Usuário(a):Alibtrz/Testes/Guilherme Santos
Guilherme Santos | |
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Nascimento | 1871 Rio de Janeiro (Brasil) |
Morte | 1966 (95 anos) Rio de Janeiro (Brasil) |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Fotógrafo, Comerciante |
Guilherme Santos (Rio de Janeiro, 1871 - 1966) foi um fotógrafo e comerciante, com atuação principal na cidade do Rio de Janeiro. Fotografou paisagens, acontecimentos políticos e cenas cariocas (como o carnaval e o futebol) utilizando-se da técnica da estereoscopia, sendo um dos expoentes do sistema no Brasil.[1][2]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Guilherme Antonio dos Santos nasceu no Rio de Janeiro em 1961, filho do comerciante e sócio da joalheria “Luiz de Rezende & C.” José Antonio dos Santos.
Estudou no Colégio Aquino até 1983 e, junto com Luís Gastão d'Escragnolle Dória, futuro professor de história do Colégio Pedro II, foram condecorados com medalhas por Pedro II por terem respondido corretamente a todas as perguntas sobre a História do Brasil.[3] Aos 15 anos se formou bacharel em letras pelo abastado Colégio Abílio, em Botafogo, e no mesmo ano passou a trabalhar como sócio da joalheria “Luiz de Rezende & C.” junto ao joalheiro e colecionador de arte Luiz de Rezende e seu pai.
Em 1905, mesmo ano que seu pai falece, viaja a Paris a fim de aprimorar-se na arte fotográfica e tem contato com a fotografia estereoscópica em uma exposição da “Maison Jules Richard”. Jules Richard é o criador do Verascope, um sistema estereoscópico que integra câmera e visor e utiliza filmes em chapa de vidro. O sistema se populariza como objeto de lazer e entre fotógrafos amadores, tendo Revert Henrique Klumb (possuindo o título de “Photographo Oficial da Casa Imperial” concedido por Pedro II) e Guilherme Santos como expoentes do sistema no Brasil. Na exposição, Guilherme Santos se depara com imagens do Brasil que considerou negativas. Segundo ele: “a alma caiu-me aos pés e da indignação surgiu o ideal de realizar pelo mesmo processo, a coleção de vistas que pudesse mostrar ao mundo que o Brasil não era, absolutamente, aquilo que se me apresentavam”. Queria, a partir das suas estereoscopias, mostrar um Brasil “adiantado e cheio de atrações, civilizado, habitado por uma raça superior.”
Registrou as mudanças e eventos ocorridos na cidade a partir do início da década de 1920 com o objetivo de apresentar este Brasil moderno e civilizado, como a vinda do Rei Alberto e da Rainha Elizabeth da Bélgica, em 1920, e a Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil de 1922, que aconteceu na região central do Rio de Janeiro onde antes se localizava o Morro do Castelo. A destruição do Morro do Castelo era parte dos planos do governo de modernização da cidade e também fez parte dos registros de Guilherme Santos, tendo uma matéria sobre as 400 chapas estereoscópicas fotografadas na publicação de nº 9 do Boletim de Belas Artes em 1945. O periódico era uma publicação da Associação Brasileira de Belas Artes, a qual Guilherme Santos era membro.
Em 1925 associou-se ao Photo Club Brasileiro tendo uma fotografia sua como capa do periódico da associação, a Photo Revista do Brasil, no mesmo ano.
No início da década de 1920 também deixou de trabalhar como sócio da joalheria Luiz de Rezende & C. e fundou a firma “G. A. Santos e Cia” junto aos irmãos Alexandre e Simon Spiguel. A loja era representante da Cia Brasileira Fichet e Schwartz-Hautmont no Rio de Janeiro.
Em 1964, a fim de preservar seu acervo, parte dele é vendido ao Banco do Estado da Guanabara fazendo parte da coleção inicial do Museu da Imagem e do Som – RJ, fundado e dirigido pelo musicólogo Ricardo Cravo Albin. Na década anterior, em 1954, ocorreu um incêndio na loja onde se localizava a firma “G. A. Santos e Cia” salvand0-se apenas o acervo fotográfico de Guilherme Santos, guardado nos cofres Fichet.
Foi casado com Maria Mendonça dos Santos, que faleceu em maio de 1952. Guilherme Santos faleceu no Rio de Janeiro em janeiro de 1961.
Referências
- ↑ Santos, Maria Isabela Mendonça dos (2016). A prática estereoscópica de Guilherme Santos e o Rio de Janeiro em perspectiva tridimensional na primeira metade do século XX. Niterói: PPGHistória – LABHOI - UFF/FAPERJ
- ↑ «Coleção Guilherme Santos». ims.com.br. Consultado em 18 de junho de 2018
- ↑ «Biblioteca Nacional - Pequenas Reportagens: História do Rio em Fotografias». Rio de Janeiro: Correio da Manhã. 31 de Maio de 1952
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Guilherme Santos» no acervo do Instituto Moreira Salles
- «Guilherme Santos» no acervo do Museu da Imagem e do Som
- «Guilherme Santos» na enciclopédia do Itaú Cultural
- «Guilherme Santos» no portal Brasiliana Fotográfica.