Usuário(a):Andressa Maria Oliveira/Testes
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Edifício da União Fraterna Edifício da Sociedade Beneficente União Fraterna | |
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Informações gerais | |
Tipo | Edifício Tombado |
Estilo dominante | Eclético Barroco |
Arquiteto | José Viandana, Ítalo Catalani e Ricieri Pinotti |
Início da construção | 19 de dezembro de 1932 |
Inauguração | 16 de junho de 1934 |
Proprietário atual | União Fraterna |
Dimensões | |
Número de andares | 2 |
Área por andar | 350m² |
O Edifício da Sociedade Beneficente União Fraterna é um prédio histórico, tombado pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo – CONPRESP em 1994 [1]. Concentra as atividades da União Fraterna, fundada em 1925 a partir da fusão entre a Sociedade Ítalo Brasileira de Mútuo Socorro (1907) e o Mútuo Socorro Centro Operário (1922) e localizada no distrito da Lapa, Zona Oeste da cidade de São Paulo. [2]
Próximo a Estação Água Branca da CPTM e um local de fácil acesso, no encontro entre as ruas Guaicurus e Faustolo, destaca-se por seu conjunto arquitetônico, datado do início da década de 1930. Em meio a diversos galpões abandonados e fábricas desativadas, é um dos únicos edifícios antigos em pleno funcionamento na região. [2]
Nos dias atuais possui, além do direcionamento filantrópico da própria sociedade beneficente, uma função comercial. Frequentemente são oferecidos serviços com foco na comunidade de idosos e a realização de eventos e bailes de diversas celebrações, uma vez que seu salão principal pode ser alugado previamente. [3]
História
[editar | editar código-fonte]O histórico do edifício-sede da União Fraterna se mistura com o nascimento da própria instituição. Após a fundação da entidade em 1925, sob o nome de Sociedade de Mútuo Socorro União Fraterna da Água Branca, o terreno para construção do prédio foi adquirido em outubro de 1928. [4] O nome oficial foi alterado em 1976, para o atual Sociedade Beneficente União Fraterna [5]
A construção iniciou-se em 1932, sendo projetada pelos arquitetos José Viandana, Ítalo Catalani e Ricieri Pinotti. O primeiro foi o responsável técnico pela obra até agosto do ano seguinte, quando a deixou por divergências. Arnaldo Ricci foi o substituto, assumindo a posição até que o mesmo fosse finalizado. [4]
Desde sua fundação, o intuito da União Fraterna consistia em oferecer assistência aos seus associados, como serviços médicos, odontológicos e previdenciários. [2] Além disso, o salão nobre do edifício, localizado no pavimento superior, constantemente recebeu bailes e festas, importantes na captação de recursos e também fomentadores essenciais da atividade noturna na região à época. [4] Em 1964, foi declarada como Utilidade Pública, na Lei 8.178, por seus serviços dedicados à filantropia. [6]
Características Arquitetônicas
[editar | editar código-fonte]A edificação assobradada é considerada de estilo eclético tardio, uma vez que não entrava nos padrões dos edifícios que começavam a ser erguidos no início da década de 30, a maioria de arquitetura modernista. [4] O processo de construção contou com alvenaria de tijolos, telhas de barro, além de portas laterais de madeira e frontais de ferro ondulado, sendo preservadas originais até os dias atuais. [4].
Antes do tombamento pelo CONPRESP, em 1994, o edifício sofreu modificações quanto ao projeto original de sua construção. Foram executadas obras de expansão interna do prédio, com banheiros e ampliação do salão principal de eventos. [4] Apesar das mudanças, o aspecto arquitetônico exterior do prédio foi preservado sem alterações. [4]
Significado Histórico e Cultural
[editar | editar código-fonte]Construída em meio ao efervescente bairro da Lapa, na primeira metade do século XX, a União Fraterna destaca-se por ser o único edifício da época ainda em plena utilização e funcionamento na região. [2] É também uma referência no que diz respeito às sociedades de socorro mútuo, que auxiliavam os trabalhadores e associados a receber atendimento médico e financeiro, em um momento de escassez de recursos públicos destinados a esta finalidade. [4]
Em um contexto mais atual, possui importante impacto junto à comunidade da Terceira Idade da Lapa. Constantemente, são oferecidos cursos de diversas temáticas, como artesanato, atividades físicas e artes plásticas. Os tradicionais bailes, dedicados aos idosos associados, também vigoram até os dias de hoje, resgatando a memória dos tempos áureos do edifício. [3]
Tombamento
[editar | editar código-fonte]O processo de tombamento do edifício-sede da União Fraterna junto ao CONPRESP foi aberto em setembro de 1992, pelo Administração Regional da Lapa (atualmente Subprefeitura da Lapa). O relato que solicitou a transformação do prédio em patrimônio histórico da cidade de São Paulo destaca a relevância do local acerca das sociedades mutualistas da imigração italiana, no qual consiste o auxílio mútuo entre os beneficiários e a União Fraterna. [4]
O parecer favorável de tombamento foi assinado por Vilma Lúcia Gagliardi, diretora da Divisão de Preservação do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), em 1994. [4] Orlando Zanfelice Júnior era o então presidente da União Fraterna no momento da aprovação, tendo sido um relatores e apoiadores da proposta junto à subprefeitura. [7]
Na mídia
[editar | editar código-fonte]Famosa por seu imponente salão, palco de bailes e jantares dançantes, a União Fraterna foi palco do longa-metragem Chega de Saudade, dirigido pela cineasta paulistana Laís Bodanzky. [8] Lançado em 2008, o filme narrou a história de vários personagens em uma única noite dentro de um clube de dança e bailes. Contou com as atuações de Tônia Carrero, Betty Faria, Cássia Kiss e Paulo Vilhena.
Estado Atual
[editar | editar código-fonte]Apesar do bom estado de conservação do projeto arquitetônico, a pintura do edifício-sede da União Fraterna encontra-se bastante deteriorada pela ação de terceiros. Rabiscos, pichações e vidros quebrados são elementos visíveis no prédio. A proposta de um projeto para restauração do edifício foi realizada em janeiro de 2014 por Eudóxios Anastassiadis, presidente do Instituto Anastassiadis. O mesmo é atual diretor vice-presidente administrativo da União Fraterna até dezembro de 2016, após uma iniciativa de co-gestão entre ambas as entidades. [9]
O processo de restauro ainda não foi iniciado, por depender da captação de recursos oriundos da Lei Federal de Incentivo à Cultura. [10] Atualmente, oferece também serviços de locação para eventos. O salão nobre da União Fraterna, que serve em vários momentos como palco de bailes e festas organizados pela própria entidade, pode ser alugado por terceiros para realização dos mesmos. Mediante consulta, o locatário recebe a estrutura de mesas e cadeiras disponibilizadas pela instituição para o evento agendado. [3]
Galeria
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Detalhe da porta lateral do edifício da União Fraterna
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Vista geral do prédio, pela rua Guaicurus
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Parte do edifício localizado na rua Faustolo
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Detalhe acima da porta principal do prédio, que destaca o ano de fundação da União Fraterna
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Letreiro da União Fraterna, célebre salão de bailes e festas da Zona Oeste paulistana
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «Resolução do processo de tombamento da Sociedade Beneficente União Fraterna» (PDF). 1994. Consultado em 22 de novembro de 2016
- ↑ a b c d «São Paulo Antiga – União Fraterna». Consultado em 22 de novembro de 2016
- ↑ a b c «Portal oficial da União Fraterna». Consultado em 22 de novembro de 2016
- ↑ a b c d e f g h i j SÃO PAULO (SP). SMC. Tombamento da Sociedade União Fraterna - Rua Guaicurus, 01 / 59. São Paulo: CONPRESP, 1992. Processo nº 1992-0.008.688-8
- ↑ «Pirituba.NET». Consultado em 25 de novembro de 2016
- ↑ «Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo». Consultado em 25 de novembro de 2016
- ↑ «Câmara Municipal de São Paulo» (PDF). Consultado em 25 de novembro de 2016
- ↑ «Chega de Saudade: Entrevista com Laís Bodanzky - Academia Brasileira de Cinema». Consultado em 25 de novembro de 2016
- ↑ «Jornal da Gente – Lapa». Consultado em 24 de novembro de 2016
- ↑ «Jornal da Gente – Lapa». Consultado em 24 de novembro de 2016
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- O Estado de S. Paulo 2ª Jornada do Patrimônio leva programação a mais de 100 imóveis históricos de SP (25 de agosto de 2016)
- UOL - Cinema "Chega de Saudade" baila conforme a música (20 Março de 2008)
- SP2Go "Filme em São Paulo – Chega de Saudade (14 Outubro de 2015)
- Tudoeste "Chega de Saudade na União Fraterna" (22 de outubro de 2010)
- Guia Folha de S. Paulo "Confira 14 bailes e baladas que atraem público mais velho" (16 de novembro de 2012)
Categoria:Construções de São Paulo (cidade) Categoria:Arquitetura eclética no Brasil Categoria:Patrimônio histórico de São Paulo