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Habilidade Política[editar | editar código-fonte]


Definições[editar | editar código-fonte]

Habilidade Política É definida como uma competência social positiva que ajuda as pessoas a fazer contatos, influenciar outras, demonstrar traquejo social e ser sinceras nos seus relacionamentos.[1]

Habilidade (do latim habilitate) é o grau de competência de um sujeito concreto frente a um determinado objetivo. Poder-se-ia assim, por exemplo, falar de "habilidade mecânica" (a capacidade de colocar uma máquina em funcionamento), "habilidade verbal" (a capacidade de fazer uma apresentação discursiva), "habilidade matemática" etc.

Política (do Grego: πολιτικός / politikos, significa "de, para, ou relacionado a grupos que integram a Pólis") denomina-se a arte ou ciência da organização, direção e administração de nações ou Estados; a aplicação desta ciência aos assuntos internos da nação (política interna) ou aos assuntos externos (política externa)[2]. Nos regimes democráticos, a ciência política é a atividade dos cidadãos que se ocupam dos assuntos públicos com seu voto ou com sua militância.

Habilidade Política nas Organizações[editar | editar código-fonte]

A junção destas palavras (habilidade e política) descrevem as competências das relações humanas em diversos ambientes, sendo este um tema questionável na maioria das organizações e/ou fóruns de discussões, pois Política, por muitas vezes, é sempre oriunda em tons depreciativos dentro das organizações, portanto, qualquer iniciativa para alavancagem de carreira e/ou propósitos dentro dessas, são diretamente ligados a ações desonestas ou desonrados para seu feitor. Portanto entender e colocar em prática o famoso jogo político nas relações diárias dentro das organizações ou nas experiências pessoais, é um ofício que requer ponderação, raciocínio, perspicácia e flexibilidade.[3][4]

No ambiente de trabalho as pessoas diferem umas das outras em suas habilidades políticas, ou seja, na capacidade para influenciar os outros de modo a alcançar seus objetivos. Considerando que as organizações podem ser caracterizadas como sistemas de atividade política, onde diferentes conjuntos de interesses, conflitos e jogos de poder moldam suas atividades, aqueles que têm habilidade política são mais eficazes nessas organizações ao utilizarem qualquer uma das táticas de influência, sendo as mais citadas a Legitimidade, Persuasão Racional, Apelo inspiracional, Consulta, Troca, Apelo Pessoal, Pressão e Coalizão:[5][6][7][8][3][4]

  • Legitimidade. Buscar uma solicitação na autoridade da posição exercida ou no fato de que ela está de acordo com as políticas ou regras da organização.
  • Persuasão Racional. Utilização de argumentos lógicos e evidências factuais para demonstrar que o pedido ou proposta é viável ou relevante
  • Apelo Inspiracional. Desenvolvimento de um comprometimento emocional por meio do apelo a valores, ideias, necessidades, esperanças e aspirações.
  • Consulta. Envolvimento e participação da pessoa-alvo no planejamento de uma estratégia, atividade ou mudança, para o qual o apoio dessa pessoa é desejável.
  • Troca. Oferta de benefícios ou favores em troca de atendimento de uma solicitação, ou oferta de reciprocidade no futuro.
  • Apelo Pessoal. Busca de apoio com base em amizade ou lealdade.
  • Insinuação. Utilização de bajulação, elogios e de um comportamento amigável para obter apoio às propostas.
  • Pressão. Utilização de avisos, exigências persistentes ou ameaças.
  • Coalizão. Apoio de outros indivíduos pela construção de alianças.

Em um estudo realizado na Inglaterra, Austrália e Estados Unidos, constatou-se que não havia diferenças nos estilos de influência adotados pelos gerentes das empresas estudadas, no entanto três variáveis afetaram diretamente na seleção do tipo de influência adotada: o poder relativo do gerente, o objetivo o qual o gerente almejava atingir lançando mão da influência e a expectativa do gerente em relação à predisposição do "alvo" em colaborar.[8]

Muitas pesquisas, apontam resultados favoráveis ao que referem-se a desempenhos elevados dentro de uma organização, aos colaboradores categorizados com um alto nível de habilidade política em suas práticas diárias, uma vez que, a utilização dessas habilidades em suas atividades, trazem melhorias aos seus resultados. Em contrapartida, Habilidade Política, não pode ser confundida com Politicagem, entender e colocar em prática o famoso jogo politico nas relações diárias dentro das organizações ou nas experiências pessoais, é um ofício que requer ponderação, raciocínio, perspicácia e flexibilidade.[3][1]

Um comportamento que uma pessoa chama de 'política organizacional' pode ser classificado por outra como um exemplo de 'administração eficaz'. O fato não é que a administração eficaz seja necessariamente política, embora, em alguns casos, ela possa ser. Por exemplo, um estudo experimental mostrou que o comportamento orientado para o poder apresentado por um funcionário efetivo é considerado mais legítimo e menos agressivo do que quando apresentado por um funcionário temporário. Veja os seguintes rótulos, utilizados para descrever os mesmos fenômenos. Isso sugere que a política, assim como a beleza, está nos olhos do observador:[3]

Rótulo: "Política Rótulo: 'Administração eficaz'
1. Colocar a culpa nos outros versus 1. Atribuir responsabilidades
2. Bajulação versus 2. Desenvolver relacionamento de trabalho
3. Adulação versus 3. Demonstrar lealdade
4. Passar o 'abacaxi" versus 4. Delegar autoridade
5. Defender sua retaguarda versus 5. Documentar as decisões
6. Gerar conflitos versus 6. Estimular a mudança e a inovação
7. Formar coalizões versus 7. Facilitar o trabalho em equipe
8. Dedurar versus 8. Melhorar a eficiência
9. Conspirar versus 9. Planejar com antecedência
10. Exceder nas realizações versus 10. Ser competente e capaz
11. Ser ambicioso versus 11. Mostrar preocupação com a carreira
12. Ser oportunista versus 12. Ser esperto
13.Ser astuto versus 13. Ser prático
14. Ser arrogante versus 14. Ser autoconfiante
15. Ser Perfeccionista versus 15. Ser atento aos detalhes

Alguns itens são primordiais na classificação das habilidades políticas na carreira de um indivíduo, ou o desenvolvimento desta em sua carreira pessoal e/ou profissional como:[3]

  • Manter uma ampla rede de relacionamentos com pessoas estratégicas dentro de sua demanda ( Relacionamento interpessoal, Linkedin, Facebook, Instagram, Whats App, entre outros);
  • Ser um excelente ouvinte, afinal a melhor forma de absorver conhecimento é no processo de escuta, e acompanhamento das tarefas, sob as experiências de outras pessoas;
  • Afigurar a consideração pelos indivíduos que a sua volta estão;
  • Considerar as necessidades, sentimentos e crenças de outras pessoas;
  • Inteligência e equilíbrio emocional, diante das mais adversas situações, principalmente em circunstâncias ou cenários de pressão ou adversidades ao que se acredita.

A Esfera de Legitimidade do Comportamento Político[editar | editar código-fonte]

Apesar de não qualificarem os comportamentos políticos explicitamente como negativos, muitos autores dedicaram sua atenção a enquadrá-los do ponto de vista da ética e da legitimidade.[7]

O Comportamento Político Legítimo se refere à política normal do dia-a-dia – reclamar com o chefe, ultrapassar a cadeia de comando, formar coalizões, obstruir as políticas ou decisões organizacionais por meio de inação ou de apego excessivo às regras, desenvolver contatos fora da empresa por meio das atividades profissionais.[3][7]

Em contrapartida temos o comportamento político ilegítimo, que viola as regras estabelecidas do jogo. As atividades ilegítimas incluem sabotagens, denúncias de colegas, protestos simbólicos, como usar roupas inadequadas ou bótons de protesto, grupos de funcionários que faltam ao trabalho todos no mesmo dia, motim, deserção e denúncia. Aqueles que se dedicam a essas atividades externas são geralmente considerados indivíduos que “pegam pesado”. [3][4]

Contudo, vale ressaltar que os limites entre os comportamentos legítimos e aqueles considerados ilegítimos não são categóricos, modificam-se com o tempo, com as circunstâncias e com os indivíduos envolvidos. As regras do jogo, que determinam quais comportamentos são aceitáveis e quais são ilegítimos, são definidas por quem detém poder.[4]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


  1. a b Templer, Klaus J. (17 de agosto de 2018). «"Por que pessoas tóxicas são promovidas? Pelo mesmo motivo que as humildes: habilidade política"». Harvard Business Review. Consultado em 21 de março de 2019 
  2. HOUAISS, Política.
  3. a b c d e f g Robbins, Stephen P.; Judge, Timothy A.; Sobral, Filipe (2013). Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson Education do Brasil. pp. 408–410 
  4. a b c d Farrell, Dan; Petersen, James C. (julho de 1982). «Patterns of political behavior in organizations». The Academy of Management Review 
  5. Oreg, Shaul (15 de janeiro de 2006). «"Personality, context and resistance to organizational change"». European Journal of Work and Organizational Psycology 
  6. D. Kipnis, S. M. Schmidt, C. Swaffin-Smith, e I. Wilkinson, “Patterns Of Managerial Influence: Shotgun Managers, Tacticians, and Bystanders” Organizational Dynamics, inverno de 1984, p. 58-67
  7. a b c Spinelli, Renata Q. «"O Poder em Ação: Um estudo sobre os comportamentos políticos no contexto organizacional"» (PDF). Biblioteca Digital Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 25 de março de 2019 
  8. a b D. Kipnis, S. M. Schmidt, C. Swaffin-Smith, e I. Wilkinson, “Patterns Of Managerial Influence: Shotgun Managers, Tacticians, and Bystanders” Organizational Dynamics, inverno de 1984, p. 58-67. Disponível em https://www.academia.edu/530633/Patterns_of_managerial_influence_Shotgun_managers_tacticians_and_bystanders