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Usuário(a):Éric Gabriel Kundlatsch/Testes/Maria Bernardete Ramos Flores

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Maria Bernardete Ramos Flores é uma historiadora e professora brasileira, reconhecida por suas contribuições significativas ao campo da história, especialmente na interseção entre arte e historiografia. Ela é professora aposentada do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e tem se destacado como uma das pioneiras na utilização de imagens e arte como fontes de pesquisa histórica.

Formação e Carreira

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Maria Bernardete formou-se em História e, posteriormente, obteve seu doutorado na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com uma tese que abordou a "farra do boi", um tema relevante na cultura popular de Santa Catarina. Sua trajetória acadêmica começou em um contexto de repressão política durante a Ditadura Civil-Militar no Brasil, mas ela rapidamente se envolveu com novas correntes teóricas a partir da década de 1980, incluindo as ideias de Walter Benjamin e Michel Foucault.

Contribuições Acadêmicas

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Ao longo de sua carreira, Maria Bernardete ministrou diversas disciplinas em nível de graduação e pós-graduação, incluindo o Laboratório de História e Arte e a disciplina Teoria das Imagens. Ela orientou várias teses de doutorado que exploraram temas como Vanda Costa, Victor Meirelles e Candido Portinari. Sua pesquisa abrangeu tópicos variados, incluindo a Oktoberfest, estética, racismo e a obra de artistas modernistas latino-americanos como Ismael Nery e Xul Solar.

Abordagem Metodológica

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Maria Bernardete é conhecida por sua abordagem inovadora que considera a imagem e a arte como eventos históricos. Ela argumenta que as imagens são fenômenos vivos que transportam memórias e significados, desafiando a visão linear da história. Sua obra enfatiza a importância de interpretar as imagens não apenas como ilustrações, mas como fontes ricas que oferecem insights sobre as dinâmicas sociais, políticas e culturais de seu tempo.[1]

Temas Recentes de Pesquisa

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Atualmente, Maria Bernardete tem se dedicado a investigar o conceito de Antropoceno e a necessidade de uma perspectiva ecocêntrica na historiografia. Ela propõe uma reavaliação das narrativas históricas à luz de saberes indígenas e quilombolas, buscando desconstruir o pensamento colonial e promover uma compreensão mais inclusiva e diversificada da história.

Maria Bernardete Ramos Flores é amplamente reconhecida por sua influência na formação de novas gerações de historiadores em Santa Catarina. Seu trabalho não apenas enriqueceu o campo da história, mas também abriu novas possibilidades para a pesquisa interdisciplinar que integra arte e história, consolidando sua posição como uma figura central no desenvolvimento da história cultural no Brasil.

Referências

  1. Campos, Daniela Queiroz; Coelho, Tiago da Silva (25 de janeiro de 2024). «Da longa e inspiradora trajetória de pesquisa». Fronteiras: Revista Catarinense de História (43): 270–283. ISSN 2238-9717. doi:10.36661/2238-9717.2024n43.14150. Consultado em 26 de agosto de 2024 

https://noticias.ufsc.br/2007/11/professora-da-ufsc-lanca-´tecnologia-e-estetica-do-racismo-ciencia-e-arte-na-politica-da-beleza´/

https://nepemi.sites.ufsc.br/pesquisa-maria-ba/