Saltar para o conteúdo

Usuário(a):Alunounivesp/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

As Figureiras de Taubaté

[editar | editar código-fonte]
Cena típica do interior

Grupo de artesãos que representam em diversas peças de argila, figuras do folclore da região do Vale do Paraíba. 

Amassando a argila com as mãos, modelando com os dedos, palitos e pequenas facas, as figureiras transformam o barro em lindas figuras que retratam os usos e costumes de toda uma região. O talento dos moradores da rua Imaculada é nato. Dali saem figuras de cunho religioso, tais como santos e os presépios, mas  também figuras folclóricas, animais e retratos do homem do campo exaltando seu modo de vida simples.

História das Figureiras

[editar | editar código-fonte]

Contam que a história das Figureiras começou quando os frades do convento de Santa clara em Taubaté trouxeram da Itália, peças muito bonitas para montar um presépio na cidade.

Os moradores ou famílias mais pobres do bairro de Itapecirica, queriam enfeitar seus lares para o natal, então começaram a imitar essas belas peças do convento, produzindo seu próprio presépio com a argila do rio Itaim ( essa matéria-prima possui o nome popular de tabatinga). Ao enfeitarem suas casas e presentear os amigos com suas peças, essas pessoas ficaram conhecidas como “Santeiros”.

Mais tarde mudaram-se para a rua Imaculada, onde há mais de 150 anos os santeiros vem ensinando outros a produzirem as figuras, passando de  geração em geração criando assim uma tradição que é viva até hoje.

Origem do nome “ Figureiras”

[editar | editar código-fonte]

Muitos não se adaptaram a fazer os santos e passaram a produzir figuras de animais como cordeiros, pavão, raposas etc. Por fazerem figuras, acabaram denominados de figureiras, por ser o número maior que o de santeiros predominou o nome figureiras.

A palavra é tão folclórica que ainda não há citação no dicionário.

Técnica do artesanato

[editar | editar código-fonte]

Com o passar dos anos, a criatividade e a técnica foram se aprimorando e a diversidade das figuras se multiplicou, ao ponto de hoje serem conhecidas mundialmente. Atualmente, há um grande número de mulheres que produzem o artesanato mais famoso de Taubaté, Maria da Conceição Frutuoso Barbosa é considerada uma das primeiras figureiras, pois foi ela quem restaurou a imagem de Nossa Senhora Imaculada da Conceição e consagrou uma capela na rua que concentra o maior número de artesão da cidade.

O Pavão Azul é hoje o símbolo do artesanato paulista. Ganhou esse título depois de vencer um concurso feito para escolher a peça que identificasse o artesanato do estado. Sua cor forte é produzida com um pigmento importado é o que mais o diferencia das outras peças, conferindo um tom “aveludado” à figura.

Localização

[editar | editar código-fonte]
Pavão Azul - simbolo do artezanato paulista

 A Casa do Figureiro está localizada na rua dos Girassóis, nº 60, bairro do Campos Elíseos em Taubaté . O local funciona como uma associação onde ficam expostas as peças colocadas à venda, mas também é possível fazer o pedido de peças sob encomenda.

Fontes: ADAMI, A. PIRES de Oliveira, Marcelo et BOLL, Armindo. Figureiras de Taubaté:memória e cidadania. NP Folkcomunicação, Intercom, Salvador, 2002.

BENJAMIM, R. Cultura de Elite, Cultura Popular, Cultura de Massas: Interferências Referentes no Nordeste. Cadernos CERU (2ª série) n º 1, 1985. 

CHARTIER, Rogger. Cultura Popular -Revisando um conceito historeográfico. Art 1995. p.184

MACHADO, Alessandra. As figureiras da Rua Imaculada Conceição de Taubaté. 1° ed, Taubaté: Taubateana, 2003. p.13-15

SAKALL, Sergio. Casa das Figureiras de Taubaté. Taubaté: 2014. Entrevista concedia. Marcus V.Bernardes em 21.set.2014.