaço democrático e aberto a diversos públicos, com uma programação extensa para todos os gostos e idades.[5]

A Unibes Cultural representa um novo símbolo no trabalho centenário da Unibes Social e comemora o seu primeiro ano com a casa cheia. Desde a sua inauguração, foram milhares de eventos realizados e pessoas impactadas pela programação. É também um espaço de desempenho para que empreendedores culturais possam criar suas ideias.[3]

Aberto ao público, oferece regularmente eventos gratuitos de música, teatro, cinema, literatura, artes plásticas, fotografia, dança e educação. Divulga o patrimônio cultural judaico e suas origens, a cultura de paz, a coexistência e o respeito entre os povos por meio de atividades articuladas, reflexão e aceitação entre as diferentes culturas.[6]

A programação segue os costumes judaicos, mas os eventos vão além das raízes israelitas. Shows, exposições, programas infantis, mostras de cinema e um food park se encontram ao local.[6]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Sob nova gestão, Centro da Cultura Judaica vira Unibes Cultural - 16/08/2015 - sãopaulo - Folha de S.Paulo». www1.folha.uol.com.br 
  2. a b c d e f Silva, Vânia. «Centro de Cultura Judaica». PINIweb. Consultado em 20 de dezembro de 2010 
  3. a b c «Centro da Cultura Judaica». BaresSP, republicação de release do CCJ. Consultado em 20 de dezembro de 2010 
  4. Folha Online (11 de abril de 2003). «Casa de Cultura de Israel inaugura nova sede em São Paulo». Folha de S.Paulo. Consultado em 16 de janeiro de 2022 
  5. a b c «Centro da Cultura Judaica». Centro da Cultura Judaica. Consultado em 20 de dezembro de 2010. Arquivado do original em 2 de março de 2010 
  6. a b «Antigo Centro da Cultura Judaica, prédio na Oscar Freire é reaberto» 

Ver também[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Unibes Cultural

Ligações externas[editar | editar código-fonte]