Saltar para o conteúdo

Usuária:NaPupila/Testes/MariaAuxiliadora

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Maria Auxiliadora (Campo Belo, Minas Gerais, 24 de maio de 1936 ― São Paulo, São Paulo, 1974) foi uma pintora e artista autodidata brasileira. Seu trabalho é reconhecido no país e internacionalmente. Suas pinturas apresentam cores marcantes, camadas espessas de tinta e centram em temas como: manifestações populares, religiões afro-brasileiras, aspectos da vida urbana e cotidiana em comunidades da cidade de São Paulo, como por exemplo os bairros Brasilândia e Casa Verde.[1]

Vida[editar | editar código-fonte]

Maria Auxiliadora e sua família transferiram-se para a cidade de São Paulo quando ela tinha apenas três anos. Ela deixou de frequentar à escola aos 12 anos de idade para ajudar no sustento de sua família. Passou então a trabalhar como empregada doméstica, só retornando ao ensino formal em 1972, aos 37 anos em um curso noturno no Centro de Alfabetização de Adultos.[2][3]

A artista era uma entre os dos 18 filhos de Dona Maria, artista plástica, bordadeira e operária na estrada de ferro que servia a companhia Rede Mineira de Viação (RMV) no Oeste de Minas. Vários membros da família direta de Maria Auxiliadora eram também artistas, incluindo algumas de suas irmãs e irmãos, que trabalhavam em escultura, pintura, música, poesia, bordado e fabricação de bonecas. Há registros da exposição de suas obras em feiras de arte em Embu das Artes e na Praça da República, em São Paulo.[4]

Carreira[editar | editar código-fonte]

No início da década de 1970, ela ficou descontente com a cena artística de Embu, que estava perdendo o foco na arte e na cultura afro-brasileira. Voltou para a cidade de São Paulo onde conheceu o marchand alemão Werner Arnhold e o crítico de arte brasileiro Mário Schemberg. Este último a apresentou ao cônsul da embaixada americana, Alan Fisher, que organizou uma mostra de suas obras na biblioteca da embaixada em 1971.[2]

Em entrevista à crítica de arte Lélia Coelho Frota em 1972, a artista contou que suas primeiras pinturas, em 1968, eram planas, sem textura. Ela começou a brincar com a dimensionalidade, adicionando camadas grossas de tinta ou gesso misturadas com seu próprio cabelo ao pintar figuras e formas. O texto foi apresentado postumamente em 1978.[5]

Em 2018, o Museu de Arte de São Paulo apresentou a exposição individual intitulada Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência. Sua última exposição de grande criculação havia ocorrido em 1981, na mesma instituição.[6]

Exposições (seleção)[editar | editar código-fonte]

Coleções[editar | editar código-fonte]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Cultural, Instituto Itaú. «Maria Auxiliadora». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 27 de março de 2021 
  2. a b Büll, Márcia Regina (29 de agosto de 2007). «Artistas primitivos, ingênuos (naïfs), populares, contemporâneos, afro-brasileiros: Família Silva: um estudo sobre resistência cultural». Consultado em 27 de março de 2021 
  3. «Maria Auxiliadora da Silva». Geledés. 9 de agosto de 2009. Consultado em 27 de março de 2021 
  4. «Heróis». antigo.acordacultura.org.br. Consultado em 27 de março de 2021 
  5. Frota, Léia Coelho (1978). Mitopoética de 9 Artistas Brasileiros. Rio de Janeiro: FUNARTE 
  6. «MASP». MASP. Consultado em 27 de março de 2021 
  7. Cultural, Instituto Itaú. «Maria Auxiliadora». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 27 de março de 2021 
  8. «MASP». MASP. Consultado em 27 de março de 2021 
  9. «Teen Scholars Curate Exhibition of 20th Century Works by Black Artists at MFA Boston». Museum of Fine Arts, Boston (em inglês). Consultado em 27 de março de 2021