Saltar para o conteúdo

Usuário(a):Bethânia Nascimento Pereira/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Rosa Maria de Siqueira

[editar | editar código-fonte]

Rosa Maria de Siqueira (Vila de São Paulo do Campo de Piratininga, 1690). Ela se tornou conhecida por defender e liderar brilhantemente a esquadra de barcos em que navegava de ataques piratas provocados por argelinos muçulmanos, além de ser uma mulher letrada no século XVII. Conhecida como a Heroína dos Mares.[1]

Primeiros Anos e Educação

[editar | editar código-fonte]

Era filha do português Francisco Luiz Castelo Branco e Izabel Costa e Siqueira. Seus pais garantiram que ela recebesse uma educação substancial.[1]

Ela foi casada com o desembargador português Antônio Carlos da Cunha Souto Maior, cavaleiro da Ordem de Cristo, que nasceu em Lisboa e era filho de Manuel da Cunha Sotomaior, de Vila Viçosa e Dona Isabel Teles de Lemos. Em Portugal teve um filho, Antônio da Cunha Sotomaior que se formou em bacharelado pela Universidade de Coimbra em 1744.[1]

Viagem da Nau Nossa Senhora do Carmo e Santo Elias

[editar | editar código-fonte]

A Nau Monlava foi uma embarcação portuguesa equipada com 28 peças de artilharia, carregando açúcar, tabaco, e corama, Além do transporte de artilharia e comida, transportava a bordo 119 pessoas, entre homens, mulheres e crianças.[1]

Durante uma viagem com destino a Lisboa, a principio tudo se encontrava bem, porém na madrugada de 20 de março de 1714, a cerca de 15 léguas da costa de Lisboa, próximo ás Berlengas, foi avistado naquele momento três veleiros corsários argelinos, conhecidos por atuar na captura de navios cristãos e escravizar seus tripulantes.[1]

Os corsários argelinos estavam armados com uma capitânia montada com 52 peças de artilharia, um almirante com 44 e uma terceira nave com 36, totalizando 132 bocas de fogo, além de tripulações numerosas. Reconhecendo a ameaça iminente, o capitão Gaspar dos Santos Negrões solicitou a Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, que retornava ao reino português após seu governo em Minas Gerais, para que assumisse o comando da defesa. No entanto, Albuquerque recusou, alegando falta de experiência adequada na milícia do mar e preferindo não tirar a glória da vitória de quem iniciara a ação. Ele declarou estar pronto para obedecer e lutar em serviço do rei e da religião. O capitão aceitou sua recusa e preparou a nau para o combate.[2][1]

Participação de Rosa Maria no combate

[editar | editar código-fonte]

Eram sete horas da manhã quando ecoou nos mares os primeiros sons e estrondos vindos das armas, transformando o ar em pura fumaça negra. Ao começar o combate D. Rosa Maria, que acompanhava seu marido de volta a Lisboa, começou a se animar, se encheu de coragem, e então começou a participar ativamente junto com os outros combatentes a defesa do navio.[1]

Alguns passageiros conhecidos como "cristãos novos" (Judeus Convertidos), que estavam destinados a Inquisição Romana, preferiram se entregar aos muçulmanos argelinos, visto que durante o combate estavam em desvantagem de número de pessoas, mas Rosa Maria, persuadiu a todos, dizendo que era arriscado demais, que era preferível estarem em cativeiro de tão bárbaros que os argelinos eram.[1]

Ela deixou suas roupas femininas, colocou as roupas militares, e assim confundida com um homem, pode batalhar, enfrentar os perigos terríveis, e nada do que aconteceu tirou seus ânimos. A tudo o que acontecia a única coisa que dizia era: "Viva a fé de Cristo".

A batalha durou até o outro dia, parando com a chegada da noite. Neste momento com a ajuda de duas mulheres negras e duas índias foi possível visualizar os mortos, curar os feridos e reparar o navio Nau da melhor forma. No outro dia surgiu novamente nas aguas, um novo conflito de maior importância e coragem, e Dona Rosa Maria estava lá como uma verdadeira heroína.[1]

Os argelinos então perceberam que todos os seus esforços não estavam adiantando, disparam uma última carga e recuaram pela noite. O Nau dirigiu a Lisboa em 22 de Março de 1714, parando nas aguas do Rio Tejo.[1]

Nesse contexto de perigo e espírito combativo, a Dona Rosa Maria Siqueira se destacou, comparada como heroína bíblica, igual a rainha Ester, se tornando por muito tempo alvo de curiosidade dos habitantes de Lisboa, todos queriam conhece-la, louvavam por ela e por sua rara distinta coragem.[1]

  1. a b c d e f g h i j k Camargo-pimentel, Alan Rodrigues De (sexta-feira, 9 de junho de 2023). «A Paulicéia Histórica e Genealógica 1: D. ROSA MARIA DE SIQUEIRA A Senhora "de Grandes Espíritos"». A Paulicéia Histórica e Genealógica 1. Consultado em 16 de setembro de 2024  Verifique data em: |data= (ajuda)
  2. Camargo-pimentel, Alan Rodrigues De (sexta-feira, 9 de junho de 2023). «A Paulicéia Histórica e Genealógica 1: D. ROSA MARIA DE SIQUEIRA A Senhora "de Grandes Espíritos"». A Paulicéia Histórica e Genealógica 1. Consultado em 2 de julho de 2024  Verifique data em: |data= (ajuda)