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Usuário(a):Camilly Marques/Testes-Boi-à-Serra

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Boi-à-Serra[editar | editar código-fonte]

Resumo[editar | editar código-fonte]

O Boi-à-Serra em Mato Grosso, especialmente em Santo Antônio de Leverger, é uma festa tradicional onde grupos locais celebram com exposições únicas. Junto com manifestações como o Cururu e o Siriri[1], a festa acontece principalmente nas comunidades ribeirinhas. [2]As brincadeiras da dança giram em torno do boi, comumente feito à mão pela comunidade e decorado com arames, tecidos e taquaras. Existem diversas variações temáticas do boi pelo território brasileiro, como o Boi-Bumbá (Amazonas) e o Bumba-Meu-Boi (Maranhão), que enriquecem inciativas públicas e privadas voltadas para valorizar a cultura mato-grossense. (TESE, REFERENCIAR)

História[editar | editar código-fonte]

Relatos indicam a ocorrência do Boi-à-Serra em Mato Grosso desde 1900. No entanto, os mais antigos afirma que a dança do Boi-à-Serra existe há mais de 300 anos. A história sugere que surgiu com a revolução da cana-de-açúcar no "Rio Abaixo"[3] (da nascente do rio Cuiabá até o Pantanal mato-grossense). Em meio às atividades canavieiras em localidades como Santo Antônio de Leverger, Varginha, Carrapicho, Engenho Velho, Maravilha e Bom Sucesso, em Várzea Grande e outros.[4] O nome em uma das estórias contadas é a de que, durante a época da mineração nas chapadas, as pessoas andavam a pé ou em lombos de boi e jumentos. Eles queriam levar o boi à serra: “Como vamos levar o boi à serra?” E por isso o nome Boi-à-Serra.[5] O espetáculo do Boi se refere à união de elementos das culturas europeia, africana e indígena, com o boi sendo a figura central dessa manifestação festiva. A música é um dos principais símbolos da festividade, atuando como um instrumento de sentimentos, lembranças e memórias. As toadas na festa do boi destacam a beleza e a diversidade do gosto popular brasileiro, com melodias e letras que evocam emoções e promovem a relação entre a comunidade e suas identidades. (referência da tese) (rever se é necessário essa parte)

Atualmente, a dança do Boi-à-Serra mantém suas características iniciais apenas na localidade de Varginha, no município de Santo Antônio do Leverger, onde as pessoas ainda cantam uma toada que narra toda a trajetória de vida e morte de um boi capturado por destemidos vaqueiros, enquanto dançam. Em outras localidades, como Cuiabá e Santo Antônio do Leverger, a dança do Boi-à-Serra foi bastante modificada ou incorporada a outro folguedo popular: o Siriri.[4]

Características???[editar | editar código-fonte]

O Boi-à-Serra é a figura central da festa, a estrutura do boi é feita de madeira leve e flexível[6], geralmente coberta por um pano estampado ou um cobertor. A cabeça é confeccionada com a caveira de um boi real, pintada para combinar com as cores do tecido que cobre o corpo.[7] Detalhes como os olhos e o rabo também são enfeitados. Uma pessoa entra dentro da estrutura do boi e, ao dançar, dá vida ao brinquedo, que avança em direção à plateia como se fosse "chifrar" os presentes.[5]

Os músicos que tocam viola de cocho, mocho e ganzá, chamados "Chamadores do Boi," iniciam a brincadeira com as toadas. Vestidos como homens do campo, usam chapéu, botas, calça e camisa. A dança começa com foguetes anunciando o início, e o Boi investe contra as pessoas ao seu redor. A coreografia se divide em cinco partes: danças e investidas do boi, o boi se deita, o boi se levanta, lamentação e morte do boi. Quando o boi está prestes a morrer, ele para de dançar e fica triste. Um balde com vinho é colocado debaixo dele, alguém o esfaqueia, e os espectadores bebem seu "sangue." [5] (referencia da tese) (rever se deixa essa parte)

Variações[editar | editar código-fonte]

As festas de boi no Brasil, como boi-bumbá, boi-mamão e boi-à-serra, apresentam grande diversidade e possuem tanto dimensões religiosas quanto folclóricas. Cada região do país representa o boi de maneira única. Estados como Rondônia, Maranhão, Paraná e Mato Grosso são especialmente ricos em manifestações culturais.[5]

Em Rondônia, o "Duelo da Fronteira" é uma festa do boi realizada durante o Festival Folclórico de Guajara-Mirim, que inclui uma disputa entre os bois Flor do Campo e Malhadinho. Na região Sul, o Boi-de-Mamão é uma brincadeira que atrai turistas, com vários grupos participando. No Maranhão, o Bumba-Meu-Boi é característico das festas juninas, mas ocorre durante todo o ano, exceto na Quaresma.

Em Mato Grosso, especificamente em Santo Antônio de Leverger, o Boi-à-Serra é uma variante local que se destaca e é realizada junto com outras manifestações culturais, como o Cururu e o Siriri. A festividade é conhecida pela simplicidade dos participantes, o colorido dos panos de chitão, a alegria e a variedade de movimentos e músicas. A cidade conta com três grupos de boi: Pantaneiro, Boi Estrela e Boi Lendário. (Referência tese)

  1. TAMIOZZO, Letícia. «VIOLA-DE-COCHO: O SABER/FAZER QUE DÁ RITMO ÀS CELEBRAÇÕES MATO-GROSSENSES (BRASIL)» (PDF). Universidade do Porto: 8. Consultado em 13 de junho de 2024 
  2. Campos, Marcos Antônio Almeida; Magalhães, Patrick Anderson Martins (2021). «Apostila de danças tradicionais brasileiras». Consultado em 18 de junho de 2024 
  3. «Boi-à-Serra : Mato Grosso». www.terrabrasileira.com.br. Consultado em 26 de junho de 2024 
  4. a b MT, ABIH (7 de maio de 2017). «Boi-à-Serra». visitecuiaba. Consultado em 26 de junho de 2024 
  5. a b c d Campos, Marcos Antônio Almeida; Magalhães, Patrick Anderson Martins (2021). «Apostila de danças tradicionais brasileiras». Consultado em 26 de junho de 2024 
  6. «RDNEWS - Portal de notícias de MT». RDNEWS - Portal de notícias de MT. Consultado em 26 de junho de 2024 
  7. [https://rohnner.tripod.com/mt/cultura/boi-a-serra.html «Boi-�-serra»]. rohnner.tripod.com. Consultado em 26 de junho de 2024  replacement character character in |titulo= at position 5 (ajuda)