Unidade de Vizinhança 107/307 e 108/308 Sul
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A Unidade de Vizinhança 107/307 e 108/308 Sul é um conjunto de quatro superquadras da Asa Sul, em Brasília, no Distrito Federal. Criado pelo urbanista Lúcio Costa, o projeto teve como objetivo realizar serviços de comércio e lazer para os blocos residenciais.
Em abril de 2009, a obra foi oficialmente tombada em decreto assinado pelo governador José Roberto Arruda, tornando-se um Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
História[editar | editar código-fonte]
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/29/L%C3%BAcio_Costa%2C_1970.tif/lossy-page1-240px-L%C3%BAcio_Costa%2C_1970.tif.jpg)
Inicialmente, a ideia criada pelo urbanista Lúcio Costa era de que, a cada quatro quadras das Asas Sul e Norte, pudesse atender os blocos residenciais com serviços de comércio, lazer, além de instituições educacionais, religiosas, esportivas e culturais.[1][2] Entretanto, somente com o desenvolvimento do projeto piloto das superquadras 107/307 e 108/308 Sul que solucionou estes problemas.[2]
Para Cláudia Garcia, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UNB), Lúcio criou um renque de árvores para garantir uma "qualidade ambiental e acústica"; quanto a faixa verde, Cláudia afirma que tem dupla função, porque "a árvore cresceria e criaria uma barreira para o barulho e garante sombra em torno do quadrado da superquadra onde as pessoas circulam."[1]
Carlos Madson Reis, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-DF), é na superquadra que a cidade de Brasília é símbolo mundial da arquitetura moderna.[1]
“ | Lucio Costa, ao romper com a estrutura do quarteirão convencional, abrindo-o e transformando-o em um amplo bosque entremeado por blocos residenciais multifamiliares, de até seis pavimentos em pilotis livres, liberando o chão para uso público indistinto, concebeu uma nova maneira de morar em área urbana. | ” |
— Carlos Madson Reis, superintendente da IPHAN-DF[1].
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![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/c/c5/Igreja_de_Nossa_Senhora_de_F%C3%A1tima_-_BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00694_0053%2C_Acervo_do_Arquivo_Nacional.jpg/242px-Igreja_de_Nossa_Senhora_de_F%C3%A1tima_-_BR_RJANRIO_PH_0_FOT_00694_0053%2C_Acervo_do_Arquivo_Nacional.jpg)
De acordo com o relatório do Plano Piloto de Brasília, a obra do urbanista Lúcio Costa trouxe uma nova maneira de quem reside no local: "Quanto ao problema residencial, ocorreu a solução de criar-se uma sequência contínua de grandes quadras dispostas de ambos os lados da faixa rodoviária e emolduradas por uma larga cinta densamente arborizada."[1][3]
Patrimônio cultural[editar | editar código-fonte]
Em 27 de abril de 2009, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, assinou o Decreto 30 303, com o tombamento da Unidade de Vizinhança 107/307 e 108/308 Sul, tornando-se um Patrimônio Cultural da Humanidade, reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).[1][4]
Referências
- ↑ a b c d e f Rodrigues, Gizella (16 de maio de 2019). «Dois eixos e uma cidade única». Agência Brasília. Consultado em 22 de julho de 2020
- ↑ a b «Clube Vizinhança - História». Clube Vizinhança. Consultado em 22 de julho de 2020
- ↑ «Relatório do Plano Piloto de Brasília». Relatório Lúcio Costa. Consultado em 22 de julho de 2020.
16 - Quanto ao problema residencial...
- ↑ «Decreto 30303 de 27/04/2009» (PDF). SINJ-DF. Consultado em 22 de julho de 2020