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Usuário(a):Bruna Goes Navarro/Testes

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Maria Francisca de Freitas[editar | editar código-fonte]

Foi moradora da povoação de Laranjeiras, na Capitania de Sergipe del-Rei, durante o período colonial.[1] Não se sabe ao certo as datas de seu nascimento e falecimento. Maria Francisca de Freitas foi uma mulher que se destacou nos estudos do Brasil Colônia por ter sido letrada, coisa que não era comum entre as mulheres da época.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Foi esposa do Coronel Manoel Caetano do Lago até 1796, devido ao falecimento do mesmo. Era mãe de duas meninas, Micaely e Maria Benta, com datas de nascimento desconhecidas. Maria Francisca de Freitas foi uma mulher que se destacou nos estudos do Período Colonial do Brasil por ter sido letrada, coisa que não era comum entre as mulheres da sua época. No Brasil Colonial, o conjunto de Leis que vigorava era o Código Filipino, que contestava que quando o homem da casa falecia, os filhos menores de 25 anos de idade eram considerados órfãos, e apenas um tutor homem poderia ficar responsável pela guarda das crianças a não ser que fosse pedido uma provisão régia (que era emitida pelo Desembargo do Paço) por parte da mãe ou da avó, coisa que Maria Francisca fez, cumprindo os requisitos propostos, que constituíam uma obrigação legal, através do juiz dos órfãos, e assim manteve a guarda de suas filhas. Ela também ficou responsável pelo inventário do seu marido, ficando com a posse de terras, pratarias e engenhos, sendo uma das poucas mulheres da Capitania de Sergipe Del Rey que conseguiu tal feito e que tinha tamanha fortuna.[2]

Fortuna[editar | editar código-fonte]

Sua fortuna era composta por terras, um Engenho de fazer açúcar moente e corrente, denominado Comandaroba, e de todos os seus acessórios, que eram: três tachos, sendo um de cobre, dois de ferro, caldeira de cobre, guia de resfriar de cobre, duas aparadeiras, repartideira, pomba, dois carros de carrear, dez cangas e duzentas formas de receber açúcar, caixas de açúcar branco e mascavo, pães de açúcar.

  • Bens ligados ao engenho: sendeiros, bois, vacas, garrotes e trinta e um escravos.
  • Bens de atividades agrícolas: roda de ralar mandioca, selas, freios, bride, machados, martelo, foices, torno de ferreiro, enxadas, cavadores, serras, serrote, compasso, ferro chamado diamante e plaina.
  • Utensílios domésticos: cabos de faca de prata, colheres de prata, candeeiros, tachos de cobre, frascos, pratos grandes.
  • Vestiário: fivela de prata, botões de ouro, anel de pedras, esporas de prata.

Além disso, peças do vestiário do seu marido, que eram consideradas sofisticadas e mais bem confeccionadas em relação a roupa de mulheres.[2]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Santos, Vera Maria dos (1 de agosto de 2021). «A assinatura de Maria Francisca de Freitas (Capitania de Sergipe de El-Rei,1796)». Caderno Espaço Feminino (1): 255–278. ISSN 1981-3082. doi:10.14393/CEF-v34n1-2021-14. Consultado em 27 de junho de 2024 
  2. a b c SANTOS, Vera Maria dos (2010). «A TUTORA DA COMANDAROBA: CAPITANIA DE DERGIPE DEL REY/1796» (PDF). IV Colóquio Internacional Educação e Contemporaneidade. Consultado em 27 de junho de 2024