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Degradação Ambiental[editar | editar código-fonte]
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O termo degradação se refere a alteração, estrago, transformação, destruição contínua, perda física.[1] No Brasil, lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981 que institui a Política Nacional de Meio Ambiente, artigo 3, inciso II, define degradação da qualidade ambiental, como “a alteração adversa das características do meio ambiente.”[2] Degradação ambiental é qualquer processo que diminua a capacidade de determinado ecossistema em sustentar a vida. Esse processo está ligado a alterações biofísicas que afetam o equilíbrio ambiental, modificando a fauna e flora natural, eventualmente causando perdas da biodiversidade.[3] Tais alterações são muitas vezes associadas à ação antrópica, embora também possam ocorrer por fatores naturais (ressecamento da atmosfera ou invasão por espécies predadoras, por exemplo), no decorrer da evolução de um ecossistema.[4]
Com a revolução industrial e o consumismo dos países de Primeiro Mundo, o processo de urbanização firmou características capitalistas sobre o conceito de mercadoria e consumo que ganharam força e continuam persistindo até hoje. Desse modo, o ambiente natural perde cada vez mais espaço, dando lugar a uma sociedade que constrói seus próprios espaços. O resultado dessa ação é denominada por diversos especialistas de segunda natureza[5], criada/transformada pelo próprio homem.
Ha uma relação direta entre a segregação socieconômica das populações de baixa renda e a degradação ambiental, a própria ausência de infraestrutura urbana como, por exemplo, água, esgoto, coleta de lixo e canalização de córregos; expõe essas populações a pratica de degradação. Por não ter acesso à moradias nas áreas centrais e bem valorizadas, são obrigadas a residirem nas franjas e interstícios urbanos mais precários, geralmente em áreas de risco ambiental, com péssimos indicadores sociais e sanitários.[6]
Não é por acaso que áreas de risco e degradação ambiental também são, na maioria das vezes, áreas de pobreza e privação social[6], a segregação social fruto do processo de organização/formação do meio urbano colabora para a degradação ambiental, de forma que, se entende que não se pode produzir ambiente/natureza de forma isolada, independente à ação humana.[7] Como efeito, é evidente que nas áreas de concentração das populações de baixa renda há uma escassez de equipamento públicos, serviços urbanos básicos, situação sanitária precária e habitações inadequadas; deixando os mais pobres à margem, por não possuírem recursos financeiros que permitam sua inserção no processo de produção do espaço baseado na lógica capitalista.[8]
Verifica-se que descargas de redes coletoras de esgoto que contaminam rios, lagos e mares; extinção de matas originais e paisagens naturais; dentre outros, são problemas que resultam em degradação ambiental e agravam os problemas sociais, principalmente relacionados a população de baixa renda. Tal questão é destacada pelo Relatório Brundtland: “a pobreza e a deterioração ambiental formam um círculo vicioso, no qual cada termo é a causa e efeito do outro’’[9][10]. O documento aponta ainda a pobreza e a degradação ambiental como consequências indesejadas do modelo de crescimento que busca a maximização do capital em detrimento das necessidades humanas, e destaca também a degradação ambiental resultante do crescimento e consumismo sem limite do Primeiro Mundo.[7]
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ «Degradação». Dicio
- ↑ «LEI Nº 6.938, DE 31 DE AGOSTO DE 1981, artigo 3, inciso II». www.planalto.gov.br. Consultado em 28 de maio de 2018
- ↑ Buch, Helena Edilamar Ribeiro (31 de dezembro de 2006). «MATAS CILIARES E DEGRADAÇÃO DA PAISAGEM NO MÉDIO IGUAÇU EM RELAÇÃO À EDUCAÇÃO AMBIENTAL.». Revista Geografar. 1 (1). ISSN 1981-089X. doi:10.5380/geografar.v1i1.7375
- ↑ Machado, M. L. B. & Silva, A. S. «A CONTRIBUIÇÃO DAS AÇÕES ANTRÓPICAS NA DEGRADAÇÃO DO SOLO E DO MEIO AMBIENTE». Revista de Biologia UVA - Universidade Veiga de Almeida
- ↑ Almeida, Reginaldo Magalhães de (12 de dezembro de 2017). «Contradições da (re)produção do espaço de Belo Horizonte: a raridade de áreas para novos parcelamentos do solo». Oculum Ensaios. 14 (3). 559 páginas. ISSN 2318-0919. doi:10.24220/2318-0919v14n3a3244
- ↑ a b Alves, Humberto Prates da Fonseca (junho de 2006). «Vulnerabilidade socioambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica das situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais». Revista Brasileira de Estudos de População. 23 (1). ISSN 0102-3098. doi:10.1590/s0102-30982006000100004
- ↑ a b De LIMA, Myrian Del Vecchio; RONCAGLIO, Cynthia (20 de junho de 2001). «Degradação socioambiental urbana, políticas públicas e cidadania». Desenvolvimento e Meio Ambiente. 3. ISSN 2176-9109. doi:10.5380/dma.v3i0.3028
- ↑ PEREIRA, Gislene (20 de junho de 2001). «A natureza (dos) nos fatos urbanos: produção do espaço e degradação ambiental». Desenvolvimento e Meio Ambiente. 3. ISSN 2176-9109. doi:10.5380/dma.v3i0.3027
- ↑ D'Ávila, Eduardo Da Costa Pinto (14 de agosto de 2017). «ACOMPANHAMENTO DA PARTICIPAÇÃO DOCENTE NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO PROGRAMA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DO RIO DE JANEIRO (PROMEA/RJ)». Revista Trabalho, Política e Sociedade. 2 (2). 83 páginas. ISSN 2526-2319. doi:10.29404/rtps-v2i2.3334
- ↑ De LIMA, Myrian Del Vecchio; RONCAGLIO, Cynthia (20 de junho de 2001). «Degradação socioambiental urbana, políticas públicas e cidadania». Desenvolvimento e Meio Ambiente. 3. ISSN 2176-9109. doi:10.5380/dma.v3i0.3028
Ver também[editar | editar código-fonte]
Categoria: Impacto ambiental