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Usuário(a):Barretoroberto/Testes

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Ikebana (em japonês: 生け花 ou いけばな), palavra de origem japonesa que significa “fazer viver as flores“ (ike de Ikey = fazer viver; e bana de Hana = flor), ou “dar mais vida à flor“, é uma arte japonesa com origem na Índia, depois incorporada pela cultura nipônica, pela qual é mais conhecida.

Surgiu no século XVI, época em que os arranjos passaram a enfeitar os ambientes onde se faziam a cerimônia do chá ou Chadô, mas antes disso os japoneses já utilizavam a Ikebana de modo semelhante à sua origem filosofia, arte e equilíbrio.

Diferente dos arranjos florais do ocidente, a Ikebana encanta principalmente pela sua suavidade linear, ritmo e harmonia, características distintas da milenar cultura Japonesa. E não somente pela estética do arranjo que a Ikebana tem estes atributos, mas também pela busca do equilíbrio que esta arte procura retratar os elementos do universo: o céu (Shin), o homem (Soe) e a terra (Tae ou Hikae). A filosofia que envolve a Ikebana merece atenção especial, pois este é o ponto que a distingue dos arranjos ocidentais, onde procura-se valorizar quantidade de flores não o volume, além de haver um descarte de flores tidas como “tortas” ou “imperfeitas”, fazendo parecer que a natureza as tivesse desenvolvido lembrando o Feng Shui, hoje temos mais de 16 estilo e 6 escolas mais consagradas.

De acordo com a sensibilidade do praticante da Ikebana, a forma tortuosa da planta é vista como movimento, até mesmo por que na natureza nada é estático. Então, valorizando o que a natureza oferece ao ser humano, o praticante da ikebana transforma esta harmonia do universo em obra de arte, quando presenteada ela representa o seu caminho das flores.

Estilo Ikenobo

Considerado o mais antigo dos estilos, surgiu em um templo de Kyoto, há quase 500 anos, pelas mãos de Senkei Ikenobo e Senno Ikenobo. Os primeiros mestres estabeleceram o formato rikka para suas composições. Rikka é o arranjo que herdou o princípio do tatehana, arranjo simétrico, elaborado com devoção . No rikka, os galhos saem do vaso recriando o conjunto da paisagem. Dois séculos depois, foi criado o formato shoka, e o número de praticantes do ikebana cresceu bastante. Shoka valoriza o vigor e a versatilidade das plantas, quase sempre formando uma meia-lua.

Estilo Sanguetsu

Academia de Ikebana Sanguetsu. Esse estilo busca representar uma forma de se chegar ao equilíbrio, à simplicidade e à beleza. O sanguetsu, que tem, como princípio básico, o sentimento de respeito à natureza que norteou a vida de Mokiti Okada (Igreja Mesianica), cria composições capazes de refletir a beleza natural das flores em sua forma mais pura, levando alegria e paz às pessoas que apreciam os arranjos

Estilo Sogetsu

Um dos mais novos estilos, originou-se pelas mãos de Sofu Teshigahara. Nascido em 1907. Com apenas 25 anos, Teshigahara começou sua escola de ikebana, onde, encarando-a como arte, passou a utilizar-se de todo o tipo de material, e não apenas aqueles oferecidos pela natureza. A primeira exposição individual desse mestre aconteceu em Tokyo, em 1933, quando ele utilizou sucata de metal em sua composição. Com a convicção de que o ikebana era uma arte, não só para o Japão, mas também para o mundo, Teshigahara procurou divulgar seu trabalho. Assim, personalidades como a rainha Elizabeth II, a princesa Diana, e a senhora Gandhi já freqüentaram aulas da Escola Sogetsu de Ikebana.

Estilo Ohara

A Escola de Ikebana Ohara começou no período Meiji (1867 a 1912). Unshin Ohara chegou em Osaka com a pretensão de se tornar um escultor. Com a saúde precária que tinha, preferiu dedicar-se ao ikebana, já que havia estudado na Escola Ikenobo, cujo estilo considerava demasiadamente rígido e formal.Na época, com a abertura dos portos ao exterior, o Japão via a chegada de novos tipos de flores do ocidente. Ohara desejou utilizá-los em seus arranjos. Então, ele fez um arranjo diferente sobre um suiban (vasilhame parecido com uma bacia rasa) que ele mesmo criou. O formato, que ficou conhecido como Moribana, chocou os mestres da época, pois a montagem dos galhos e flores se dava como se estivessem sendo empilhados.

Ikebana nageire

Outro acontecimento importante ocorreu no século XVI. Um estilo mais simples de arranjo de flor chamada nageire (que significa jogar ou arremessar) surgiu como parte da cerimônia do chá. De acordo com este estilo, flores são dispostas em um vaso tão naturalmente quanto possível, não importa quais os materiais utilizados. Devido à sua associação com a cerimônia do chá, este estilo também é chamado cha-bana (茶花, literalmente “flores do chá”).

Ikebana moribana

Na década de 1890, logo após a Restauração Meiji (um período de modernização e ocidentalização do Japão), desenvolveu um novo estilo, chamada moribana ikebana, ou “flores empilhadas”. Este estilo surgiu em parte devido à introdução de flores ocidentais e em parte devido à ocidentalização do Japão. O estilo moribana, que criou uma nova liberdade em arranjos de flores, é utilizado para uma paisagem ou um cenário do jardim. É um estilo que pode ser desfrutado e pode ser adaptado tanto para situações formais e informais.